Três mostras de artes visuais estão em cartaz no Instituto Ling, Bairro Três Figueiras, Porto Alegre, RS: Feraluz, instalação de Leandro Lima que imagina os sonhos do edifício (até 13 de dezembro); Valdson Ramos, pintura que reflete sobre iconografia religiosa e Missões Jesuíticas (até 27 de dezembro); e mezo-móbile, de Guto Lacaz, com uma instalação inédita que transforma e subverte o espaço expositivo (até 27 de dezembro). Entrada franca, de segunda a sábado, das 10h30 às 20h.
AGENDA CULTURAL
Uma exposição híbrida.
- ph ana pigosso
Em um ambiente de penumbra, o visitante se encontra experimentando o universo ficcional, fantástico e sombrio de duas personagens femininas que inventam mundos e sugerem viagens tanto espaciais quanto temporais. É dentro dessa atmosfera que as artistas e cineastas Darks Miranda e Mariana Kaufman apresentam “A gruta, a ilha”, exposição de audiovisual expandido que ficará em exibição a partir do dia 20 de dezembro, na galeria de arte do Sesc Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, com curadoria da artista e professora Anna Costa e Silva. Tendo como base a produção em vídeo das duas artistas, “A gruta, a ilha” conta também com esculturas, objetos e instalações que, juntamente com as projeções audiovisuais, compõem o universo da exposição. Até 22 de fevereiro de 2026, enquanto estiver em cartaz, a exposição contará com uma agenda de conversas com alguns convidados de diferentes áreas, sempre aos sábados, no final de tarde.
“A gruta, a ilha” surge de alguns pontos de contato entre as obras das artistas. Para além de exercerem uma prática artística híbrida, em diferentes mídias, Mariana Kaufman e Darks Miranda, que acaba de ganhar o Prêmio Pipa 2025, têm trabalhado em torno das ideias de imaginação e fantasia como propulsoras da invenção de outros tempos e espaços, a partir da força criadora da arte.
Darks Miranda e Mariana Kaufman estudaram juntas no curso de cinema da UFF, em Niterói. Anos depois, se encontraram nas formações da EAV Parque Lage e na pós-graduação em Literatura e Artes Visuais, quando começaram a pesquisar artistas e pensadoras como Hito Steyerl, Tacita Dean, Wislawa Szymborska, Donna Haraway, Mary Shelley, Claire Denis e Yoko Ono e a desenvolver os trabalhos apresentados.
Diferentes gerações da arte latino-americana.
04/dez
A Galatea e a Isla Flotante têm a alegria de participar em parceria da Art Basel Miami Beach 2025. Ocupando o estande F26 no setor Galleries, o projeto é concebido como um território de diálogo entre diferentes gerações da arte latino-americana.
A apresentação articula uma série de afinidades transversais entre práticas modernas e contemporâneas que compõem os programas das duas galerias. Os legados construtivos de Lygia Clark e Abraham Palatnik reverberam nas operações materiais de Mariela Scafati, Pablo Accinelli, Valentín Demarco e Allan Weber; a sensibilidade textual e minuciosa de Mira Schendel ressoa nas investigações pictóricas e espirituais de Rosario Zorraquín; e as figurações visionárias de Chico da Silva, Heitor dos Prazeres e Jaider Esbell reinventam as noções de narrativa, comunidade e cosmologia. Reunidas, essas obras propõem uma constelação do Sul ao Sul que imagina novas formas de pensar a modernidade, o corpo, a memória e a coletividade. O estande representa o encontro de duas jovens galerias latino-americanos com programas comprometidos com a experimentação e o diálogo. Galatea e Isla Flotante propõem uma visão da arte como uma rede de múltiplas afinidades, para além de fronteiras nacionais ou geracionais.
Com Abraham Palatnik, Adriana Varejão, Allan Weber, Ana Prata, Antonio Dias, Arthur Palhano, Carolina Cordeiro, Chico da Silva, Dani Cavalier, Dalton Paula, Frans Krajcberg, Gabriel Branco, Gabriella Marinho, Heitor dos Prazeres, Ione Saldanha, Isay Weinfeld, Ivan Serpa, Jaider Esbell, Joaquim Tenreiro, José Adário dos Santos, Lygia Clark, Lygia Pape, Mariela Scafati, Mira Schendel, Mucki Botkay, Pablo Accinelli, Rosario Zorraquín, Rubem Valentim, Tifo Terapia, Tobias Dirty, Tunga e Valentín Demarco.
Mario Amura exibe uma festa de luzes.
Em clima de celebração de ano novo, a mostra encerra o calendário de exposições de 2025 no Polo ItaliaNoRio. Do dia 11 de dezembro de 2025 a 07 de fevereiro de 2026, o público poderá apreciar no Polo ItaliaNoRio 20 obras fotográficas de formato médio, além de um vídeo-documentário de 18 minutos, retratando um dos rituais coletivos mais emblemáticos e belos do Mediterrâneo: a noite de Réveillon em Nápoles. É quando o povo napolitano transforma, por algumas horas, o temor ancestral do vulcão Vesúvio em uma festa de luz feita de centenas de milhares de fogos de artifício – tradição também cultuada na cidade do Rio de Janeiro.
As obras não descrevem: evocam nuvens, criaturas e constelações que emergem da escuridão em uma explosão de formas e cores. A exposição no Rio celebra não apenas Nápoles, mas o diálogo entre duas cidades irmãs, unidas pela mesma linguagem de luz e festa. O Réveillon de Copacabana dialoga perfeitamente com essas imagens. Assim como Nápoles, o Rio reconhece o poder simbólico dos fogos: o mar, a música, a multidão, a catarse da noite que se acende, invadida por promessas. Dois povos distantes que, nesta mesma noite, se mobilizam em torno do mesmo gesto e transformam o medo em beleza, a expectativa em esperança e a escuridão em luz.
“Os napolitanos exorcizam o temor pela erupção do vulcão, fazendo explodir em luzes e cores todo o golfo de Nápoles”, afirma Mario Amura. “Todo dia 31 de dezembro, subo o Monte Faito com uma equipe de amigos para observar esse rito coletivo. Lá do alto, a cidade se transforma em um horizonte invertido, em uma paisagem cósmica onde os fogos se tornam pinceladas de pura emoção”.
Em 2025, Nápoles completa 2.500 anos e se ilumina para se mostrar ao mundo. Nas fotografias de Mario Amura, é subvertido o imaginário iconográfico do Vesúvio, símbolo eterno de Nápoles. Enquanto nas pinturas a guache e nas obras-primas de Turner, Marlow, Volaire e Warhol o vulcão é colorido pela lava que o cobre, em “Napoli Explosion”, o Vesúvio surge como uma sombra silenciosa, submersa pela explosão dos fogos nas celebrações de Ano-Novo. “Napoli Explosion” é uma exposição em que a fotografia, a pintura e a arte pirotécnica convergem em um único e extraordinário evento. É o presente de Ano Novo que Mario Amura oferece à cidade de Nápoles”, diz Sylvain Bellenger, ex-diretor do Museu e Real Bosco di Capodimonte.
Sobre o artista.
Mario Amura, nascido em Nápoles, em 1973, sua formação começou no Centro Sperimentale di Cinematografia, onde frequentou as aulas do mestre Giuseppe Rotunno. De 2000 a 2012, foi responsável pela direção de fotografia de várias obras cinematográficas apresentadas nos mais prestigiados festivais internacionais – Cannes, Berlim e Veneza. Em 2003, recebeu o Prêmio David di Donatello da Academia Italiana de Cinema pelo curta-metragem Racconto di Guerra, ambientado na Sarajevo sitiada de 1996. Desde 2005, trabalha no projeto StopEmotion, com o qual inicia uma pesquisa fotográfica voltada para a fragmentação da linearidade do tempo cronológico em picos emocionais. O tempo, assim, se purifica, deixa de ser uma medida e se torna um objeto concreto cuja essência é a visibilidade das emoções. Com a técnica do StopEmotion, reuniu material fotográfico na Bósnia, Índia, China rural, Camboja, Sri Lanka, América Latina, Inglaterra e França. Seus projetos de fotojornalismo são marcados pela necessidade de amadurecimento ao longo de extensos períodos de tempo, permitindo que a experiência se deposite em cada imagem. Desde 2007, trabalha no projeto Fujenti, que se encontra em andamento. Napoli Explosion é um projeto iniciado em 2010 e ainda em evolução.
A pesquisa visual de Oskar Metsavaht.
A Galeria Filomena recebe a exposição “Neotropical – fragmentos de memória”, de Oskar Metsavaht, com curadoria de Marc Pottier, apresentando um conjunto de pinturas e fotografias que revisitam as paisagens e atmosferas de Ipanema. A mostra nasce do diálogo contínuo entre a produção do artista e o espaço, que reúne obras desenvolvidas especialmente para seus ambientes.
Em “Neotropical”, Oskar Metsavaht retorna a registros em 16mm e a imagens de seu próprio arquivo, reorganizando memórias que atravessaram décadas. Ao ampliar esses fragmentos para além do registro inicial, ele explora texturas, luzes e movimentos que revelam uma Ipanema simultaneamente real e subjetiva – um território onde natureza e vida urbana se combinam em permanente transformação.
As pinturas evocam a estética dos filmes antigos, com preto e branco pontuado por intervenções sutis de cor. Nas fotografias, gestos, ritmos e detalhes do cotidiano ganham novas camadas quando revisitados à distância do tempo. A série, que já passou por instituições no Brasil e no exterior, retorna agora em nova configuração, articulando diferentes momentos da pesquisa visual do artista.
Ao ocupar a Galeria Filomena, “Neotropical – fragmentos de memória” propõe um percurso que convida o visitante a atravessar memórias, atmosferas e temporalidades reinterpretadas por Oskar Metsavaht – um olhar que transforma lembranças em paisagem e paisagem em reflexão sensível.
Até 03 de março de 2026.
Maxwell Alexandre Miami Beach Convention Center.
02/dez
Durante a Art Basel Miami Beach, Maxwell Alexandre apresenta um projeto solo no Kabinett. Club: Looking Up From Inside reúne retratos, paisagens e pinturas panorâmicas inéditas de sua série mais recente.
Clube, centrada na coreografia social que estrutura o Clube de Regatas do Flamengo, teve destaque ao longo deste ano em individuais do artista na Delfina Foundation, em Londres, e no Pavilhão Maxwell Alexandre 5, no Rio de Janeiro.
Desenvolvidas desde 2020, a série inverte regimes consolidados pela história da arte ocidental e parte do lugar de acesso conquistado por Maxwell para abordar seus frequentadores, sua paisagem e seus códigos visuais. “Clube se tornou algo literal e metafórico ao mesmo tempo. São todos esses espaços aos quais agora tenho acesso, espaços marcados pela branquitude. Ao pintar figuras brancas, compartilho esse desconforto com o público, porque eles também se perguntam: “Porque ele está pintando isso?” assim como fiz com a favela, agora coloco um espelho diante dos espaços que habito” comenta Maxwell em entrevista à curadora Erin Li.
Sara Ramo representada pela Almeida & Dale.
01/dez
É com alegria que a Almeida & Dale anuncia a representação de Sara Ramo (Madri, 1975). Com 25 anos de trajetória marcados por ampla circulação internacional, a artista desenvolve um trabalho focado na criação de um campo simbólico mediado pelo contexto e pelo saber intuitivo. Polimórficos, seus trabalhos abordam a convivência de elementos em suposta oposição, incorporando o contraditório e a diversidade como parte da experiência vital.
O fora do lugar, o desconexo e o estranho pairam sobre as imagens que cria, por meio do acúmulo e colagem de elementos que permeiam a vida material, muitas vezes a partir de seus detritos e rastros. Ao esmiuçar cantos e porões dos espaços que transita, Sara Ramo expressa em seu trabalho as estruturas invisibilizadas que sustentam o mundo, as agrupações possíveis e as maneiras em que a atividade criadora pode se manifestar.
Sara Ramo apresentou individuais em diversas instituições, entre elas: Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães, Portugal; Palácio das Artes, Belo Horizonte; Centro de Arte Dos de Mayo, Madri, Espanha; Museu de Arte de Zapopan, México; e Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madri, Espanha. Participou também da 29ª e 33ª Bienais de São Paulo; 11ª Bienal de Sharjah; e 53ª Bienal de Veneza. Suas obras estão presentes em coleções como: Coleção Patrícia Phelps de Cisneros, EUA; Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM Rio, Brasil; Fonds régional d’art contemporain – FRAC, França; Instituto Inhotim, Brasil; Pérez Art Museum – PAMM, EUA; e Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil.
Cecília Maraújos apresenta Autoficções.
Em Autoficções, Cecília Maraújos apresenta um conjunto de pinturas que atravessam corpo, memória e maternidade, articulando autorretratos, referências fotográficas e experiências do cotidiano como matéria de investigação pictórica. A exposição abre no dia 05 de dezembro no Ateliê 31, Cinelândia, Rio de Janeiro, RJ, com curadoria de Martha Werneck. Na mostra, Cecília reúne um conjunto de cerca de 25 pinturas, em diversos formatos, que atravessam corpo, memória e cotidiano como campos de elaboração pictórica, articulando experiências autobiográficas e investigações sobre a representação do feminino na cultura.
Cecília apresenta um conjunto de pinturas desenvolvidas a partir de referências fotográficas, estudos e montagens digitais que acompanham seu processo. “Em suas telas, a pintura é também gesto de resistência, forma de pensar o mundo desde o íntimo. Assim, a artista nos convida a permanecer na penumbra: onde a vida cotidiana se acende em fogo lento e silencioso, transformando o que seria doméstico em potência poética e política”, conclui a curadora. A mostra marca a conclusão de sua formação em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ.
Sobre a artista.
Cecília Maraújos (1999, Fortaleza, CE. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ) cursa graduação de Pintura na Escola de Belas Artes da UFRJ desde o período de 2021.1. Estuda artes de maneira autodidata desde a infância e hoje enfatiza em seu trabalho a prática da pintura e do desenho, intercruzando sua plasticidade com fotografia, escultura, escrita, performance e colagem. Participa do grupo de pesquisa “A representação do corpo feminino como poética na pintura contemporânea”, coordenado pela Profa. Dra. Martha Werneck, onde paraleliza seu processo criativo com o reconhecimento e referenciamento do trabalho de demais artistas mulheres, muitas vezes invisibilizadas pela história da arte. Participa, ainda, como bolsista do projeto de extensão “Mães na Universidade: Acesso, Permanência e Progressão”, coordenado pela pesquisadora Karín Menéndez-Delmestre, agregando à sua pesquisa a temática da maternidade e suas subjetivações.
Autoficções fica em cartaz até o dia 08 de janeiro de 2026.
Espanha Afro 2025.
Atividades em parceria com o Instituto Cervantes RJ, com a Embaixada da Espanha e com a FLUP celebram o Novembro Negro brasileiro. Desde 2023, o Instituto Cervantes do Rio de Janeiro, Botafogo, celebra, anualmente, o Dia da Consciência Negra no Brasil através do programa multidisciplinar “Espanha Afro”, já em sua terceira edição.
Em parceria com a Embaixada da Espanha e com a FLUP, estarão no Brasil a jornalista, escritora e curadora espanhola Lucía Mbomío e o fotógrafo reunionense Laurent Leger-Adame. Eles participaram de duas mesas-redondas no Viaduto de Madureira, quando conversaram sobre fotografia, imigração, memória, direitos, entre outros temas também abordados no último livro de Mbomío, Tierra de la luz.
Já em 02 de dezembro, terça-feira, às 19h, o Instituto Cervantes inaugura “Afromayores”, mostra fotográfica assinada por Leger-Adame, que retratou protagonistas desses legados, sob curadoria de Mbomío. Tanto o reunionense Laurent Leger-Adame como a alcorconeira (Alcorcón-Madri) Lucía Mbomío há anos entrevistam pessoas negras com o objetivo de balancear a narrativa mediática generalista espanhola na qual, ou não aparecem ou somente são vistos de determinada forma. Entre os retratados em destaque estão o pai da curadora, Jose, e também Batata, único carioca, residente em Madri, “afromayor/idoso” da mostra, que entrou especialmente nessa edição no Rio de Janeiro.
Como incentivo, faltava apenas determinar como e quando – infelizmente precipitado após o diagnóstico de demência com corpos de Lewy do pai de Lucía. Em um processo de perda de lembranças inexorável, era o momento de fazer memória antes de que a dele se apagasse completamente. Foi dessa forma como, durante um bom tempo com o cinegrafista José Oyono, sem nenhum tipo de apoio econômico, começaram a fazer as gravações, os retratos e a encapsular suas vidas com o objetivo de eternizá-los. Perceberam imediatamente como se infiltram nelas o colonialismo, questões administrativas, xenofobia, racismo, amor, renúncias, sonhos desfeitos e realizados, família, pertencimento e muita nostalgia do tipo que não cessa, mesmo que estivessem na Espanha há décadas. Seu lema é “Existimos Porque Existiram”.
Até 10 de janeiro de 2026.
O palimpsesto de Renato Bezerra de Mello.
27/nov
A partir de memórias, sentimentos e materiais revisitados, o artista inaugura a partir de 09 de dezembro nova exposição com obras inéditas no Paço Imperial, Centro Histórico, Rio de Janeiro, RJ, Tudo o que é frágil brilha sem medo do esplendor. Milhares de cacos de taças e copos de cristal, colecionados pelo artista ao longo de duas décadas e quebrados por ele na instalação que criou para sua primeira coletiva no Rio de Janeiro – Memórias Heterogêneas -, no Castelinho do Flamengo, em 2004 -, constituem o fio condutor da nova exposição, que contém uma série de sete trabalhos realizados a partir do vidro: Vidro como vídeo; Vidro como bordado; Vidro como desenho; Vidro amalgamado; Vidro como fotografia; Vidro como pó; Vidro como instalação sonora.
A exposição.
Um tablado central, paralelo ao chão, ocupa quase todo o espaço da Galeria Terreirinho, no térreo do Paço Imperial. Num jogo harmonioso de cores e formas, desenhos em cacos de vidro, construções lúdico-espaciais e círculos de vidro amalgamados por fusão em alta temperatura misturam-se a objetos/esculturas e composições com várias gramaturas de pó de vidro, como um grande e instigante quebra-cabeças.
Sobre o artista.
Nascido no Recife, Renato Bezerra de Mello migrou, inicialmente, para o Rio de Janeiro – e, mais tarde, da arquitetura para as artes visuais, quando iniciou, em 2000, sua atuação como trabalhador de arte (expressão cunhada por Cildo Meireles), depois de 16 anos dedicados ao restauro de bens tombados pelo Patrimônio Histórico. Essa virada aconteceu quando participou de um programa de intercâmbio entre a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e a École Nationale Supérieure des Beaux Arts, em Paris. Sua formação passou por artistas como João Magalhães (nos anos 1990, no Parque Lage), além de Annette Messager e Christian Boltanski (nos anos 2000, na ENSBA), em Paris. Dentre as suas mostras mais recentes, vale destacar Delírio tropical, Pinacoteca do Ceará, 2024-25; Que o nosso nome não caia no esquecimento, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, 2021-22; Entre céu e água, Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2016; e De onde os rios se encontram para inventar o mar, Carpe Diem, Lisboa, 2014. Muitas de suas obras figuram em importantes coleções de museus como MAR/RJ, FUNDAJ/PE, CNAP/França e MOOLA/EUA – e também em outras coleções institucionais e particulares no Brasil, na França e na Inglaterra.
Sobre a curadora.
Paula Terra-Neale é historiadora da arte (PhD em História e Teoria da Arte, Essex University), pesquisadora e curadora independente. Em 30 anos de curadoria, trabalhou com projetos culturais e mostras em relevantes instituições culturais internacionais, entre as quais o British Council, The National Trust Waddesdon Manor, The Modern Art Oxford, ESCALA (Coleção de Arte Latino-Americana da Universidade de Essex), Fistsite, Paço Imperial e Casa França-Brasil. Foi também professora e pesquisadora nos departamentos de História da Arte da EBA – UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Vive e trabalha na Inglaterra.
Até 1º de março de 2026.






























