JOSÉ DAMASCENO EM SÃO PAULO

11/abr

Chama-se “Storyboard” a exposição que José Damasceno apresenta no Centro Cultural São Paulo, Piso Caio Graco – Sala Tarsila do Amaral,  Paraíso, São Paulo, SP. Foram reunidos cerca de 20 trabalhos do artista, distribuídos em técnicas diversas como fotografias, desenhos e objetos tridimensionais realizados de 1989 a 2011. A seleção constitui uma visão “…inédita e abrangente do desenvolvimento dessa obra a fim de ressaltar os modos como o artista sugere uma ação ou um acontecimento, em processos de repetição e acumulação de materiais e formas”. A mostra é a segunda do ciclo Monográficas, dedicadas a pensar a produção de arte no Brasil nos últimos 30 anos. Destacam-se os trabalhos “Cinemagma”, “Parábola”, “Organograma” e “Cartograma”, obra exposta na edição de 2007 da Bienal Internacional de Veneza. A curadoria é de José Augusto Ribeiro.

Até 27 de maio.

O SILÊNCIO EM STELLA

10/abr

A exposição “… e quem te escuta é o silêncio”, de Stella Da Poian, artista bastante singular e de carreira consistente, entra em cartaz na Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida, Universidade Cândido Mendes, Ipanema, a convite do curador Paulo Sérgio Duarte, um admirador de sua trajetória. A artista apresenta 15 trabalhos a óleo, alguns de grandes dimensões, marcados por uma técnica expressiva e recorrente em sua obra:  recorte da tela pronta, colagem e intervenções posteriores.

O título da exposição – releitura autorizada de um verso de Rogério Luz, em seu livro “Escritas”– trata de uma questão importante para Stella. – Toda obra de arte requer um “silêncio” interior, um momento de reflexão essencial para se apreender a extensão do que se está vendo. É justamente esse silêncio que faz com que cada pessoa perceba a obra de uma forma absolutamente única e particular – diz a artista.

O crítico de arte Paulo Sérgio Duarte, curador do espaço, destaca dois aspectos principais de sua obra: – O trabalho de Stella reafirma a persistência da pintura como expressão da arte contemporânea brasileira. A produção brasileira contemporânea sempre foi muito forte na pintura em si, e sua obra é uma evidência disso – explica. – Mas uma das características mais específicas da arte de Stella Da Poian é a capacidade de explorar a delicadeza, mesmo dentro de uma obra potente e forte. Toda a sua produção é envolta em delicadeza – declara. Stella Da Poian vive e trabalha no Rio de Janeiro e começou a exibir suas pinturas em 1991.

Até 19 de abril.

INÉDITOS DE VERA CHAVES BARCELLOS

Artista de longa experiência, a multimídia Vera Chaves Barcellos expõe, no StudioClio, Cidade Baixa, Porto Alegre, RS, “Memória de um Rio”, obra inédita, datada de 1980. Trata-se “…da mesma visão de uma janela debruçada sobre o Rio Guaiba e suas mudanças de luz são captadas através de rápidos e pequenos desenhos a lápis de cor. O ângulo de visão é sempre o mesmo: uma pequena franja de terra, o céu e o rio”. Com os mesmos princípios e ponto de vista, foi realizado um filme super-oito que também poderá ser apreciado na mostra, em versão digital. A partir dos desenhos originais foram realizadas cópias digitais sobre papel algodão, assinadas e seriadas, além de uma versão em DVD do filme.

Até 27 de abril.

LEILA PUGNALONI NO RIO

 

A exposição “Onda”, exposição individual da artista visual Leila Pugnaloni na galeria Colecionador, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, recebeu curadoria de Marco Antonio Teobaldoe organização de Ludwig Danielian. A mostra é dividida em duas partes distintas: uma seleção de desenhos e um conjunto de pinturas da série “Módulos de luz”, em que a artista trabalha com as questões de volumes tridimensionais e o reflexo das cores sobre as áreas vazias. Com mais de 25 anos de experiência na orientação de desenho de figura humana, a artista exibe pela primeira vez trabalhos em que poucas linhas e precisas definem os corpos e silhuetas, às vezes de forma minimalista. Paralelamente aos seus desenhos, a artista vem produzindo um trabalho em pintura elogiado por Paulo Leminski, Paulo Herkenhoff, Tadeu Chiarelli, dentre outros. Influenciada por Volpi, Tarsila do Amaral e pelo Concretismo, criou um estilo que reflete o seu pensamento sobre a questão urbana contemporânea. Esta inquietação “fez com que a artista trouxesse a sua pintura para outro planos fora do limite imposto pelas telas”, afirma o curador Marco Teobaldo. De 12 de abril a 16 de junho.

REVENDO A OBRA DE POTY

05/abr

“Poty, de todos nós reúne 800 itens da produção de um dos mais expressivos e originais artistas brasileiros, Poty Lazarotto. A mostra, que tem curadoria de Oswaldo Miranda – Miran -, ocupa o salão principal, o Olho, do Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Paraná. esta exibição apresenta desde desenhos de infância, passando pelo material que ele produziu durante a temporada em que estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, até gravuras e outros conteúdos realizados ao longo de sua existência. Há materiais que nunca foram apresentados ao público, a exemplo de fotos que registram o convívio de Poty com a família e bilhetes e recados bem-humorados que fazia para se comunicar com Célia, sua mulher. A exposição também abre espaço às ilustrações feitas por Poty, para obras literárias, e para o trabalho em murais e vitrais. Além de estudos pouco conhecidos, como a viagem que realizou ao Xingu, e os esboços para o desenvolvimento do livro “Curitiba, de nós”. Miran revela que essa experiência de curador evidenciou, para ele, entre outras descobertas, o poder de síntese do Poty. “Sempre pensei que ele atingia aquele ponto de estilização, assim, de imediato. Mas não. Realmente tinha muito estudo e sua técnica se aprimorava a cada desenvolvimento. Poty não era um artista acomodado ao estilo que conquistou”, afirma Miran.

Até 05 de agosto.

ZALSZUPIN NO MON

A mostra “Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição”, cartaz atual do MON, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Paraná, reúne 44 peças de tiragem única e 13 unidades de reedição, entre poltronas, escrivaninhas, cadeiras e banquetas. A curadoria é de Consuelo Cornelsen. O artista polonês migrou para terras brasileiras após a Segunda Guerra Mundial e aqui encontrou a paz que diz não ter conhecido na Europa. “Zalszupin imprimiu em suas obras o aconchego que encontrou no Brasil. É o bom estar no bem-estar”, afirma a diretora do MON, Estela Sandrini. Durante a segunda metade do século 20, Zalszupin abriu a L’Atelier, em São Paulo, espaço no qual passou a projetar móveis em pequenas séries. Em pouco tempo, se tornou referência do design nacional. “Aqui, os ventos da Era JK viabilizaram voos e assim se fizeram a Bossa Nova, o Cinema Novo e a arte de Jorge Zalszupin”, diz Estela Sandrini, a respeito da modernidade de Zalszupin. Durante o perído de exposição, será projetado um documentário sobre o percurso de Zalszupzin, de aproximadamente 40 minutos, o filme é dirigido por Carlos Deiró. “Mais que uma exposição, “Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição” é uma homenagem ao grande artista e inventor que, inclusive, vai comemorar os seus 90 anos em Curitiba”, diz a curadora.

Até 24 de junho.

 

Um documentário sobre o percurso de Zalszupzin, de aproximadamente 40 minutos, dirigido por Carlos Deiró, será projetado na Sala 6 até 24 de junho, período em que a mostra estará em cartaz. “Mais que uma exposição, ‘Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição’ é uma homenagem ao grande artista e inventor que, inclusive, vai comemorar os seus 90 anos em Curitiba”, diz a curadora, Consuelo Cornelsen.

RETROSPECTO DA OBRA DE VISCONTI

04/abr

O Museu Nacional de Belas Artes, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe “Eliseu Visconti – A modernidade antecipada”; retrospecto sobre a obra do pintor Eliseu Visconti, com cerca de 230 obras abrangendo todos os temas e gêneros de pintura praticados pelo artista: paisagens, retratos, composições, decorações, painéis, design, cerâmicas, todas as vertentes de sua eclética produção. Visconti concluiu sua formação artística em Paris, em plena Belle Époque, absorvendo influências das escolas simbolista, pontilhista, impressionista e do art-nouveau; tornando-se no Brasil o mais importante artista da transição para a modernidade. Visconti foi quem mais solidamente representou o impressionismo entre nós. Poderão ser admiradas obras de coleções particulares, algumas expostas pela última vez há mais de 100 anos, como “A convalescente”, de 1896, exibida em Paris, Munique e Saint Louis, e encontrada graças à divulgação da exposição, e “Sonho místico”, adquirida pelo Governo do Chile em 1910.

Até 17 de junho.

GONÇALO IVO EM PARIS

A Galerie Boulakia, 10, Avenue Matignon, Paris, expõe 30 pinturas recentes do artista brasileiro Gonçalo Ivo, a grande maioria em grandes formatos. A galeria, que comemorou no ano passado 40 anos com uma notável exposição de Picasso, já exibiu Basquiat, Rauschenberg, Chagall, Dubuffet, Corneille e outros nomes importantes da cena internacional. Constam em seu acervo, dentre outros, obras de Calder, Leger, Matisse, Max Ernst e Penk.

 

Acompanhando a exposição, a Galerie Boulakia publicou um catálogo de 90 páginas com texto da historiadora e crítica Lidia Harambourg com 32 imagens em cores. Nesta exposição, Gonçalo Ivo “…dá continuidade a uma das carreiras mais solidas da arte brasileira contemporânea. Com uma obra cada vez mais interiorizada, o artista nos apresenta em suas grandes pinturas um mergulho ainda mais radical nas questões cromáticas e formais”.

 

Acaba de ser lançado o livro “Oratório”, sobre a obra de Gonçalo Ivo, pela Editora Contracapa, Rio de Janeiro, com 290 paginas. A edição é trilingue e conta entre outros textos, com um longo ensaio de um dos mais renomados criticos europeus, Marcelin Pleynet, autor de livros sobre Motherwell, Matisse, Rothko, Cézanne, etc.

 

Até 10 de maio.

INSTALAÇÃO DE JOSÉ RUFINO

03/mar

A nova programação 2012-2013, da Sala A Contemporânea, do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, começa com a instalação “Divortium Aquarum”, termo em latim que designa o espaço geográfico de separação de águas, de José Rufino, que recupera memórias ligadas ao universo dos rios e do mar. A apropriação e transmutação de memórias locais, sócio-culturais e políticas são a base da produção deste artista que participou da Bienal de São Paulo de 2002 e da Bienal do Mercosul de 1999, é graduado em Geologia, doutorado em Paleontologia. Em abril de 2010, Rufino inaugurou a exposição individual “Blots & fiagments”, no The Andy Warhol Museum, em Pittsburgh, EUA, sob curadoria de Jessica Gogan. O foco principal da instalação é a figura de resina reproduzindo a imagem do próprio artista, de jaqueta e calças pretas, sobre uma coluna antiga de madeira, com cracas, ostras e ferro oxidado. Para realizar a obra, Rufino coletará água dos rios que alimentam a Baía da Guanabara e usará velhos barcos ou canoas recolhidos durante as excursões de reconhecimento e coleta. A localização do CCBB em relação ao porto do Rio, servirá de orientação para instalar os barcos, posicionados como se rompessem a parede, vindos de uma onda externa imaginária. De 06 de março a 22 de abril.

TARSILA DO AMARAL NO RIO

13/fev

O CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “Tarsila do Amaral — Percurso Afetivo”, um retrospecto da vida e da obra da pintora Tarsila do Amaral, composta de 85 trabalhos da artista. O nome de Tarsila do Amaral faz parte da história da arte brasileira como uma vanguardista com presença marcante no Modernismo Brasileiro. Complementam a exposição objetos pessoais, diários de viagens, uma palestra-concerto e encontros com os curadores Antonio Carlos Abdalla e Tarsilinha do Amaral, sobrinha-neta da artista. No entanto, sua tela mais famosa, o “Abaporu”, pertencente ao acervo do MALBA, de Buenos Aires, desta vez não estará presente, assim como “A Negra”, da coleção do MAC, de São Paulo. Em compensação, consta “Antropofagia”, tela de igual importância como as demais citadas. A proposta da curadoria – para quem a exposição é “uma mostra de colagens de obras da artista” -, agrupou três telas de Tarsila nominando-as de “Trilogia carioca”, são elas: “Morro da favela”, “Estrada de ferro Central do Brasil” e “Carnaval em Madureira”, obras da fase conhecida como “Pau Brasil”. Tarsila do Amaral ainda será reverenciada em março com o livro “Tarsila-Os melhores anos”, pela M10 Editora, com autoria da crítica de arte Maria Alice Milliet. Até 29 de abril.