Olá, visitante

AGENDA CULTURAL

Amador Perez: 40 anos

Em exibição no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, “Memorabilia – Amador Perez – 40 anos” apresenta 115 obras realizadas entre 1976 e 2014, onde “…o artista reflete sobre a materialidade e singularidade da obra de arte e sua reprodução relacionadas à imaterialidade e multiplicidade da imagem”. Utilizando técnicas manuais e digitais em uma fusão de linguagens, Amador Perez estabelece um jogo interativo entre a sua memória pessoal e a fantasia do espectador. A exposição é composta por três núcleos, “Memorabilia”, “Gioventù” e “Nijinski”, apresentados respectivamente por Roberto Conduru, Rafael Cardoso e Washington Lessa.

Textos de Roberto Conduru, Rafael Cardoso e Washington Lessa

 

 

Memorabilia

 

Uns e eu por Roberto Conduru, condensado do texto para o catálogo da exposição

 

Para Amador Perez, as obras de arte são mundos por explorar. (…) Em Memorabilia, desenhos são relidos por meio de processamento eletrônico e impressão de pigmento mineral a jato sobre tela, um dos suportes arquetípicos da Pintura, embaralhando meios, técnicas, tempos, modos de pensar e agir. (…) é um mergulho na história de sua obra, em sua história, em si. Assim como nos diminutos objetos dentro das pequenas caixas, na epiderme quase imaterial das reimpressões dos desenhos encontram-se elementos que emergem da profundeza das imagens, da interioridade das coisas, e projeções do artista, fundindo seus ] com os de iconografia e objetos artísticos e mundanos, pessoais, alheios e coletivos. Essas obras recentes reiteram que não lhe interessa tanto a representação do mundo, mas, sobretudo, o (seu) mundo da representação.

 

 

Gioventù

 

O ostensivo e o invisível por Rafael Cardoso, condensado do texto para o catálogo da exposição

 

«Enxergar um mundo num grão de areia» é o que preconizou William Blake na primeira linha de seu célebre poema «Auguries of Innocence». Descobrir incontáveis imagens numa única é o que nos propõe, mais modestamente, Amador Perez em Gioventù. Produzida entre 1996 e 1998, a obra é composta por uma série de 63 desenhos a grafite, dividida em três conjuntos de 21 desenhos cada. (…) Pode soar estranha essa sugestão de variação temática, sendo que todos os desenhos remetem ostensivamente ao quadro Gioventù, pintado por Eliseu Visconti em 1898. (…) A palavra-chave é ostensível — de modo aparente, próprio para ser visto. Em cada um dos desenhos que compõem a obra, Amador nos dá a ver algo que estava latente na imagem primordial, mas talvez oculto ou até mesmo invisível.

 

 

Nijinski: SOU

 

Nijinski: variações por Washington Lessa, condensado do texto para o catálogo da exposição

 

Vaslav Nijinski: SOU e Nijinski: imagens (…) estabelecem um diálogo com dois trabalhos anteriores do artista, respectivamente Vaslav Nijinski, de 1976, e Nijinski: imagens, de 1982. (…) Agora, de novo se manifesta a configuração Nijinski, como se já estivesse à espera de uma revisita na maturidade. E os livros atualizam movimentos vitais da poética do artista, envolvendo a transmutação de imagens, o significado construído por justaposição, as variações, a série. (…) Diferentemente da maioria das séries do artista, que se desenvolvem em torno a uma ou algumas imagens, os livros e as duas séries anteriores sobre Nijinski trabalham um personagem, que em suas ressonâncias semânticas associa-se à força disruptiva e instauradora da arte.

 

 

 

Até 07 de dezembro.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

Sua mensagem foi enviada com sucesso!