A dramaticidade de Iberê

09/mai

A retrospectiva de Iberê Camargo, “Um trágico nos trópicos”, atualmente em cartaz no CCBB, Centro, São Paulo, SP, é a primeira exposição nacional em comemoração ao centenário do celebrado artista. O total de quase 150 obras da mostra foram produzidas entre a década de 1940 e sua morte em 1994. A curadoria é de Luiz Camillo Osório. A dramaticidade da pintura de Iberê encontra-se bastante evidenciada no conjunto de obras selecionadas pela curadoria. As tonalidades sombrias, o diálogo com a morte, encontram guarida numa uma obra de denúncia e muita solidão onde a tonalidade roxa predomina em suas trágicas figuras. Os carretéis ganham especial destaque pois são os signos que trouxeram a memória do artista pedaços de sua infância na cidade de Restinga Seca, no Rio Grande do Sul, sua terra de nascimento. O pintor sobrepunha camadas e mais camadas de tinta sobre a tela conseguindo através de sua gestualidade e no emprego de tons cinzas, marrons, e negros, um vigor absoluto mesmo quando se encontrava em plena maturidade já na casa dos 80 anos. Ainda na exposição uma seleta de gravuras e esboços, registros de seu isolamento criativo.

 

 

Até 07 de julho.

Raquel Arnaud promove debate

06/mai

 

Por ocasião do término da exposição “Trajetória”, paralela à mostra em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, “Afinidades”, em comemoração aos 40 anos de atividade da marchande Raquel Arnaud, será realizado um debate, dia 8 de maio, às 19h, na galeria, Rua Fidalga, 125, Vila Madalena, São Paulo, SP. Com a proposta de questionar a relação entre galerias, instituições, colecionadores e artistas, participam do evento Andrea Pereira, Ivo Mesquita, José Resende, Marcelo Araujo, Raquel Arnaud, Tadeu Chiarelli, Wagner Lungov e intermediação de Eduardo Saron.

 

Como se pensar no apoio das galerias para montagem e ampliação dos acervos dos museus? Como se coloca o artista nessa intermediação, ou como a galeria pode avançar os contatos com as coleções públicas ou particulares? Como desenvolver ações para incentivar e viabilizar a compra de obras de arte para doação a museus ou instituições? Estes serão os temas abordados, além de uma análise de como atuam instituições e museus estrangeiros em relação a esses trâmites e como seria possível adaptar eventuais procedimentos à lei vigente no País.

 

Centenário de Vasco Prado

29/abr

O Guion Arte, exibe em seu hall de entrada dos cinemas do Centro Comercial Nova Olaria, Cidade Baixa, Porto Alegre, RS, a exposição “Vasco Prado, O Centenário de Um Farol Das Artes”. Abril é o mês do centenário de Vasco Prado. A mostra reúne desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, entre outras técnicas desenvolvidas pelo grande mestre da arte nacional. Uma parte da mostra provém de acervos de colecionadores.

 

Nome histórico da arte moderna brasileira, o escultor tornou-se ao longo de sua carreira um mestre cultuado por diversas gerações de escultores no Rio Grande do Sul. Na juventude dividiu atelier com Iberê Camargo e nos anos 1950 criou ao lado de Carlos Scliar, Glauco Rodrigues, Danúbio Gonçalves, Glênio Bianchetti e outros artistas da mesma geração o hoje histórico Clube da Gravura, experiência baseada nos atelier de xilogravura mexicanos que tratava das edições populares dessa técnica.

 

Foi dado um destaque especial para diversas peças como as realizadas em terracota, técnica em cerâmica com a qual Vasco Prado ficou reconhecido por desenvolver uma linguagem própria. A curadoria é de Carlos Schmidt, também editor de esmerado catálogo que acompanha a exposição. No conjunto, esculturas como “Os Amantes”, além de terracotas em únicas edições, bronzes iconográficos e uma escultura em pedra, material com o qual Vasco Prado trabalhou muito pouco, ganham especial atenção. Da mesma forma a reedição em bronze da escultura “Gaúcho”, obra dos anos 1940.

 

 

Até 26 de junho.

Cores & Formas com Ranulpho

07/abr

O conceituado marchand Carlos Ranulpho, através de sua Ranulpho Galeria de Arte, Bairro do Recife, Recife, PE, apresenta a exposição “Cores&Formas” com a participação de obras assinadas por Carlos Scliar, Claudio Tozzi, Juarez Machado, Lula Cardoso Ayres, Fédora e Vicente do Rego Monteiro, Virgolino, Reynaldo Fonseca, Siron Franco, Mário Nunes Alcides Santos e a participação especial de obras (e texto) do pintor Carlos Araujo que afirma:

 

Que belas recordações as visitas que fazia em minha adolescência na Galeria Ranulpho em São Paulo! Pacientemente ele atendia àquele curioso rapaz e revelava as belezas das pinturas de grandes artistas que, devido a seu trabalho, a cidade tinha a honra de acolher. Maravilhosas surpresas do espírito que o tempo se encarrega de explicitar. Agora tenho a oportunidade de me apresentar no Recife, através da mesma galeria da qual recebi tanto carinho e orientação. Dos treze aos trinta anos, me dediquei à pintura que descrevia um mundo das consequências da ausência da solidariedade e amor ao próximo nas atitudes humanas. Este trabalho resultou em monografia editada por Claude Draeger, em Paris, apresentada por Pietro Maria Bardi e Pierre Restany. A partir dos trinta adentrei, pela Misericórdia Divina, ao mundo das causas que provocavam tanta desigualdade, e esta época marcou minha conversão, também pela Misericórdia; a partir de então comecei a pintar a Mensagem Bíblica. Após 25 anos este caminho resultou na edição de “Bíblia Citações” em 2007, com 1200 pinturas que tentam ilustrar cerca de 1750 versículos da Bíblia Sagrada e gostaria de deixar, através delas um depoimento que veio através de mim como instrumento, de uma Força imensamente maior, adimensional.

 

 

Até 17 de abril.

Flávio de Carvalho na OCA

18/mar

O lado polêmico de Flávio de Carvalho (1899-1973) é bem conhecido – ficou famosa a fotografia do artista andando pelo centro de saia e blusa bufante, com expressões de espanto à sua volta. Mas a exposição em cartaz na Oca, Parque do Ibirapuera / portão 3, Parque Ibirapuera, São Paulo, SP, a nova sede do Museu da Cidade, quer ampliar o olhar do visitante. Organizada a partir de buscas em acervos paulistanos, a montagem exige um pouco de paciência para ler os textos exibidos. Ainda assim, vale a pena. Em um dos artigos escritos para a revista Vanitas, na década de 30, Carvalho ironizava os atores de Hollywood e afirmava que um dia eles seriam mais idolatrados que figuras religiosas – nada mais atual. Dos camarins do Teatro Municipal vieram figurinos criados pelo artista para o balé “A Cangaceira”, encenado em 1954, no qual os bailarinos ficavam rodopiando o tempo todo. No centro da mostra está a reprodução sonora da Experiência nº 2, episódio em que Carvalho, de chapéu, caminhou na direção oposta a uma procissão. Ele causou tanta ira que foi obrigado a se refugiar em uma delegacia para não ser linchado. Há ainda projetos arquitetônicos – nunca executados – e ilustrações.

 

Fonte: Resenha Laura Ming – Veja SP.

 

Até 27 de julho.

Papa: livro e exposição

10/mar

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, Luz, São Paulo, SP, exibe “O Papa Sorriu”, exposição com curadoria de Rafael Alberto Alves. A mostra conta com caricaturas feitas por 38 cartunistas brasileiros e estrangeiros, e tem como intenção homenagear o Papa Francisco, o qual completa um ano de papado, mostrando simplicidade e bom humor no trato com todas as pessoas, fato evidenciado na ocasião de sua visita ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, em 2013.

 

Impressionados com os sorrisos e abraços distribuídos pelo Papa, especialmente com os jovens, um grupo de cartunistas reuniu diversas obras que retratam o Pontífice e toda sua simpatia para com o povo. O resultado foi a publicação do livro intitulado “O Papa Sorriu”, entregue pessoalmente ao Papa Francisco pelo Arcebispo metropolitano de São Paulo, Dom Odilo Scherer, no início de 2014. Agora, alguns desses trabalhos ocupam as paredes do MAS/SP em exposição inédita: “Para nós, demonstra que fazemos sim arte. É a primeira vez que caricaturas entram em um museu de arte sacra. Parabéns a todos que acreditaram em mais essa empreitada de nossas flash expo”, comenta José Alberto Lovetro, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil.

 

Com traços característicos acentuados, os artistas criam desenhos que provocam todos os tipos de reação nos espectadores, desde a surpresa até a ternura. Nas palavras de José Carlos Marçal de Barros, Diretor Executivo do MAS/SP: “Nas crônicas políticas e sociais, a caricatura constitui uma das mais aguçadas formas de expressão. Nada parece escapar aos olhos do caricaturista, cujo poder de síntese revela um invejável conhecimento sobre a realidade e sobre o ser humano.” Participam os cartunistas Alan Souto Maior, Alex Souza, Ariel Silva, Baptistão, Benjamim Cafalli, Bira Dantas, Bruno Honda Leite, Carlos Amorim, Claudio Duarte, Ed Carlos Joaquim, Eder Santos, Elihu Duayer, Fredson Silva, Gilmar Fraga, Gustavo Paffaro, J. Bosco, Jorge Barreto, José Alberto Lovetro, Junior Lopes, Luiz Carlos Altoé, Luiz Carlos Fernandes, Mello Cartunista, Mônica Fuchshuber, Nei Lima, Omar Figueroa Turcio, Paolino Lombardi, Quinho, Renato Stegun, Ricardo Soares, Rice Araujo, Rodrigo Brum, Sergio Mas, Sergio Raul Morettini, Seri Ribeiro Lemos, Vicente Bernabeu, Wal Alves, William Martins Ribeiro e William Medeiros.

 

 

De 14 de março a 30 de abril.

Galeria Deco: Ukiyo-ê e artistas contemporâneos

02/mar

A Galeria Deco, Boa Vista, São Paulo, SP, apresentara exposição “Ukiyo-ê, e Hoje”, em parceria com a Musashino Art University, de Tóquio, MuseuAfro Brasil e o Ateliê Fidalga. A mostra traz ao Brasil obras criadas por mestres japoneses dos séculos XVIII e XIX, final da era Edo (nome antigo de Tóquio), exibidas ao lado de produções contemporâneas de destacados artistas japoneses e nipobrasileiros, tais como Yayoi Kusama, Kazuo Wakabayashi, Takashi Fukushima e James Kudo, entre outros. Estão presentes na mostra obras históricas de Ukiyo-ê, dos artistas Tsukiyoka Yoshitoshi,1839-1892, Ochiai Yoshiki, discípulo do pintor Utagawa Kuniyoshi, 1797-1861, Kaisai Yoshitoshi, 1839-1892, entre outros com datas e autores desconhecidos, mas presentes em publicações do século XIX, como no livro “Ichiwan Kunichika” publicado em 1863.

 

 

O Ukiyo-ê, cujo significado se traduz como “Imagens do Mundo Flutuante” é a técnica e gênero artístico que retratou os costumes da cultura burguesa do período Edo -1603-1867- que reforçou o conceito da efemeridade da vida. Ao retratarem lutadores de sumô, gueixas, atores do teatro Kabuki e paisagens. O Ukiyo-ê é conhecido no mundo como pintura japonesa gravada no bloco de madeira (similar à xilogravura), ficou conhecido na Europa no final do século XIX, influenciando o modernismo – cubismo, impressionismo e pós-impressionismo, e artistas como Van Gogh, Monet e Degas. Na atualidade segue influenciando segmentos culturais como o mangá moderno, a montagem Korin e o Japão Pop.
A influência do Ukiyo-ê é marcante na produção dos artistas contemporâneos japoneses e nipobrasileiros presentes na mostra: Yayoi Kusama, Kazuo Wakabayashi, Utagawa Kuniyoshi, Takafumi Kijima, Yuichiro Tanaka, Sho Tanaka, Machi Miyamoto, Unno, James Kudo, Roberto Okinaka, Futoshi Yoshizawa, Yasushi Taniguchi, Takashi Fukushima, Kimi Nii e Midori Hatanaka.

 

Com destaque na exposição, as gravuras de Yayoi Kusama traduzem a sensação alucinante do mundo contemporâneo, refletindo as impressões do Japão pop; já as cinco obras de Utagawa Kuniyoshi representam a beleza de mulher em um diagrama satírico; Kazuo Wakabayashi reflete a influência do Ukiyo-ê imprimindo um padrão arrojado a composição; Takashi Fukushima grava na madeira usando pigmentos próprios; a satírica pintura de Takafumi Kijima utiliza a técnica nihonga aplicada ao Ukiyo-ê; James Kudo incorpora em sua produção o sentido japonês de Ogata Korin, 1658-1716.

 

 
Como parte da exposição, a professora – e presidente do departamento de pintura da Musashino Art University- Aguri Uchida e o professor Takefumi Kijima, realizam nos dias 08 e 09 e março um workshop em duas etapas na Galeria Deco. No primeiro dia, Aguri Uchida apresenta a técnica de sumi no papel washi, no segundo dia, Takafumi Kijima explora os pigmentos tradicionais da pintura japonesa.

 

 
A Musashino Art University, localizada em Tokio, é uma das principais universidades de Arte no Japão. Fundada em outubro de 1929 como Teikoku Art School (escola de arte Imperial) teve sua nomenclatura, alterada para Musashino Art School em dezembro de 1948 e posteriormente, em abril de 1962, para Musashino Art University. Entre os principais cursos figuram: pintura japonesa, escultura, desenho industrial, interiores, cenografia e arquitetura.

 

 

 
Até 25 de março.

Inéditos de Miró

25/fev

Inédita no Brasil, “A magia de Miró, desenhos e gravuras” está em cartaz na Caixa Cultural São Paulo, Centro, São Paulo, SP. A exposição apresenta obras do pintor e gravador catalão e traz fotografias registradas pelo curador Alfredo Melgar. Miró ficou conhecido mundialmente por sua criatividade e capacidade de experimentação, apresentando em suas obras inúmeras possibilidades de formas e de cores, compondo um mundo próprio, de sonhos e de magia.

 

Trata-se de uma exposição do colecionador Alfredo Melgar, que foi galerista e amigo de Miró por muitos anos. Melgar fez uma seleção de 69 obras de Miró e selecionou 23 fotos que ele mesmo fotografou Miró no ambiente de ateliê e produção artística.

 

No dia da inauguração, houve uma palestra com o galerista e curador Alfredo Melgar. O intuito é levar a arte para as ruas através da exibição ao ar livre de um documentário sobre a vida de Miró. Após a temporada em São Paulo, a exposição segue para as unidades da CAIXA Cultural em Curitiba (20 de maio a 20 de julho de 2014), Rio de Janeiro (28 de julho a 28 de setembro de 2014), Recife (7 de outubro a 7 de dezembro de 2014) e Salvador (16 de dezembro de 2014 a 8 de fevereiro de 2015).

 

 

Até 20 de abril.

Acervo MAM-Rio

23/fev

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Acervo MAM – Obras restauradas”, com treze obras pertencentes à coleção do MAM restauradas com recursos no valor de R$ 399.980,50, da Secretaria Municipal de Cultura, via Edital Pró-Artes Visuais 2012.

 

“A mostra apresenta o resultado do esforço do MAM em devolver uma parte da história de uma coleção memorável, que tem crescido e prosperado”, afirma Fátima Noronha, conservadora e restauradora do Departamento de Museologia do MAM. O Museu abriga 6.466 obras em seu acervo próprio, mais 6.400 da Coleção Gilberto Chateaubriand – considerada internacionalmente como uma das mais importantes do modernismo e contemporaneidade brasileiros –, e perto de duas mil fotografias da Coleção Joaquim Paiva, ambas em comodato, totalizando perto de 15 mil obras.

 

Para esta exposição, será apresentado o mais recente conjunto de obras restaurado. Farão parte da mostra obras dos artistas brasileiros Djanira, Ivan Serpa, Lygia Clark, Manabu Mabe, Nelson Leirner, Silvia de Leon Chalreo, e Wega Nery. Dos estrangeiros, estão obras de Alberto Magnelli, Jorge Páez Vilaró, María Luisa de Pacheco, Michel Patrix, Oton Gliha e Serge Poliakoff.

 

Dentre os destaques internacionais da exposição estão trabalhos do artista russo Serge Poliakoff e do italiano Alberto Magnelli, ambos importantes do período do pós-guerra na Europa. Dentre os brasileiros, destacam-se a obra do pintor, gravador e desenhista Ivan Serpa, que também foi professor da escola de artes do MAM e muito ligado à instituição, onde lecionou para crianças e adultos, formando uma geração de artistas. A obra “Forma em evolução” é de 1952, período em que Serpa manifesta seu forte interesse na abstração geométrica e foi uma doação do artista à coleção do museu, em 1953. Há, também, uma pintura de 1960 do artista nipo-brasileiro Manabu Mabe. Medindo 150cm x 184,5cm é a maior tela deste artista pertencente ao Museu. Das treze obras apresentadas – em quase sua totalidade pinturas a óleo sobre tela – apenas quatro (de Serge Poliakoff, Ivan Serpa, Oton Gliha e Nelson Leirner) nunca haviam passado por restauros anteriores e estavam bastante danificadas devido ao incêndio ocorrido no Museu em 1978, que tinha, na época, um acervo de cerca de mil obras. As demais haviam sido restauradas no final da década de 1970, mas precisavam de pequenas recuperações.

 

Carlos Alberto Gouvêa Chateubriand, presidente do MAM Rio, museu criado em 1948, destaca em seu texto que “aos 30 anos de existência, o MAM Rio passou por forte revés com a perda trágica de 90% de sua coleção. Peças significativas puderam ser resgatadas e restauradas; uma pequena parte que não pôde ser recuperada ao longo daquele período foi mantida com zelo e paciência, aguardando uma solução. Hoje esse dia chegou e podemos rever obras de Ivan Serpa, Lygia Clark, Djanira, Manabu Mabe, Wega Nery, Nelson Leirner e Silvia Chalreo, para citar a vertente nacional. Alberto Magnelli, Serge Poliakoff, Oton Gliha, Maria Luisa Pacheco, Michel Patrix e Jorge Páez Vilaró na internacional”.

 

 

NELSON LEIRNER: NOVA OBRA

 

 

A obra de Nelson Leirner, em tecido e zíper, estava bastante danificada e muito frágil estruturalmente para ser restaurada. Por se tratar do único artista vivo da exposição, ele criou uma nova obra, um múltiplo da série “Homenagem à Fontana”, de 1967, baseando-se na original existente no Museu. A restauração das treze obras do acervo do MAM Rio durou um ano e foi coordenada por profissionais especializados contratados pelo Museu: Edson Motta Jr. e Claudio Valério Teixeira, ambos responsáveis pela restauração dos painéis “Guerra e Paz”, de Candido Portinari, pertencentes à ONU, em 2011. A exposição será acompanhada de um livreto, com 76 páginas, formato 21cmx15cm, e textos do presidente do Museu e da conservadora e restauradora do Museu.

 

 

CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO

 

 

O MAM realiza restauros frequentes nas obras de seu acervo, atendendo às necessidades de conservação e também a demandas curatoriais e emergenciais. Quando necessários, restauros de maior magnitude têm sido feitos com apoio de recursos externos. Estão dentro desses grandes restauros os realizados em cerca de 28 obras – pinturas, desenhos e fotografias, e mais 28 estudos de móveis de Joaquim Tenreiro, e ainda a construção de uma mapoteca de grandes dimensões para acondicionamento desses projetos, com o apoio da extinta Fundação Vitae, entre 1999 e 2003. Com o apoio do Banco Opportunity, foram restauradas mais de cinquenta obras em papel e pinturas, de 2000 a 2002. Paralelamente também foram obtidos recursos para a compra de mobiliário próprio para o acervo, como estantes, armários e carrinhos de transporte de obras nas áreas internas do museu.

 

 

 

Até 13 de abril.

 

 

A Cara do Rio 2014

11/fev

Depois de sucessivas edições que ocuparam o Centro Cultural Correios com grande sucesso de público,  a coletiva “A Cara do Rio 2014/Qual é a cara do Rio?” mudou de endereço e inaugurou a Villa Olívia Artes – a primeira Galeria da Zona Portuária, no charmoso Morro da Conceição.

 

O desafio proposto pelo curador Marcelo Frazão aos quarenta expositores foi responder, em linguagem artística,  a  pergunta:  QUAL É A CARA DO RIO? Agora o público vai poder conferir o resultado de todo este processo criativo, englobando  pinturas esculturas, desenhos, fotografias, vidro, cerâmica e gravuras.  Os 40 trabalhos são assinados por Fernando Duval, Solange Palatnik,  Paulo Villela,  Sonia Madruga, Carlomagno, Clare Caulfield, Mauricio Barbato, Paula Erber,  Newton Lesme, Regina Guimmarães, Ana catarina Hallot entre vários outros.

 

O conjunto dos trabalhos expostos na mostra “A Cara do Rio”,  marcada pela diversidade e por ser multifacetada, oferece ao espectador uma pequena mas significativa  representação de ângulos de nossa cidade,  a partir da memória afetiva ou visual  de cada artista.  Já o catálogo da exposição,  reunindo  o perfil dos artistas integrantes da exposição,  vai além de fornecer dados sobre os autores,  funcionando  também como um anuário dos artistas que estão em atividade na cidade e nem sempre tem espaço para levar seus trabalhos ao público,  como explica Frazão.

 

Para esta exibição a artista plástica Marina Vergara, numa ode à mulher,  preparou uma monumental escultura com 4 metros de altura  para a fachada do antigo sobrado da Ladeira João Homem, número 13, onde se localiza a Villa Olivia.

 

Tendo iniciado em 2003,  a mostra “A Cara do Rio” chega a sua décima edição  apostando  na renovação e na continuidade do talento dos artistas.

 

 

Até 03 de abril.