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AGENDA CULTURAL

Brasileira na Bienal de Caligrafia de Duba

A artista Zana Azeredo terá telas apresentadas nos Emirados Árabes Unidos, cujo díptico com caligrafia árabe será exibido até o final de outubro no Prédio 6 do Distrito de Design de Dubai. Moradora do país, Zana Azeredo foi selecionada em edital da Autoridade de Artes e Cultura de Dubai.

Ela integra a exposição com um díptico – dois quadros interligados – que traz trechos da música brasileira “O descobridor dos sete mares”, de autoria de Michel Gilson Mendonça e Tim Maia, escritos em caligrafia árabe ao estilo grafite, além de imagens inspiradas na letra da canção. A obra feita em acrílico sobre tela impressa mostra imagens de peixes dourados em fundo azul e ocre. As cores representam o mar e as praias que a letra menciona.

Caligrafia ao estilo grafite, música e poesia

O díptico faz parte da coleção Fusion, de Zana. As telas, assim como a que estará na bienal, trazem caligrafia árabe e são inspiradas em músicas brasileiras de cantores como Tiago Iorc, Ivete Sangalo, Adriana Calcanhoto, Caetano Veloso e Geraldo Azevedo. O trabalho é feito em acrílico e óleo e se propõe a transcender a essência da poesia para uma manifestação visual, captando o significado, o ritmo e a profundidade das palavras e as transpondo para a pintura. A artista descreve a coleção Fusion como uma celebração de culturas. A combinação de música, poesia e pintura, com letras de canções brasileiras retratadas em caligrafia árabe, tem como pretensão criar uma mistura entre os mundos latino e árabe. Zana Azeredo afirma que escolheu músicas tão ecléticas quanto o mundo atual e que o critério de seleção dessas canções foi que a poesia das suas letras “tocasse as almas”.

Sobre a artista

Zana Azeredo mora nos Emirados há 14 anos. Ela começou a criar aos dez anos de idade, e, com um pouco mais de 20 anos, estava produzindo pintura a óleo. Quando morava em Londres e estudava o idioma árabe, se apaixonou pela caligrafia. Primeiro se aventurou pela criação em caligrafia com tinta nanquim e pena de bambu em um estilo mais tradicional. Treinou com artistas do Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Egito. Com uma carreira também de poetisa e romancista, foi natural trazer as letras e a escrita para seu trabalho de artista plástica, fundindo assim poesia, pintura e caligrafia. Zana Azeredo se diz apaixonada pelas palavras, significados e pelo lirismo da linguagem. No ano passado, a brasileira foi uma das selecionadas para fazer parte de um programa de desenvolvimento de escritores emergentes que vivem nos Emirados Árabes Unidos e região.

Sobre a Bienal

A Dubai Culture & Arts Authority (Dubai Culture) apresenta a edição inaugural da Dubai Calligraphy Biennale (DCB). Com lançamento previsto para outubro de 2023 e com a participação de criativos e calígrafos de todo o mundo, visa promover diálogos culturais criativos, manter a arte caligráfica na vanguarda da produção do mundo árabe e fornecer uma plataforma para o melhor da disciplina. Com base na nova estratégia da bienal, a Autoridade lançará atividades e exposições em toda a cidade em vários locais culturais, bibliotecas, galerias de arte e outros locais de parceiros e partes interessadas para permitir o acesso a diferentes comunidades e públicos. Para elevar a paisagem da caligrafia em Dubai, a bienal apresentará a arte de uma variedade de línguas e culturas. O evento será composto por exposições de arte e design, complementadas com ativações dinâmicas, incluindo instalações de arte pública. A programação também incluirá workshops, palestras, masterclasses e painéis de discussões, incentivando um ambiente vibrante e educativo.

Fonte: Isaura Daniel/Anba.

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