A Magia de Miró

24/jul

Obras de Miró para a CAIXA Cultural, Galeria 3, Centro, Rio de Janeiro, RJ, passam a ser exibidas na exposição “A Magia de Miró, desenhos e gravuras”, que reúne 69 trabalhos do artista espanhol e 23 fotografias em preto e branco registradas pelo curador Alfredo Melgar, fotógrafo galerista em Paris e Conde de Villamonte. A mostra já passou pela CAIXA Cultural São Paulo e Curitiba, e por prestigiadas galerias e museus da Europa, América e Oceania.

 

A “Magia de Miró” revela um plano mais íntimo e pessoal do mundo do artista catalão ao exibir esboços ou notas, além de obras produzidas sobre papel, com lápis e giz de cera ao longo dos seus últimos cinco anos de vida. As ilustrações correspondem a diferentes épocas da sua produção, entre 1962 e 1983, e remetem ao universo do processo criativo do artista, que pintou e desenhou sobre qualquer superfície que permitisse exibir sua enorme criatividade e conhecimento.

 

Melgar conheceu Miró quando começou a fotografar profissionalmente, durante uma vernissage no mítico Moulin de La Galette, em Paris. “Vestido como um dândi, de porte e maneiras aristocráticas, seus olhos azuis, penetrantes e sonhadores traziam o ar do mar Mediterrâneo. Ao seu lado, sempre discreta e elegante, Pilar Juncosa completava o quadro do perfeito matrimônio catalão, exalando correção, sobriedade, ordem, trabalho e disciplina. Eu tinha na época menos de 30 anos, minha obra fotográfica era escassa”, declara.

 

 

Sobre Miró

 

Nascido em Barcelona, na Espanha, em 20 de abril de 1893, Miró é um dos mais renomados artistas da História da Arte Moderna. Estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de Paris, transmitiu-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das igrejas da Catalunha e o introduziu à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí. Em suas pinturas e desenhos, tentou descobrir signos que representassem conceitos da natureza em um sentido poético e transcendental, revelando os aspectos em comum com dadaístas e surrealistas, e sendo influenciado principalmente pelo pintor e poeta Paul Klee.

 

Miró também trazia intuitivamente a visão despojada de preconceitos que os artistas das escolas fauvista e cubista buscavam, mediante a destruição dos valores tradicionais. A partir de 1948, na Espanha e em Paris, realizou uma série de trabalhos de conteúdo poético, entre eles esculturas, com variações temáticas sobre mulheres, pássaros e estrelas. Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim pelo mural que realizou para o edifício da Unesco, em Paris. Miró faleceu em 25 de dezembro de 1983, em Palma de Maiorca, na Espanha.

 

De 28 de julho a 28 de setembro.

 

Após a temporada no Rio de Janeiro, a exposição segue para as unidades da CAIXA Cultural de Recife, PE, (a partir de outubro de 2014) e de Salvador, BA, (a partir de dezembro de 2014).

 

Intercâmbio cultural

18/jun

À convite de Thelma Innecco e Lorena Coutinho, da Modernistas Hospedagem e Arte, Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ, e da diretora de arte Betty Prado, o curador Renato De Cara, fez uma seleção especial no acervo da Galeria Mezanino, São Paulo, SP, para apresentar seus artistas ao Rio de Janeiro. O objetivo é promover um intercâmbio cultural entre galerias de outros estados. Esta é a segunda exposição entre galerias de fora na Anexo, a primeira foi a Art Cycling, com curadoria de Alessandra Clark. Com um casting de artistas brasileiros contemporâneos, a Galeria Mezanino procura mostrar ousadia, técnica e experimentação no cruzamento das linguagens artísticas.

 

Na Galeria Anexo, na Modernistas, serão apresentadas doze artistas, que trabalham com pintura, fotografias e gravuras. Entre os artistas do acervo estão nomes como o gravurista e pintor Francisco Maringelli; Jaime Prades, um dos pioneiros da urban art em São Paulo; as pinturas de Sergio Niculitcheff, Sergio Lucena e Mauricio Parra; gravuras e pinturas de Ulysses Bôscolo; André Albuquerque; os desenhos homoeróticos de Francisco Hurtz; as fotografias adulteradas de Leo Sombra; as ilustrações de Filipe Jardim; Thelma Vilas Boas e Christiano Whitaker.

 

 

Sobre as galerias

 

O espaço ao lado da Modernistas Hospedagem e Arte, em Santa Teresa,  acolhe outro empreendimento: a Anexo Galeria de Arte. A proposta do novo espaço é trabalhar com artistas brasileiros e estrangeiros, que desenvolvam trabalhos nas mais diversas mídias, como pintura, desenho, escultura, fotografia e arte urbana. Uma mistura de estilos e propostas, que é uma consequência natural da diversidade tão característica do Rio de Janeiro.

 

A Galeria Mezanino é um espaço idealizado pelo jornalista, fotógrafo e curador Renato De Cara. Voltada ao pensamento e reflexão sobre arte, atua como observatório do que é tendência na produção artística contemporânea brasileira. Desde 2006, realiza exposições regulares e promove conversas e encontros com curadores e profissionais de arte, além de oficinas com pintores, escultores, fotógrafos e gravadores buscando, a partir do diálogo entre várias linguagens, dimensionar e dar visibilidade ao trabalho dos criadores.

 

 

De 25 de junho a 30 de julho.

O Brasil na Copa

05/jun

O Brasil, agora situado como sede da Copa do Mundo, é o tema da exposição apresentada na Galeria de Arte André, Jardim América, São Paulo, SP. Foram convidados 24 artistas para que criassem obras alusivas ao país e ao evento que sedia o mundial de futebol. A exposição, denomina de “O Brasil na Copa”, apresenta cerca de 32 obras distribuídas entre pinturas e esculturas, e exibe o Brasil como um todo em trabalhos assinados pelos artistas Inos Corradin, Antonio Bontempo, Alina Cubas Fonteneau, Sonia Menna Barreto, Herton Roitman, Alex Orsetti, Anita Kaufmann, Antonio Miranda, Cássio Lázaro, Eduardo Kobra, Fernando Cardoso, Gustavo Nackle, Marco Stellato, Margarita Farré, Walmir Teixeira, Fernando Cardoso, Heloize Rosa, Moysés Mellim, Élon Brasil, Eduardo Petry, João César de Mello, Marcos Garrot, Rafael Resaffi, Tania Corsini e Kenji Fukuda.

 

 

Até 28 de junho.

Portinari em Paris

28/mai

É Impossível segurar pelo menos aquela lágrima da emoção pura e visceral do encontro com uma obra de arte única!
Durante a visita intensa à exposição do díptico “Guerra e Paz” de Portinari ao som de Villa-Lobos, o publico é cativado. Lindo de se ver.
A obra majestosa é apresentada em frente a um igualmente gigantesco espelho. O universo do pintor é desvendado nas paredes do Salão Nobre do Grand Palais que se transformou em um Salão da Paz. E todos, todos, todos os visitantes são atenciosamente recebidos por João Cândido, diretor do Projeto Portinari e filho do pintor.

 

 

Texto de Luis Fernando Verissimo

 

Murais

 

No Grand Palais, o espaço de arte de maior prestígio em Paris, foi inaugurada a exposição dos dois murais, “Guerra e Paz”, que Cândido Portinari fez para o interior do prédio das Nações Unidas, em Nova York. Antes de serem doados à ONU, em 1956, os grandes painéis foram exibidos no Brasil, e agora chegam a Paris no início da fase internacional de um projeto de exposição, fora da área restrita do foyer da ONU, que começou com outra turnê pelo Brasil e terminará com sua volta a Nova York em 2015.

 

A obra de Portinari está magnificamente apresentada no Grand Palais, junto com estudos preparatórios para os murais e outros trabalhos do artista, e a solenidade teve a presença do filho de Portinari – que morou durante muito tempo em Paris –, do embaixador do Brasil na França, Bustani, da Marta Suplicy e de outros responsáveis pelo projeto, além de dezenas de brasileiros e simpatizantes orgulhosos.

 

Ninguém mencionou que Portinari não pôde comparecer à inauguração dos seus murais na ONU em 1956 porque era comunista, e os americanos não deixaram ele entrar no país. Me lembrei da história do mural que Nelson Rockefeller encomendou ao mexicano Diego Rivera para o saguão de entrada do Rockefeller Center em Nova York . O mural deveria retratar o avanço da Humanidade através do trabalho e do progresso científico. Rivera foi o escolhido porque era um dos pintores favoritos da mãe de Nelson Rockefeller, que obviamente não informou ao filho quais eram as convicções políticas do mexicano.

 

Pode-se imaginar a cara do Nelson ao ver, no mural pronto, o Lenin de mãos dadas com trabalhadores, simbolizando a união que emanciparia o proletariado mundial da opressão capitalista. Rockefeller pagou ao Rivera, mas mandou pôr abaixo o mural. Não adiantou a oferta do pintor de incluir Abraham Lincoln como emancipador, talvez ao lado de Lenin. O mural foi destruído. Antes da sua destruição,Rivera pediu que o fotografassem.

 
E o reproduziu no México, acrescentando alguns detalhes que não estavam na primeira versão. Como Marx e Trotsky, além de Lenin. E – para completar a vingança – o pai de Nelson, John D. Rockefeller, um notório abstêmio, é retratado como um bêbado, simbolizando a dissolução moral dos ricos.

 

Nelson Rockefeller não desistiu do seu mural. Contratou um tal de José Maria Sert para pintá-lo. O mural continua lá, na entrada do Rockefeller Center. A sua figura principal é o Abraham Lincoln.

 

 

 

(Depoimento da jornalista Rosangela Meletti, de Paris)

 

 

Até 09 de junho. 

Tauromaquia : Picasso, Dalí e Goya no MAB

21/mai

O espetáculo das touradas desde sempre inspirou artistas do mundo todo. Por conta deles, o touro ganhou lugar especial e significado em muitas das obras de grandes mestres e incontáveis artistas, que usaram a tauromaquia (combate a touros) como um instrumento para representar simbolicamente a luta contra o poder opressor. Costurando uma seleção entre a estreita relação da produção artística de Picasso, Dalí e Goya, o Museu de Arte Brasileira, MAB, da FAAP, Higienópolis, São Paulo, SP, e a Produtora Mega Cultural apresentam, pela primeira vez no Brasil, a exposição “Tauromaquia”.

 

Com curadoria de Monika Burian Jourdan e Serena Baccaglini, a mostra reúne diversas obras e séries. São cerca de 180 imagens, entre desenhos originais e gravuras  de Francisco Goya, Pablo Picasso e Salvador Dalí que evidenciaram o fascínio pelo universo da corrida de touros e desenvolveram trabalhos consistentes e relevantes em torno do tema, tão intrinsecamente ligado à cultura ibérica. Muitas das obras trazidas ao Brasil para esta exposição foram raramente vistas antes. Dentre elas está o estudo de Picasso para “Guernica”, nas mesmas dimensões do painel original.

 

“Na maioria das civilizações o touro, tema central da exposição, é um símbolo místico que significa força, coragem e fertilidade. Esta força animal que os touros mostram é retratada de forma fascinante nas obras destes artistas”, explica Monika Bourian Jourdan. “Para os artistas, a tourada não representa apenas um espetáculo. Para Goya, por exemplo, tauromaquia foi inicialmente uma ferramenta para expressar sua dissidência política. A exposição apresentará a série completa de gravuras Tauromaquia, de Goya, uma das suas séries mais famosas”.

 

Picasso foi influenciado por Goya. Baseou-se no uso do conhecimento do “chiaroscuro” (luz e sombra) de Goya para a produção de sua própria obra, utilizando-a como instrumento de protesto contra a ditadura do General Franco. Picasso e Goya utilizaram este tema para manifestar profundo sofrimento e resistência à opressão.

 

Nos anos 1966-67, Salvador Dalí transformou a famosa “Tauromaquia Suite” (1957-59), de Picasso numa extensão do diálogo artístico que os dois artistas mantiveram durante anos. Alguns desses trabalhos fazem parte das obras desta exposição.

 

Goya, por sua vez, usou a tauromaquia para expressar sua dissidência política contra os nobres, opressores do povo. Suas obras retrataram a tourada como uma arena mística, em que algo está sempre acontecendo. Esta exposição apresentará uma de suas mais famosas séries sobre este tema. Vista como um confronto entre a liberdade e a força bruta, a tauromaquia pode também ser interpretada neste conjunto de obras como uma metáfora do poder opressor ou da capacidade para autoafirmação e emancipação. Em muitas civilizações, o touro, figura central desta mostra, tem o significado de força, bravura e fertilidade.

 

 

Até 22 de Junho.

Dalí no CCBB

19/mai

Considerado um dos mais excêntricos artistas do seu tempo, o célebre pintor, desenhista, gravador e esciltor, Salvador Dalí, ocupa o CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJK, com a mais completa exposição do artista espanhol já organizada no Brasil. Em outubro a mostra, que foi negociada para visitar o país há cinco anos, seguirá para o Instituto Tomie Ohtake, SP.

 

Ao todo, as trinta pinturas a óleo, mais de uma centena de trabalhos gráficos e a instalação exibidas têm o valor estimado em US$ 170 milhões. A maior parte das obras são provenientes do Teatro Museu Dalí, em Figueras, a cidade natal do artista.

 

As obras selecionadas incluem as primeiras pinturas de Salvador Dalí, quando ele se inspirava em sua família e em paisagens; o período cubista; as obras que revelam seu interesse pelos pintores metafísicos e finalmente sua fase surrealista, estilo do qual foi o maior representante mundial. O auge da mostra, com o maior número de obras, é o período que compreende a fase surrealista.

 

 

Até 22 de setembro.

Mercado de Arte

15/mai

A Ricardo Camargo Galeria, Jardim Paulistano, São Paulo, SP, inaugura a 14a edição de sua mostra coletiva “Mercado de Arte”, com 44 trabalhos – distribuídos entre pinturas, desenhos e esculturas – com a categorizada assinatura de de 26 artistas. Seguindo um conceito já estabelecido nas edições anteriores, a maioria das obras é inédita ou está fora de circulação há no mínimo 20 anos, reunindo expoentes da arte moderna e vanguarda brasileiras e artistas internacionais. A exposição também presta uma homenagem aos 120 anos de nascimento do escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret, e conta com 5 peças inéditas de sua autoria.

 

Sob a curadoria de Ricardo Camargo, expografia de Attilio Baschera e Gregorio Kramer e texto crítico sobre Brecheret assinado pela historiadora e crítica de arte Daisy Peccinini, os artistas participantes comungam do espaço expositivo da galeria, criando um panorama visual com raras possibilidades de ser duplicado. Dentro do modernismo brasileiro, destacam-se “Paisagem com Lago”, de Anita Malfatti, além de duas telas exclusivas feitas por Vicente do Rego Monteiro – “Descida da Cruz” e “Le Couple”. A eles se juntam a tela “Vaso de Flores”, de Pancetti, e o guache “Composição Abstrata”, de Antonio Bandeira. A força da vanguarda nacional surge nesta mostra com a tela “Oban”, de Antonio Henrique Amaral, seguida por “O Homem que Mora no Sol”, de Baravelli, e a escultura em bronze de Edgard de Souza, apontando para o individualismo dos anos 90.

 

A Ricardo Camargo Galeria ainda realizou uma seleção de 12 obras assinadas por seis artistas internacionais, a maioria delas inéditas no país. Neste grupo, encontram-se o nanquim “Ossie Clark”, de David Hockney, dois desenhos do construtivista Torres García – “Constructivo con Corazón”, e “Constructivo Con Sol Y Luna”. Rivera se impõe com a força telúrica de sua “Cabeça de Camponês”, enquanto Botero transparece sua abundância de formas no grafite “Mulher Sentada” e na aquarela “Cesta de Uvas”. Destacam-se ainda o par de pinturas de Figari, “Indecision” e Candombes”, além da tela “Estudio de Sol”, de Pettoruti.

 

Por fim, o conjunto das cinco obras de Victor Brecheret selecionadas para esta exposição coletiva compreende as esculturas “Casal de Pombos”, “Condessa Renata Crespi da Silva Prado”, “Torso Masculino”, “Cabeça de Juranda” e “Cristo com Anjos”, percorrendo quatro décadas do itinerário de sua carreira de sucesso.

 

“Esta diversificada edição do Mercado de Arte, com trabalhos vigorosos e delicados, marcam a atualidade atemporal das obras de arte de qualidade.”, conclui o marchand Ricardo Camargo.

 

 

De 22 de Maio a 21 de Junho.

A dramaticidade de Iberê

09/mai

A retrospectiva de Iberê Camargo, “Um trágico nos trópicos”, atualmente em cartaz no CCBB, Centro, São Paulo, SP, é a primeira exposição nacional em comemoração ao centenário do celebrado artista. O total de quase 150 obras da mostra foram produzidas entre a década de 1940 e sua morte em 1994. A curadoria é de Luiz Camillo Osório. A dramaticidade da pintura de Iberê encontra-se bastante evidenciada no conjunto de obras selecionadas pela curadoria. As tonalidades sombrias, o diálogo com a morte, encontram guarida numa uma obra de denúncia e muita solidão onde a tonalidade roxa predomina em suas trágicas figuras. Os carretéis ganham especial destaque pois são os signos que trouxeram a memória do artista pedaços de sua infância na cidade de Restinga Seca, no Rio Grande do Sul, sua terra de nascimento. O pintor sobrepunha camadas e mais camadas de tinta sobre a tela conseguindo através de sua gestualidade e no emprego de tons cinzas, marrons, e negros, um vigor absoluto mesmo quando se encontrava em plena maturidade já na casa dos 80 anos. Ainda na exposição uma seleta de gravuras e esboços, registros de seu isolamento criativo.

 

 

Até 07 de julho.

Raquel Arnaud promove debate

06/mai

 

Por ocasião do término da exposição “Trajetória”, paralela à mostra em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, “Afinidades”, em comemoração aos 40 anos de atividade da marchande Raquel Arnaud, será realizado um debate, dia 8 de maio, às 19h, na galeria, Rua Fidalga, 125, Vila Madalena, São Paulo, SP. Com a proposta de questionar a relação entre galerias, instituições, colecionadores e artistas, participam do evento Andrea Pereira, Ivo Mesquita, José Resende, Marcelo Araujo, Raquel Arnaud, Tadeu Chiarelli, Wagner Lungov e intermediação de Eduardo Saron.

 

Como se pensar no apoio das galerias para montagem e ampliação dos acervos dos museus? Como se coloca o artista nessa intermediação, ou como a galeria pode avançar os contatos com as coleções públicas ou particulares? Como desenvolver ações para incentivar e viabilizar a compra de obras de arte para doação a museus ou instituições? Estes serão os temas abordados, além de uma análise de como atuam instituições e museus estrangeiros em relação a esses trâmites e como seria possível adaptar eventuais procedimentos à lei vigente no País.

 

Centenário de Vasco Prado

29/abr

O Guion Arte, exibe em seu hall de entrada dos cinemas do Centro Comercial Nova Olaria, Cidade Baixa, Porto Alegre, RS, a exposição “Vasco Prado, O Centenário de Um Farol Das Artes”. Abril é o mês do centenário de Vasco Prado. A mostra reúne desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, entre outras técnicas desenvolvidas pelo grande mestre da arte nacional. Uma parte da mostra provém de acervos de colecionadores.

 

Nome histórico da arte moderna brasileira, o escultor tornou-se ao longo de sua carreira um mestre cultuado por diversas gerações de escultores no Rio Grande do Sul. Na juventude dividiu atelier com Iberê Camargo e nos anos 1950 criou ao lado de Carlos Scliar, Glauco Rodrigues, Danúbio Gonçalves, Glênio Bianchetti e outros artistas da mesma geração o hoje histórico Clube da Gravura, experiência baseada nos atelier de xilogravura mexicanos que tratava das edições populares dessa técnica.

 

Foi dado um destaque especial para diversas peças como as realizadas em terracota, técnica em cerâmica com a qual Vasco Prado ficou reconhecido por desenvolver uma linguagem própria. A curadoria é de Carlos Schmidt, também editor de esmerado catálogo que acompanha a exposição. No conjunto, esculturas como “Os Amantes”, além de terracotas em únicas edições, bronzes iconográficos e uma escultura em pedra, material com o qual Vasco Prado trabalhou muito pouco, ganham especial atenção. Da mesma forma a reedição em bronze da escultura “Gaúcho”, obra dos anos 1940.

 

 

Até 26 de junho.