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AGENDA CULTURAL

Wilma Martins em livro

Sábado, 23 de maio, às 15h, no Salão Nobre da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, a artista plástica Wilma Martins, – mineira, radicada no Rio de Janeiro -, lança os livros “Cotidiano (Caderno do desenho)”  e “Caderno de Viagem”, vencedores da segunda edição do Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais.  As publicações são parte das comemorações dos 80 anos de vida e 60 anos de sua carreira artística. Os livros serão distribuídos ao público. No dia do lançamento, haverá mesa-redonda com os críticos Frederico Morais (organizador das publicações), as psicanalistas e pesquisadoras de artes visuais Tania Rivera e Flávia Corpas, e a artista.

 

Os dois livros, de caráter fac-similar, reproduzem os cadernos de desenho que Wilma Martins manteve ao longo do tempo. Em suas gravuras, desenhos e pinturas, o universo feminino é personagem principal, por sua pesquisa de imagens do cotidiano e do interior da casa. O projeto pretende destacar a importância do desenho em seis décadas de produção plástica de Wilma Martins, e a relação desta com outras técnicas usadas pela artista, como a pintura, aquarela e a xilogravura.

 

“Cotidiano”, 144 páginas, reúne quase 70 registros de grande parte de sua produção em desenho e pintura, com um texto de apresentação do organizador e uma síntese curricular. Já “Caderno de Viagem”, 140 páginas, reúne mais de 50 desenhos de viagens pelo Brasil, pelos Estados Unidos, Europa e América Latina, acompanhados de trechos de textos de autores, como Julio Cortázar, Sylvio de Vasconcellos, François Cali, Jorge Luiz Borges e Ítalo Calvino, e uma síntese curricular. A tiragem de 1.000 exemplares – 500 de cada livro – será distribuída para centros de pesquisa, fundações, museus, bibliotecas públicas, bibliotecas de universidades com cursos de graduação e/ou pós-graduação na área de Artes Visuais, assim como artistas, críticos, curadores e pesquisadores.

 

Essas publicações e mais um livro de capa dura, abrangendo todas as técnicas da artista, com lançamento no final deste ano, são resultado da mostra “Wilma Martins: Uma Retrospectiva”, realizada no Rio de Janeiro, no Paço Imperial, de novembro de 2013 a fevereiro de 2014, onde foi eleita pelo jornal O Globo uma das dez melhores exposições de 2013 e em Belo Horizonte, na Galeria do Minas Tênis Clube, de março a junho de 2014. Com curadoria de Frederico Morais, a mostra reuniu cerca de 140 obras, de coleções particulares, como a de Gilberto Chateaubriand, e acervos públicos como do MAM Rio, entre gravuras, desenhos, pinturas, aquarelas e  ilustrações para jornais e livros infantis, de 1955 a 2008.

 

Sobre a retrospectiva, Ferreira Gullar escreveu: “(…) essa gravadora, que explorava um universo noturno e delirante, tornou-se depois a desenhista diurna, de desenho limpo e lúcido, que parece constituir o ápice de sua aventura estética. Essa fase de Wilma está entre as melhores coisas que a arte brasileira produziu nestas últimas décadas (…)”, Folha de S. Paulo, 5 de janeiro de 2014. Amigo de Wilma Martins, o escritor Silviano Santiago avaliou o desenho da artista como uma das produções mais destacadas do país, mas também uma das mais desconhecidas. “É um paradoxo”, disse Santiago.

 

 

Sobre a artista

 

Wilma Martins nasceu em Belo Horizonte, 1934, onde frequentou o Instituto de Belas Artes entre 1956 e 1959, tendo como professor Alberto da Veiga Guignard. Além da pintura, do desenho, da gravura e da ilustração, ela exerceu atividades como diagramadora no jornal Estado de Minas e nas revistas Alterosa, de Belo Horizonte, e Jóia, do Rio de Janeiro, e desenhou figurinos para o Balé Klaus Vianna e para o Teatro Universitário (ambos em Belo Horizonte). A artista fez individuais em Belo Horizonte, Ouro Preto, Salvador, Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Curitiba e Buenos Aires. Ela participou das bienais internacionais de São Paulo (1967), Ljubljana/Iugoslávia (1967), Veneza (1978), Genebra e Berlim (1969), entre outras. Seu trabalho esteve na Bienal da Bahia de 1966 e 1968, no Salão Nacional de Arte Moderna de 1961, 1968 e 1975, e no Panorama de Arte Atual Brasileira, do MAM SP (1969 e 1974).

 

Wilma Martins recebeu o Prêmio Itamaraty, na Bienal de São Paulo de 1967, o Prêmio de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Arte Moderna, em 1975, e o Prêmio Principal do Panorama de Arte Atual Brasileira em 1976, no MAM SP, e outros como ilustradora de livros infantis.

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