ARTE CONSTRUTIVA NA COLEÇÃO FADEL

23/abr

O Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Setor Cultural Sul, lote 2, Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF,  apresenta a exposição “Geometria da Transformação Arte Construtiva Brasileira na Coleção Fadel”. São 142 obras de 55 artistas entre pinturas, desenhos, gravuras e esculturas, compreendendo o período que vai do início da década de 1950 ao final da década de 1980. A Coleção Hecilda e Sergio Fadel é uma coleção privada que reúne significativas obras de arte realizadas entre os séculos XVII ao XXI. A seleção apresentada nesta exposição, de forma inédita, é um amplo panorama da arte construtiva no Brasil. A exposição está dividida em cinco núcleos de representação: Atelier Abstração, Grupo Ruptura e Concretismo, Grupo Frente e Neoconcretismo, os artistas geométricos não vinculados a grupos e a segunda geração construtiva.

 

Atelier Abstração

Criado por Samson Flexor, o Atelier-Abstração é um dos espaços mais importantes de formação artística na cidade de São Paulo na década de 1950. O artista faz da sua casa, um ateliê onde reúne um grupo de jovens para pintar e desenhar.

 

Grupo Ruptura e concretismo

Em dezembro de 1952, no Museu de Arte Moderna de São Paulo é inaugurada a exposição que marca o início oficial da arte concreta no Brasil. Intitulada “Ruptura”, e acompanhada de um manifesto. A mostra é concebida e organizada por um grupo de artistas em sua maioria de origem estrangeira e residentes em São Paulo, e o manifesto é redigido por Waldemar Cordeiro e diagramado por Leopoldo Haar. Cordeiro, artista de origem italiana, é o porta voz do grupo e principal teórico do movimento concreto paulista. Em termos gerais, o grupo defende a autonomia de pesquisa com base em princípios claros e universais, capazes de garantir a inserção positiva da arte na sociedade industrial. Para um artista concreto, o objeto artístico é simplesmente a concreção de uma ideia perfeitamente inteligível, cabendo à expressão individual lugar nulo no processo artístico. Para eles, toda obra de arte possui uma base racional, em geral matemática, o que a transforma em “meio de conhecimento dedutível de conceitos”. Por volta de 1959 o Grupo Ruptura começa a se dispersar.

 

Grupo Frente e neoconcretismo

Marco histórico do movimento construtivo no Brasil, o Grupo Frente, sob a liderança do artista carioca Ivan Serpa, um dos precursores da abstração geométrica no Brasil, abre sua primeira exposição em 1954, na Galeria do IBEU, no Rio de Janeiro, sendo a maioria dos artistas seus alunos. Apesar de informados pelas discussões em torno da abstração e da arte concreta, com obras que trabalham, sobretudo no registro da abstração geométrica, o grupo não se caracteriza por uma posição estilística única, sendo o elo de união entre seus integrantes a rejeição à pintura modernista brasileira de caráter figurativo e nacionalista. Para os artistas do Grupo Frente, a linguagem geométrica é, antes de qualquer coisa, um campo aberto à experiência e à indagação. A independência e individualidade com que tratavam os postulados teóricos da arte concreta estão no centro da crítica que o grupo concreto de São Paulo faz ao grupo.

 

Concretos x Neoconcretos

Contando também com o apoio dos poetas concretos paulistas os concretos de São Paulo organizam a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, com a colaboração do grupo carioca, ocorre em dezembro de 1956 no MAM-SP e em fevereiro de 1957 no Ministério da Educação e Cultura (MEC) no Rio de Janeiro e torna evidente a distância entre os dois núcleos concretistas. Sua repercussão, tanto por parte do público quanto dos artistas, marca o início de uma nova fase da arte concreta brasileira, exigindo dos artistas cariocas uma tomada de posição mais definida diante das ideias veiculadas pelos concretos paulistas. A exposição também ajuda a revelar a amplitude que a arte abstrato-geométrica de matriz construtiva e concreta, havia adquirido no Brasil. Após a mostra, o Grupo Frente simultaneamente rompe com os artistas de São Paulo e começa a se desintegrar. Dois anos depois, alguns de seus integrantes iriam se agrupar para iniciar o Movimento Neoconcreto um dos mais significativos da arte brasileira. A ruptura neoconcreta na arte brasileira data de março de 1959, com a publicação do Manifesto Neoconcreto, assinado por seus integrantes e deve ser compreendida a partir do movimento concreto no país, que remonta ao início da década de 1950 e aos artistas do Grupo Frente, no Rio de Janeiro, e do Grupo Ruptura, em São Paulo. A cor, recusada por parte do concretismo, invade a pesquisa neoconcreta nas obras de artistas como Aluísio Carvão, Hélio Oiticica, Hercules Barsotti e Willys de Castro.

 

A exposição encerra com os artistas geométricos não vinculados a grupos e a segunda geração construtiva. Um catálogo trilíngue, português, francês e inglês, será editado para acompanhar a exposição. Com textos do crítico de arte Roberto Conduru, do colecionador Sergio Fadel, do Secretário de Cultura do Distrito Federal Hamilton Pereira e do diretor do Museu Nacional, Wagner Barja, o catálogo apresenta ainda reproduções das obras apresentadas na mostra.

O serviço de educação desta exposição está sob responsabilidade da educadora e escritora Nereide Schilaro Santa Rosa.

 

De 25 de abril a 24 de junho.

AS CORES VIBRANTES DE TOZ

Seleção Natural - Toz

A nova exposição individual de Toz, ” Vendedor de Alegrias “, encontra-se em exibição na Movimento Arte Contemporânea, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. Na fase atual, o artista abre um novo caminho – mais diurno -, e com isso, surge o personagem “Vendedor de Alegrias”, mais leve e colorido. Exibidas em primeira mão, serão ao todo sete telas em grande formato e ainda, uma instalação com um boneco, que representa o novo personagem, em tamanho natural todo feito de tecidos estampados e lisos costurados. A instalação também conta com bolas presas por uma rede, tal como o vendedor de rua faz. Segundo a crítica e curadora da mostra Isabel Portella, a nova fase do Toz tem ares festivos. ” Seu novo trabalho é alegre e pede um olhar menos coloquial”, observa a curadora, que também assina o texto da exposição. “Vendedor de Alegrias”, que é inspirado nos vendedores de bolas muito encontrados nas ruas cariocas. Nessa mostra, a intenção é mostrar o novo personagem numa linguagem quase que “tridimensional” onde Toz utiliza o tradicional spray e, continua com a sua incansável pesquisa de materiais investindo no glitter, purpurina e na tinta acrílica para caracterizá-lo. O novo personagem tem momentos “meditativos” como é o caso da tela ” Super Proteção” e pode levar o visitante para dentro de seu mundo, como o trabalho ” Seleção Natural “. A criação desse novo personagem marca o início de uma nova etapa na obra de Tomaz Viana, que passa a trabalhar com novos padrões que dão ao seu trabalho uma linguagem mais artística, autoral e cada vez menos “grafiteira” com uma nova cartela de cores mais vibrantes.

Até 05 de maio.

INDIVIDUAL DE ALEX TOPINI

19/abr

A Cosmocopa Arte Contemporânea, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, abre a exposição “A VENDA”, individual do artista Alex Topini que articula “…imagens com palavras, expressões e símbolos da cultura visual de massa, …cria jogos e associações, agindo criticamente sobre os processos de recepção e circulação da arte enquanto mercadoria”. Na exposição “A VENDA”, o artista apresenta trabalhos que “…tem como eixo poético a intervenção crítica na economia política da arte, investigando as relações entre arte e vida, os limites entre entre o colecionismo e o consumo, entre objeto e produto”.

A exposição ficará em cartaz de 22 de abril a 22 de maio.

EXUBERÂNCIA CROMÁTICA

Fernando Araújo

 

A exposição individual do artista plástico Fernando Araújo, “A dimensão do afeto”, acontece no Espaço Cultural Citi, Paulista, São Paulo, SP. Araújo recebeu texto sobre seu trabalho assinado pelo crítico de arte Jacob Klintowitz. Assim refere-se Klintowitz: “Na primeira hora do dia a passagem do carro do sol ilumina o jardim das cerejeiras. Os dedos violetas da aurora tingem o horizonte e é como se Dionísio impregnasse a terra com o prazer da vida. Onde se ocultaram os pressentimentos da noite? É possível que esta introdução, construída a partir dos títulos de algumas pinturas de Fernando Araújo, indique com clareza o universo poético e as emoções de onde emerge a sua pintura. Ou, ao contrário, ao invés da origem, esta escrita aponte para que lugar e associações somos conduzidos. Origem ou destino – não são antípodas e excludentes e podem existir ao mesmo tempo – o que fica claro é a dimensão afetiva e sutil onde atua o artista. Em Fernando Araujo o mais significativo, o que comove em primeiro lugar, é o percurso da expansão emotiva ao gesto intencional, justo e em seqüência. O que antes, em fase anterior, era a manifestação imediata da necessidade expressiva do artista, agora é a organização do universo pictórico sensível. Fernando Araújo é essencialmente um pintor e a ação se passa no seu diálogo com a cor e na correspondência entre o gesto e a emoção. É exemplar deste caminho o título de sua última mostra, “Antes de tudo”, e o da atual, “A dimensão do afeto”. Esta exposição reúne as partes pictórica e gráfica do artista e, ainda que a visão de mundo seja a mesma, em cada uma delas o artista experimenta aspectos diferentes de sua personalidade. Na pintura temos o gesto, a exuberância cromática, o percurso da emoção. E nela se exercita o trato imediato e intuitivo que a pintura pode proporcionar.Na parte gráfica, Fernando Araújo vivencia o gosto dos materiais, a textura do papel, a resistente dureza da matriz, o entintamento do rolo, as diversas provas de máquina em diferentes cores. E certo fascínio pelo Oriente e a sensualidade dos púrpuras e das dobras dos tecidos. Além de uma iconografia feita de signos e relevos. Febo,Dionísio, Aurora, Perséfone. Mitos e memórias de uma terra incógnita.Noturno na terra de outrora. Do carro do sol vemos apenas o esplendor, pois a sua passagem pelo céu acende o dia e todas as coisas se tornam formas aos nossos olhos. Nada se escuta, mas isto não é necessário, pois nos basta a sensação de que o mundo renasceu”.

De 23 de abril a 15 de junho.

BARRIO EM PORTUGAL

17/abr

Artur Barrio regressa ao Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, Portugal, com a exposição “… navegações/divagações … por entre escolhos  e baixios…”. Barrio usará a sala central do Museu de Serralves, reinventando-a com um novo projeto  especificamente concebido para este espaço, transformando-a ao longo de várias semanas, antes e depois da sua abertura ao público.

A obra de Barrio surpreende pelo modo como o artista constrói situações efêmeras onde a experiência da vida e da arte se cruzam na subversão  do lugar de apresentação da obra de arte e no desafio à condição do espectador. Este vê-se provocado a abandonar a sua passividade e a  descobrir e a interpretar cada projeto do artista como uma experiência física e conceitual, que ampliará a sua percepção e conhecimento do mundo.  Em muitos projetos de Barrio, materiais orgânicos perecíveis como o pão, o peixe, a carne, o vinho, a água e o café são combinados com textos,  desenhos e fotografias na proposição de novas experiências do sensível e do cognoscível. O lugar, o tempo e os discursos da arte são muitas vezes objeto de crítica nos trabalhos do artista, quando desvinculados de uma experiência humana do mundo que conjugue de modo singular a  simplicidade dos elementos e a complexidade das ideias. O artista tem desenvolvido um modo muito pessoal de documentar as suas  ações e situações através de registos como o texto, a fotografia, o livro de artista, o filme ou o vídeo. Essa relação muito particular entre o registo e a  situação que o origina tem vindo a ser reconhecida em múltiplas exposições internacionais onde o seu trabalho tem sido apresentado.  Sendo um dos protagonistas de um contexto artístico que, no Brasil, contribuiu decisivamente para uma crítica do modernismo e uma redefinição  da obra de arte, a obra de Barrio tem sido divulgada internacionalmente, desde a célebre exposição “Information”, que o MoMA, Nova Iorque, apresentou em  1970, até recentes participações na XI Documenta de Kassel em 2002, na 29ª Bienal de São Paulo, 2010, ou na 54ª Bienal de Veneza,  2011, onde representou o Brasil. O Ministério da Cultura de Espanha agraciou-o em 2011 com o Prêmio Velásquez, pela sua “poética radical”, na  qual se verifica “a aparição de uma beleza inesperada”. O regresso de Artur Barrio a Serralves constitui também um regresso  à apresentação do seu trabalho no Porto, cidade onde nasceu a 1 de fevereiro de 1945. Entre Portugal e o Brasil, entre a Europa e a América do  Sul, a vida e a obra de Artur Barrio conjugam também a errância, a viagem, o oceano e a constante redescoberta de si e dos outros, por quem é muitas vezes visto como português no Brasil ou como brasileiro em Portugal. O Museu de Serralves tem, desde a exposição “Regist(R)os”, realizada  em 2000, até hoje, continuado a trabalhar com o artista, desde o projeto gorado de uma viagem de navegação entre o Rio de Janeiro e o Porto até “… navegações/divagações … por entre escolhos e baixios…”. Por ocasião desta exposição, será publicado um novo livro que a  documentará, realizado em colaboração com Artur Barrio e Cristina Motta, com textos da autoria do próprio artista, assim como de Moacir dos Anjos,  Óscar Faria e João Fernandes.

Até 01 de julho.

NO MUSEU LASAR SEGALL

16/abr

Fabio Magalhães é o curador da exposição “Poéticas do Mangue”, cartaz do Museu Lasar Segall, Vila Mariana, São Paulo, SP. A mostra aborda a atração que o Mangue, com seus prostíbulos, bares e cabarés, exerceu sobre diversos artistas: Lasar Segall lançou o álbum “Mangue” em 1944, com reproduções de desenhos realizados entre os anos 1925 e 1943. Nessas obras sobre a prostituição, Segall volta-se, sobretudo, para questões sociais, preocupando-se com a situação de solidão e miséria. Di Cavalcanti, ao contrário de Segall, frequentou o Mangue como artista e para se divertir em grandes noitadas. Di evitava ser um observador distante. Alguns contemporâneos de Segall, como Otto Dix, George Grosz, Otto Lange e Jacob Walter, foram incluídos nesta exposição, por terem exercido influência sobre toda uma geração de artistas brasileiros, inclusive sobre desenhos de Di Cavalcanti, realizados nos anos 1930. Entre os muitos artistas que frequentaram o Mangue, foram reunidas obras de Cícero Dias, Antonio Gomide, Manoel Martins, Poty Lazzaroto, Guido Viaro e Maciej Babinski.

Até 17 de junho.

ZARAGOZA INAUGURA A CANVAS-SP

A exposição de inauguração da Canvas-SP Galeria, Jardim Paulistano, São Paulo, SP,  reúne cerca de 30 trabalhos do artista plástico José Zaragoza, sob a curadoria de Emanuel Araujo. São obras inéditas da série “Windows”, que refletem a passagem do furacão “Glória” por Nova York em setembro de 1985. De seu apartamento na cidade, Zaragoza decidiu pintar o que via, em um exercício de voyer, amedrontado, mas também curioso. Desse movimento nasceu a série “Windows”, de traços quadriculados, sombrios, realistas. Quanto mais soavam os alarmes, mais trabalhavam as mãos e os olhos, mais se ampliava a série.  “A série Windows foi inspirada pelo medo que tomou conta dos novaiorquinos naquele verão de 1985. Na época eu mantinha um apartamento em Tribeca. Por causa desse medo, todos protegiam os vidros das janelas grudando fita crepe em forma de X para que não estourassem. Foi um pavor que dominou a todos durante um dia e uma noite, período em que ninguém conseguiu dormir, nem eu. E, afinal, o furacão Glória não deu as caras, mas eu continuei trabalhando nas obras”, revela Zaragoza. Natural de Alicante, Espanha, Zaragoza completa em 2012 sessenta anos de Brasil. Apaixonado pelo desenho desde a adolescência, desenvolveu sua técnica por meio da teoria, como em sua formação pela Escola de Belas Artes de Barcelona, e principalmente da prática. Zaragoza participou de três Bienais de São Paulo 1963, 1965 e 1967, da 2ª Bienal de Havana, em Cuba, 1986, além de ter feito a mostra “Não Matarás”, no MASP, 1986. Expôs em Paris, Nova York, Barcelona, Madri, Roma, Lisboa, Londres, Haia, Ludwigshafen e Tóquio, assim como nas mais importantes cidades brasileiras. Realizou, em 2005, um panorama de seus 50 anos de carreira como artista plástico.

Até 03 de maio.

JAILDO MARINHO EM PARIS

14/abr

A exposição “Le Vide Oblique – O Vazio Oblíquo”, do artista plástico brasileiro Jaildo Marinho, é o atual cartaz na Casa da América Latina, Paris, França. Jaildo reside na França desde o início dos anos 90, e agora exibe suas formas  geométricas em mármore branco e negro, nas quais intercala cores vivas, fortes e reluzentes e quadros em técnicas combinadas. A mostra tem coordenação de Jacques Leenhardt e Max Perlingeiro e foi dividida em dois momentos, um “bidimensional”, com quadros, e outro “tridimensional”, com esculturas. Nascido em Santa Maria da Boa Vista, Pernambuco, o artista viu despertar sua vocação desde a infância. Sua pesquisa, além de obter uma  linguagem pessoal, abrange uma “…interação com herdeiros do Groupe Madi, o conjunto de criadores de arte abstrata do qual fizeram parte gente do peso de Mondrian e Kandisnsky”. Afirma o artista: “- No meu trabalho há virtudes geométricas industriais, sim…São meios que encontro para transformar o quadrado em um objeto artístico leve”. Nos últimos dez anos, Jaildo Marinho expôs em diversos países  como Estados Unidos, Itália, Espanha, Eslováquia e Hungria. Um dos trabalhos de repercussão do artista em Paris, foi a instalação na fachada da Bibliothèque Historique de la Ville de Paris. A Edições Pinakotheke, Rio de Janeiro, lançou caprichado volume sobre a obra de Jaildo Marinho com textos assinador por Lêdo Ivo, Mario Helio Gomes e Jacques Leenhardt que afirma “…essa capacidade peculiar – às formas de se agrupar sublinha a conivência entre o trabalho de Jaildo e a arquitetura, que, por sua vez, respalda seu engenho na arte de combinar o maciço com o vazio.”

Até 16 de junho.

UM RECORTE NO ACERVO

12/abr

A “Sala dos Pomares”, da Fundação Vera Chaves Barcellos, Av. Sen Salgado F°, 8450, Viamão, RS, apresenta a exposição “DES/ESTUTURAS”, um novo recorte sobre o acervo da instituição apresentando  série de gravuras, desenhos, fotografias, pinturas, esculturas e instalações cuja proposta da curadoria de Neiva Bohns e Vera Chaves Barcellos, inicialmente propõe diálogos entre obras de dois tipos: as que partem de um projeto específico e claro e outras que dão mais lugar à intuição e ao momento do fazer e ao próprio processo. Cobrindo um longo período de produção, desde os anos sessenta do século passado aos dias atuais, a mostra contrapõe o gestualismo de Emilio Vedova ao rigor de Joseph Albers e apresenta obras de Ione Saldanha, Lili Hwa, Maristela Salvatori, Eduardo Frota, Iole de Freitas, Lucia Koch, Maria Lucia Cattani, Anna Maria Maiolino, Nelson Wiegert, Nick Rands, Pic Adrian, Riera i Aragò e Vera Chaves Barcellos entre outros artistas. Um dos destaques da mostra é a escultura de Lygia Clark, “LC3, da série “Bichos”, editada pela Limited Edition, de Londres, nos anos 1960, escultura transformável em múltiplas esculturas distintas e que será exibida pela primeira vez.

De 14 de abril a 28 de julho.

CRUZ-DIEZ NA RAQUEL ARNAUD – SP

11/abr

A Galeria Raquel Arnaud, Vila Madalena, São Paulo, SP, apresenta a exposição “Circunstâncias e ambiguidades da cor”, obras inéditas no Brasil do consagrado artista venezuelano radicado em Paris, Carlos Cruz-Diez, um dos nomes seminais e notáveis da arte cinética internacional, na qual exibe suas recentes experiências com a cor, “Duchas de Indução Cromática”, que vai ocupar o andar térreo da galeria ao lado de outros trabalhos bidimensionais –, o espectador literalmente tomará um banho de cor. Segundo o artista, seu trabalho busca o limite da visão normal, mas não para gerar efeitos. “Pretendo colocar em evidência circunstâncias inéditas, mas reais, da visão, com o propósito de estabelecer outra relação de conhecimento”, afirma Cruz-Diez. No piso superior, uma de suas “obras efêmeras”. Estas “obras efêmeras” são posteriormente registradas e impressas em painéis de grandes formatos, na medida de murais. Como são feitas para um determinado espaço, dependem de encomenda. Medindo quatro metros, a obra que faz parte desta exposição, foi impressa no ateliê da Galeria Raquel Arnaud;  trabalhos selecionados pelo artista ocupam também o andar térreo da galeria. Estreitamente relacionadas ao fenômeno da pós-imagem ou da persistência da retina, as “Induções Cromáticas” possibilitam itam captar a cor complementar, ou cor induzida. Segundo o Cruz-Diez, essas obras e as chamadas “Cores Aditivas”, também na exposição, diferentemente da pintura tradicional, sinônimo de permanência e eternidade, propõem outra solução que integra a noção de tempo e espaço reais ao plano estático. Entre as obras bidimensionais estão as “Fisiocromias”, em grandes dimensões, estruturas que revelam diferentes comportamentos e qualidades da cor. Modificam-se segundo a intensidade da luz ao redor e do deslocamento do espectador, projetando a cor no espaço e criando uma envolvente situação de aumento, reflexo e subtração da cor. Completam a mostra, painéis que mostram algumas das obras de Cruz-Diez integradas à Arquitetura.

De 11 de abril a 02 de junho.