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AGENDA CULTURAL

Alair Gomes: o erotismo no belo.

Exposição no Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, pela primeira vez, parte de acervo de fotos arquivado por mais de 25 anos, sob curadoria de Luiz Pizarro. Fruto do recorte de uma das séries da coleção reunida por Klaus Werner, jornalista alemão e grande amigo do artista, a exposição “Alair Gomes: o erotismo no belo” será inaugurada no dia 14 de junho.

Ao longo de anos, Klaus Werner comprou fotografias de diferentes séries de Alair Gomes, além de outras tantas adquiridas através de permuta por materiais que ele trazia da Alemanha, tais como papel fotográfico, filmes, entre outros itens. Agora, parte deste acervo de fotos sai da gaveta para ser exibido ao público, que terá acesso a um material inédito, com cerca de 60 registros em preto e branco.

Considerado até então, inédito e único no Brasil, seu trabalho conquistou reconhecimento internacional e nacional em 2001. Além disso, um conjunto de suas fotografias foi selecionado para a Bienal de São Paulo em 2012, e algumas obras fazem parte do acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), do MAM/Rio e do Instituto Cultural Gilberto Chateaubriand. Sua obra foi tema do filme-documentário “A morte de Narciso” (2003), de Luiz Carlos Lacerda, que será exibido em uma das salas da exposição. A expografia e design são assinados pela Dupla Design.

“A série erótica aqui apresentada – toda ela originalmente manipulada, revelada e ampliada pelo próprio Alair, no laboratório em seu apartamento, que também servia como estúdio para fotografar os modelos – faz parte de um trabalho inovador e provocativo do artista, considerando, em especial, o período em que foram criadas: as décadas de 1970 e 1980. Ao capturar a beleza e a vulnerabilidade do corpo masculino, ele explorava a sensualidade, a intimidade e a relação do homem com seu próprio corpo, numa época em que a nudez masculina era bastante censurada, principalmente quando remetia à ideia de homossexualidade. Vale destacar também a importância da realização desta exposição em um espaço público (o museu do Paço Imperial, que celebra seus 40 anos), confrontando a beleza e o rigor estético da obra de Alair Gomes com o contexto sociocultural retrógrado e muitas vezes reacionário que temos vivenciado nos últimos anos”.

Luiz Pizarro

Sobre o artista.

Alair de Oliveira Gomes (1921-1992) nasceu em Valença, município do Rio de Janeiro. Formou-se em Engenharia civil e Eletrônica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A partir de 1965 passou a se dedicar à fotografia, produzindo ao longo de 26 anos mais de 170 mil negativos. Alair Gomes também foi criador e coordenador do setor de Fotografia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, nos anos 1970. Entre 1976 e 1984, participou de mostras coletivas em Nova York, Paris, Rio de Janeiro e Toronto. Seu trabalho conquistou reconhecimento internacional e nacional em 2001, em uma grande mostra retrospectiva na Fundação Cartier de Arte Contemporânea em Paris, com imagens que integram o acervo da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro.

Em cartaz até 10 de agosto.

Endereço: Praça XV de Novembro, 48 – Centro – RJ

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