ADRIANA BARRETO

30/jul

A galeria Amarelonegro Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição individual “Em preto e branco” de Adriana Barreto. Nesta mostra Adriana Barreto apresenta pinturas da série “Notações” além de esculturas, fotografias e um vídeo. A predominância das cores preto e branco nas suas pinturas e esculturas revela uma estética reducionista que caracteriza toda a sua produção.  As obras da artista conciliam meios diversos como a dança, o cinema ou as artes visuais. O confronto entre a matéria e as linhas destas pinturas sugere corpos em movimento numa dança contínua. Em suas esculturas, a organicidade das formas estão submetidas a um rigoroso exercício de equilíbrio. Tais como corpos, mantêm-se de pé pelo equilíbrio e pela gravidade. Noutros casos, tombam, mantendo-se totalmente ao chão. Transitando também pelos meios tecnológicos, Adriana apresenta a série fotográfica “No côncavo da mão” além do vídeo “O menor espaço para o corpo”. Em suas fotografias a mão é apresentada como um lugar-espaço orgânico capaz de moldar (e agregar) tudo que é matéria; no vídeo, uma bailarina caminha nas pontas dos pés lutando pelo equilíbrio e revelando lugares ao marcar cada passo.

 

Até 24 de agosto

CRUZ DIEZ: COR NO ESPAÇO E NO TEMPO

25/jul

A Pinacoteca do Estado de São Paulo, Estação da Luz, São Paulo, SP, apresenta a exposição “Carlos Cruz-Diez: A cor no espaço e no tempo”, com cerca de 150 obras, entre pinturas, gravuras, ambientes cromáticos, desenhos e vídeos.

 

A exposição refaz a trajetória do artista, desde suas pinturas figurativas a óleo, raramente vistas, realizadas nos anos 1940, até explorações plenas de cor em movimento, anos 2000. Entre os trabalhos apresentados está a série cores físicas que consiste em uma sequência de linhas coloridas alinhadas verticalmente e de filtros refletores que são modificados conforme o ângulo da luz ambiente e da posição do observador, projetando, assim, a cor no espaço e criando um efeito que evolui continuamente, dependendo do deslocamento do observador.

 

Cerca de 50 “Fisicromias” são expostas pela primeira vez, revelando os oito estágios que marcam a evolução conceitual e tecnológica da série: desde madeira cortada e pintada à mão e peças de papelão até o emprego de tiras de alumínio e tecnologia de impressão digital. “Cor aditiva” e “Indução cromática”, ambas de 1963, são duas séries de trabalhos que estão inter-relacionadas e têm por base a impressão ou persistência retiniana, “afterimage”, que leva a retina do observador a produzir uma terceira cor virtual quando confrontada com duas cores complementares em um plano.

 

As peças que dão título à mostra, cor no espaço e no tempo, serão exibidas em três ambientes diferentes. No espaço central do museu, Octógono, os visitantes encontrarão “Cromointerferência”, 1964-2012. Trata-se de um grande espaço branco no qual dois planos de cor ondulam constantemente em faixas projetadas nas paredes e no piso, dissolvendo em cor os volumes ao redor, inclusive os corpos dos observadores. Ainda fora das salas de exposição, será apresentado “Transcromia”, 1965-2010, formada por conjuntos de lâminas que estarão dispostos em quatro vãos dos corredores que dão acesso à entrada da mostra. A última, “Cromosaturação”, 1965-2004, consiste em uma sequência de três espaços independentes em que Cruz-Diez isola a cor “crua” e cria um display com efeitos de puro cromatismo.

 

Completando a exposição, serão exibidos os projetos arquitetônicos de Cruz-Diez e suas intervenções no cenário urbano, desde calçadas para pedestres até usinas hidroelétricas, passando por silos de trigo e, ainda, dois vídeos sobre o processo do artista e sobre as máquinas e ferramentas ad hoc que ele inventou para realizar diversas obras.

 

A mostra traz uma seleção de obras que pertencem ao acervo da Cruz-Diez Foundation no MFAH, e ao Atelier Cruz-Diez em Paris e no Panamá, além de coleções públicas e particulares na Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália e nos Estados Unidos.

 

“Geralmente considerada no contexto da arte cinética, a importância da grande obra que Cruz-Diez produziu desde a década de 1950 vai além das questões de movimento, vibração e pura retinalidade. Desde o início, Cruz-Diez concentrou sua pesquisa e seus experimentos em uma questão crítica: a investigação da cor como um organismo vivo em constante estado de transformação. Esta exposição tem por objetivo mostrar suas conquistas inéditas e radicais nesta área,” afirma a curadora Mari Carmen Ramirez.

AVESSO DO AVESSO

A Galeria Movimento, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, recebe o ilustrador, designer e artista gráfico Mateu Velasco com a exposição ” Avesso do avesso”. A mostra reúne uma coleção de obras, editadas pelo marchand Ricardo Kimaid, criadas pelo artista durante o ano. As novas obras envolvem o telespectador na inquietação do artista com o “tempo” e a “vida corrida contemporânea” com a necessidade de pesquisar novos materiais e linguagens. Obcecado pelo universo humano e pelo comportamento urbano, Mateu é conhecido pelos personagens com cabeças pensantes cheias de cabelos e objetos voadores, cores que provocam poesia nas formas leves e delicadas.

 

Em ” Avesso do avesso”, Mateu Velasco expõe uma série de gravuras em metal, pinturas em madeira e telas inéditas. Nas obras criadas em madeira, o artista usa tinta, pastel, lápis de cor e acrílica com spray.

 

Mateu consegue refletir o dia-a-dia e decifrá-lo em suas obras. Daí surgem personagens lúdicos como mulheres nadando, fantasiadas, andando de skate ou simplesmente paradas olhando para o nada. No processo de construção das gravuras, ranhuras e texturas buscam imperfeições que foram deixadas no tempo e suas gravuras ganharam detalhes coloridos de tinta como pingo de chuva, aro de bikes e folhagens delicadas.

 

Durante a exposição e para criar na galeria o vazio do “avesso”, que simbolizam recomeço, repensar, vivenciar, Mateu cria um ambiente novo com elementos da natureza como tronco de árvores, folhas secas e som ambiente.

 

O artista que já criou estampas para marcas cariocas como Ecletic, Cantão,Maria Filó, Nike e Adriana Barra, acabou de desenvolver um mapa ilustrado do Rio de Janeiro com as comunidades pacificadas. O artista vê seu trabalho cada vez mais se distanciar do universo do grafiteiro.

 

“Eu procurava temas para as novas obras. Em como ia conduzir. Primeiro pintei, depois o processo se voltou para gravuras e ficou claro que eu estava falando do avesso do que vivemos hoje… Avessa é a natureza do ser humano. O ser humano é o próprio avesso! … Nao estou apegado a nenhum suporte. O próximo passo é transformar em tridimensional as gravuras em metal. Trabalho antigo, que já tinha retomado e que estou encantado”. Explica o artista.

 

 

De 02 a 31 de agosto.

TRAMAS EXIBE GUEL SILVEIRA

Guel Silveira

Chama-se “Dobras” a primeira exposição individual do artista plástico baiano Guel Silveira na Tramas Galeria de Arte, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. Guel recebeu em casa suas primeiras orientações artísticas, pois é filho do também pintor, o sergipano Jenner Augusto, um dos ícones da arte moderna de Sergipe e da Bahia. Desconstruindo sua origem o artista nunca seguiu o estilo de seu pai e desenvolveu sua própria linguagem, criando um tipo de abstração, com formas espontâneas e geométricas ao mesmo tempo. A curadoria é do crítico de arte Geraldo Edson de Andrade, Presidente de Honra da Associação Brasileira de Críticos de Arte.

 

A palavra de Jorge Amado

 

“Num tratamento abstrato, Guel consegue que a forma se materialize em cor, num espaço onde volumes enumerados em sequência matemática buscam o infinito. Busca pesquisa, experiência iniciada, dura vontade de saber, de conhecer e descobrir. Todos os caminhos estão abertos ao moço Guel, a partir desta arte que contemplo, tomado pelo vigor e pela paixão do artista, dessa juventude esplêndida capaz de ser ao mesmo tempo negação e afirmação, o hoje e o amanhã”.

 

De 02 a 18 de agosto.

ERNESTO NETO EM SP

24/jul

O artista plástico Ernesto Neto cada vez mais apresenta e desenvolve instalações monumentais de perfeita interação com o público. O artista segue desenvolvendo pesquisas nessa direção, agora explorada de maneira ainda mais aprofundada e criativa como em “Não Tenha Medo do Seu Corpo” trabalho dividido entre o Galpão, Barra Funda, e a Galeria Fortes Vilaça, Vila Madalena, São Paulo, SP. O artista trabalhou com uma equipe de dezoito assistentes na confecção do material, e os trabalhos possuem títulos bem-humorados, a exemplo de “NósTodosJuntos,VírgulaVirgulina”.

 

Em 2010, Ernesto Neto exibiu uma nova fase de sua carreira na mostra “Dengo”, que ganhou espaço no Museu de Arte Moderna de São Paulo. A montagem apresentava camas e estalactites feitas de crochê com corda de poliéster e polipropileno com preenchimento de bolinhas de plástico. Naquele ano a exposição atraiu famílias inteiras e crianças.

 

Na atual exibição, para percorrer os espaços da galeria o visitante tem que tirar os sapatos, pisar num tapete e pode sentar-se em esculturas em forma de balanço. No segundo piso, relevos de parede utilizam utilizam bolas de gude. No galpão da Barra Funda estão as obras de grande porte, uma delas atinge 6 metros de altura.

 

Para Jonas Lopes, da Revista Veja-São Paulo “…ao proporcionar ao espectador não só o entretenimento da interatividade mas também prazer estético nas inúmeras variações cromáticas nas cordas, Neto comprova ser um dos mais talentosos escultores de sua geração”.

 

Até 18 de agosto.

 

ARQUEOLOGIA DA PERDA

A Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, exibe a exposição “Arqueologia da Perda” com obras inéditas da artista carioca Daisy Xavier ocupando todo o espaço expositivo da galeria.

 

No primeiro andar, um conjunto formado por uma instalação com 11 lanças de madeira (uma referência ao tríptico “A Batalha de São Romano” de Paolo Ucello, que data do século XV); 15 esculturas, feitas em madeira e vidro, que incluem uma série de três trabalhos de parede feitos com madeira, lente de aumento e ouro e ainda seis desenhos inéditos em óleo e nanquim sobre papel. No terceiro andar, uma pintura em grande formato, seis pinturas pequenas, desenhos feitos em nanquim e uma escultura de madeira e vidro. No contêiner a artista apresenta o vídeo “Mar sem orla” de 2010. No espaço térreo, com 200 metros quadrados e pé direito de mais de sete metros, Daisy Xavier mostra esculturas inéditas, de chão e de parede, de uma nova pesquisa que começou a desenvolver este ano utilizando partes de móveis antigos, principalmente cadeiras. No mesmo salão, uma serie inédita de três objetos de parede, intitulada ”Simetrias”, feita a partir de pedaços de cadeiras antigas, encurvadas e arredondadas.

 

A palavra da artista

 

“Me interessam os veios, as curvas desses pedaços de móveis. A riqueza com a qual a madeira era esculpida antigamente dá uma ideia de fluidez e de movimento. Aproveito para abstrair o que era um móvel e criar apenas linhas, um desenho em três dimensões” afirma Daysi Xavier. Junto a essas peças de madeira, estão objetos de vidro, todos no mesmo tom de azul, que fazem referência à água, um tema recorrente em trabalhos da artista. Esses vidros aparecem quebrados, mas sempre lembram a forma do objeto perdido. “São pedaços de vidro quebrados, mas não são cacos, eles trazem a memória de algo que se quebrou. Gosto de manter esses pedaços como se fosse um objeto que pode ser remontado. O título da exposição ‘Arqueologia da Perda’ implica nessa possibilidade de reconstrução” explica a artista.

 

 

Até 18 de agosto.

 

FARNESE NO MUSEU DO PONTAL

19/jul

O Museu Casa do Pontal, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, RJ, exibe “Liturgias Contemporâneas: Farnese de Andrade e ex-votos”, exposição composta de 150 ex-votos da coleção da casa  e cerca de 15 obras de Farnese de Andrade cedidas por instituições museológicas e colecionadores. O Museu Casa do Pontal é a maior instituição de arte popular do país e possui um acervo tombado de oito mil obras. A mostra tem curadoria da antropóloga Angela Mascelani, diretora do museu, e dá sequência aos diálogos entre arte popular e contemporânea que a instituição começou a promover no ano passado com a mostra “Máquinas poéticas”, de Abraham Palatnik, que unia as obras do artista contemporâneo às de Adalton Lopes, artista popular.

A exibição atual focaliza objetos criados pelo consagrado artista plástico mineiro Farnese de Andrade que dialogam com os ex-votos, oferenda popular destinada a Deus ou a um santo que tem como objetivo agradecer por uma graça alcançada ou materializar um pedido à divindade. Nos trabalhos de Farnese percebe-se claramente a apropriação dos ex-votos para “criar uma terceira expressão artística: uma interseção entre o popular e o contemporâneo”.

 

Sobre Farnese 

 

Pintor, escultor, desenhista, gravador e ilustrador, nasceu em Araguari, MG, 1926  e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, 1996. Artista múltiplo em cuja produção vida e arte se enlaçam de maneira inseparável dando origem a uma obra de características pessoais. Com seus objetos Farnese tornou-se um caso único na arte brasileira, um verdadeiro artista de culto. Hoje o artista possui obras nos principais acervos nacionais.

 

Até 22 de setembro.

PAULO DARZÉ EXIBE RODRIGO FROTA

12/jul

O jovem fotógrafo cearense Rodrigo Frota realiza na Paulo Darzé Galeria de Arte sua primeira exposição individual na Bahia. Nessa exposição individual Rodrigo mostra 25 trabalhos em dimensões variadas. A fotografia de Rodrigo Frota, no dizer do artista e crítico José Guedes tem nesta exposição “alguns momentos com belíssimas paisagens de captura aérea, a eliminação da linha de horizonte (como em Monet) causa um efeito desconcertante que exige do expectador uma aproximação em busca de referências que lhe restitua o equilíbrio no espaço. Em outros, mais formalmente abstratos, a aproximação também se faz necessária para que se capte detalhes que redimensionam e enriquecem a primeira visão. Até mesmo nas fotografias mais claramente figurativas, o desfoque, o movimento e a saturação da cor enfatizam o aspecto pictórico da imagem, a transcendência da realidade. Rodrigo Frota é um profissional inventivo, sensível, e rigoroso em todos os processos  da elaboração de seu trabalho; do ângulo do click ao tipo de impressão das imagens, da temperatura cromática ao emolduramento. Eis um artista de quem temos muito o que esperar”.

 

 Sobre o artista

 

Rodrigo Frota nasceu em 1984. Começou seus estudos na fotografia quando foi morar na Suíça, em Rolle, uma pequena cidade entre Lausanne e Genebra, onde viveu durante três anos, de 2000 a 2003, cursando o segundo grau no Institut Le Rosey – Suiça – IGCSE Exams – Arts e estudos de extensão no Curso de Fotografia (Básica e Avançada) e na área de técnicas artísticas e história da arte.

 

Seus trabalhos estão publicados em importantes jornais e revistas como O Globo, Diário do Nordeste e revista Bravo!, Vogue, Jornal O Povo, Universidade de Fortaleza, Revista Joyce Pascowitch – Estilo.

 

Realizou exposições coletivas em 2009 na XVI Unifor Plástica – Espaço Cultural UNIFOR, Fortaleza; 2006, Paralelo Vertical – Palácio da Independência, Lisboa, Portugal; Paralelo Vertical – Iguatemi, Fortaleza, Brasil; e 2004, Mostra Universitária – UNIFOR, Fortaleza. Em individuais realizou em 2011 Pictoriais – Museu de Arte Contemporânea – CDMAC; 2009, Fragmentos de Viagem – Centro Cultural Dragão do Mar. Foi premiado com Menção Honrosa – XVI Unifor Plástica – Fotografia e na 1ª Mostra Universitária – UNIFOR.

 

De 14 de julho a 11 de agosto.

DANIEL SENISE, SEIS TRABALHOS INÉDITOS

10/jul

Pisos marcados pelo uso, pela passagem do tempo, e o contraste do ambiente anônimo e do espaço afetivo serviram de inspiração para Daniel Senise em seu mais novo trabalho. O artista, ícone da famosa Geração 80, apresenta seis trabalhos inéditos, na Galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ.

 

Conhecido como um artista que ativa o imaginário do espectador, Senise apresenta duas obras feitas a partir dos tacos do chão da casa de um amigo, mas que, como define o artista: “…poderia ser de qualquer lugar. Utilizei a mesma imagem do espaço, para dar a ideia de ambiente genérico, sem limites”.

 

Para criar as outras obras, ele utilizou mais uma vez o ambiente de seu ateliê como referência e deu o título de “Silvio Romero 34″, endereço do local. “Quero reforçar os dois fundamentos, o meu lugar e o lugar genérico, e mostrar que sempre reconhecemos os dois”, explica o artista.

 

Senise levou um ano para concluir o trabalho, com a técnica de “impressão sobre madeira”. Ele cobre o piso com cola, verniz e pigmentos e depois imprime num tecido fino a memória do local. Em seguida, recorta e organiza as impressões numa estrutura de alumínio, construindo por meio dos claros e escuros a perspectiva da obra.

 

Sobre o artista

 

Formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde também lecionou, Daniel Senise participou de diversas exposições coletivas, entre elas diversas edições da Bienal Internacional de São Paulo, Bienal de Veneza, Itália, em 1990, e da V Bienal do MERCOSUL, Porto Alegre, em 2005.

 

O artista tem exposto individualmente em museus e galerias no Brasil e no exterior, como o MAM do Rio de Janeiro, o MAC de Niterói, a Casa França-Brasil, também no Rio, a Estação Pinacoteca, em São Paulo, o Museum of Contemporaray Art, em Chicago, e o Museo de Arte Contemporáneo, no México. Atualmente Daniel Senise vive e trabalha no Rio de Janeiro.

 

De 13 de julho a 25 de agosto.

“JOÃO & ANTONIO” NA H.A.P.

09/jul

O designer de jóias Antonio Bernardo e o fotógrafo João de Orleans e Bragança estão juntos na nova iniciativa da galeria H.A.P, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ. Os dois apresentam obras inéditas na exposição “João & Antonio”, que inaugura o “Casa 11 Projetos” e “Casa 11 Photo”, dois novos núcleos que a marchande Heloísa Amaral Peixoto apresenta à cidade.

 

Antonio Bernardo, que nunca se aventurou no circuito das galerias de arte, lança sua primeira exposição no meio das artes plásticas. São 8 objetos expostos, feitos em prata sterling 925, que fazem uma reflexão sobre movimento, escala e formas. Fato inédito na carreira de Antonio Bernardo.

 

João de Orleans e Bragança lança uma mostra de 35 imagens. O reflexo dos barcos sobre as águas da baía de Paraty serviram de inspiração para este ensaio fotográfico que mais parece uma série de pinturas abstratas. As imagens não passaram por nenhum tratamento, elas são fiéis ao que podemos ver refletido no espelho d’água sobre as águas da baía de Paraty, onde o fotógrafo reside grande parte do tempo. Os elementos gráficos e abstratos, que sempre estiveram presentes em seus trabalhos documentais, agora são levados ao auge.

 

Palavras dos artistas e da marchande

 

Antonio Bernardo

 

“Nem jóia, nem design, nem escultura, são experimentais. Gosto de chamar de objetos de atelier.”

“Gosto de produzir coisas, de ver a transformação delas”.

“A partir daí passei a olhar o que estava pesquisando e percebi que, experimentando variação de escala, poderia transformar alguns projetos em interessantes objetos.”

 

João de Orleans e Bragança

 

“Já tinha feito fotos de proas de barcos, que sempre me despertaram interesse. Aí acabei reparando no espelho d’ água e sua infinidade de cores e formas, foi daí que surgiu a idéia de fazer essas fotos”.

 

Heloísa do Amaral Peixoto 

 

“A iniciativa surgiu de uma vontade de ampliar as atividades da galeria. Com esses núcleos terei oportunidade de trazer um outro movimento de artistas. É um espaço para diversificar áreas, que também tenho grande interesse, e que de alguma forma se complementam.”

 

De 14 de julho a 18 de agosto.