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AGENDA CULTURAL

Alberto Pitta na Nara Roesler.

Uma das figuras centrais no Carnaval de Salvador, onde atua há mais de 45 anos, o artista Alberto Pitta tem recebido, no Brasil e no exterior, um crescente reconhecimento de sua produção, e participará da 36ª Bienal de São Paulo, a convite de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, que em 2023 já havia incluído obras suas na coletiva “O Quilombismo”, na Haus der Kulturen der Welt, em Berlim. Este ano, Alberto Pitta participou da exposição “Joie Collective – Apprendre a flamboyer”, no Palais de Tokyo, em Paris, entre outras. Na Nara Roesler São Paulo, Alberto Pitta irá mostrar, a partir de 02 de setembro, 24 trabalhos inéditos e recentes, em pintura e serigrafia sobre tela, além de desenhos sobre papel que mostram seu processo criativo, e ainda um carrinho de madeira, alusivo aos usados por vendedores de cafezinho em Salvador. A curadoria é de Galciani Neves.

Na abertura da exposição “Àkùko, Eiyéle e Ekodidé – Uma revoada de Alberto Pitta”, será lançado o livro “Alberto Pitta” (Nara Roesler Books, 2025), com 152 páginas, formato de 17,5 x 24,5 cm, capa dura com serigrafia, bilíngue (português/inglês) e texto de Galciani Neves – curadora da mostra – além de uma entrevista dada pelo artista a Jareh Das, curadora que vive entre a África Ocidental e o Reino Unido. A introdução é de Vik Muniz, amigo do artista desde que ambos participaram da exposição “A Quietude da Terra: vida cotidiana, arte contemporânea e projeto axé”, com curadoria de France Morin, no Museu de Arte Moderna da Bahia, em 2000.

A curadora destaca que na exposição três pássaros “aparecem com protagonismo nas telas de Pitta: Àkùko, Eiyéle e Ekodidé se espalham a partir de uma organização cromática do espaço da galeria Nara Roesler”. “Eles habitam a primeira série de trabalhos, na qual predominam composições em preto, branco, vermelho e amarelo, como se dessem boas-vindas ao público; em seguida explodem em cores vibrantes e composições multicoloridas, para encantar; e, por fim,acontecem na calmaria de telas brancas – onde distintos matizes de branco compõem o trabalho”.

Vik Muniz, na introdução do livro, afirma que “nos panos dos abadás, uniformes dos blocos afro e blocos de índios sua linguagem se moldou, impregnada de referências ancestrais e desafiada pela multitude de propostas temáticas resultante da autonomia criativa dos carnavalescos. Pitta é protagonista e produto desse encantamento pleno de tradição, mas não vazio de liberdade”.

Na Nara Roesler São Paulo, Alberto Pitta vai mostrar um carrinho de cafezinho, feito em madeira, na forma de um caminhão de brinquedo, em alusão aos “carrinhos de cafezinho”, muito comuns em Salvador, usados pelos vendedores ambulantes para vender café, normalmente já adoçado com açúcar, colocado em garrafas térmicas e servido em copos de plástico. Para a exposição “A Quietude da Terra: vida cotidiana, arte contemporânea e projeto axé”, em 2000, no Museu de Arte Moderna da Bahia, com curadoria de France Morin, Alberto Pitta desenvolveu um projeto inspirado no seu envolvimento duradouro com esses carrinhos de cafezinho, desde os treze anos de idade, quando criou seu primeiro carrinho de cafezinho.

Até 26 de outubro.

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