Catálogo para Claudio Goulart

17/ago

Lançamento dia 19 de agosto, na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, em conjunto com a Fundação Vera Chaves Barceloos, Viamão, RS, contemplará a obra de Claudio Goulart, artista brasileiro/holandês. Com o projeto “Revelando Acervos”, o Acervo da FVCB, Viamão, RS, recebeu a doação da quase totalidade das obras de Claudio Goulart da Fundação Art Zone (Amsterdã), instituição legatária da obra do artista. Contribuindo para ampliar a visibilidade e a legibilidade da obra de Goulart, a FVCB lançará a publicação “Claudio Goulart|some pieces of myself” em evento acompanhado de fala da artista Vera Chaves Barcellos e de Fernanda Soares da Rosa, pesquisadora da obra do artista, mestranda em Teoria, História e Crítica de Arte, no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 

“Claudio Goulart | some pieces of myself” cataloga a obra do artista brasileiro/holandês (Porto Alegre, 1954 – Amsterdã – 2005), cuja vasta produção conceitual abrange diferentes suportes e linguagens como arte postal, livro de artista, fotografia, videoarte, instalações e registros de performances. Apesar da multiplicidade de tendências na trajetória de Goulart, questões relativas à identidade e um viés acentuadamente político se notabilizam. O artista viveu e produziu sua obra em Amsterdã a partir de meados da década de 1970, até sua morte, e fez parte de diversos projetos internacionais expondo em países como Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, Suíça, Inglaterra, Cuba, México, Japão, entre outros.

 

Amplamente ilustrada, a publicação bilíngue (português/inglês) conta com texto de apresentação de Vera Chaves Barcellos e uma concisa contextualização histórica de Ana Albani de Carvalho, além de entrevista com o artista Flavio Pons, da Fundação Art Zone, parceiro de ações de Goulart e uma forte influência sobre sua obra em sua fase inicial. O material é acompanhado por um DVD com farta documentação visual do universo estético de Claudio Goulart. A publicação será distribuída gratuitamente. Posteriormente, está previsto o lançamento da publicação no Itaú Cultural, em São Paulo, SP.

 

Na mesma data, ocorrerá a  distribuição de uma publicação que abarca a história e atuação da Fundação Vera Chaves Barcellos.

 

 

Sobre Revelando Acervos | Rumos Itaú Cultural

 

Em 2015, a FVCB recebeu parte significativa do acervo de obras do artista da Fundação Art Zone, através de recursos do projeto “Revelando Acervos”, viabilizado através de recursos do programa Rumos Itaú Cultural. Com a publicação, a FVCB assinala mais uma vez seu compromisso com a contribuição à pesquisa no campo das artes visuais, colaborando para o reconhecimento da produção de Claudio Goulart dentro do contexto da arte brasileira contemporânea.

 

 

Sábado, 19 de agosto, às 17hs.

Onde: Auditório BTG Pactual | Fundação Iberê Camargo | Av. Padre Cacique, 2000 – Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Coletiva na VilaNova

A Galeria VilaNova, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP,  apresenta os três fotógrafos que passam a integrar seu time de artistas, com a inauguração da mostra “Excertos”. Sob curadoria de Fausto Chermont e Bianca Boeckel, os artistas Hilton Ribeiro, Ricardo de Vicq e Willy Biondani exibem trabalhos que despertam os elementos mais sensíveis e originais da arte, ao utilizarem técnicas sofisticadas na abordagem de assuntos diversos. Ao longo do próximo ano, os três artistas farão suas individuais, aprofundando as propostas exibidas nesta coletiva.
Importantes profissionais da Fotografia, premiados e com trabalhos expostos em grandes instituições e galerias do Brasil e do mundo, esse “trio de fotógrafos solistas” – como o curador Fausto Chermont se refere aos artistas do projeto – inicia suas parcerias com a Galeria VilaNova expondo séries inéditas no país, as quais traduzem suas trajetórias intensas e diversificadas.
Hilton Ribeiro, paulistano que iniciou sua carreira na Fotografia no início da década de 1970, apresenta em “Excertos” recortes de três séries, duas essencialmente urbanas e paulistanas, e outra que elege o mar como tema. Por sua vez, Ricardo de Vicq – carioca, começou retratando artistas para capas de discos, alguns deles ícones da Bossa Nova – exibe, pela primeira vez no Brasil, o projeto “Metamorfo”, premiado com medalha de ouro no Graphis Photography Annual 2017 (categoria “nu”), em Nova York – EUA. Em suas palavras: “Metamorfos são seres feitos de amor. Um Metamorfo não sabe onde termina seu corpo e começa o corpo da amada. Se o seu pensamento pertence a ele ou a quem ele ama. Sua dor é a dor sentida pelo outro. Um Metamorfo não sabe se a mão que lhe faz carinho é a sua ou a do seu amor. Um Metamorfo é feito de amor, tolerância, paixão e muito respeito à vida. Ser um Metamorfo deveria ser o objetivo de todo ser humano”. Willy Biondani, paulistano cuja trajetória tem início como fotógrafo publicitário e de editoriais de beleza e moda, participa de “Excertos” e empresta ao conjunto de imagens exibidas toda sua expertise adquirida na Publicidade e na Moda, em fotografias coloridas e cheias de grafismo e geometria.

 

De 22 de agosto a 21 de setembro. 

André Penteado na Zipper

08/ago


Em sua primeira individual até o dia 16 de agosto na Zipper Galeria, Jardim América, São Paulo, SP, o artista André Penteado investiga as reminiscências e os desdobramentos visuais da delegação que desembarcou no Rio de Janeiro no início do século 19 com a meta de instituir a Academia Imperial de Belas Artes, primeira instituição oficial de ensino de artes no país. A exposição “Missão Francesa” tem texto crítico assinado por Moacir dos Anjos e apresenta um recorte da produção incluída em fotolivro homônimo do artista, recentemente lançado.

 
A nova série é a segunda fase do projeto “Rastros, Traços e Vestígios”, em que o artista pretende retratar cinco temas da história brasileira. Já concluiu dois – “Cabanagem” (2014) e “Missão Francesa” (2017) – e tem um em andamento – “Farroupilha”, previsto para o próximo ano. “Não sou historiador e não pretendo explicar os processos. Minha intenção é gerar uma sensação do presente a partir de vestígios do passado”, reflete. O artista, no entanto, afirma haver um paralelo entre historiadores e fotógrafos: “Ambos partem da realidade, mas suas construções são sempre ideológicas”.

 

Em uma dessas construções, ele questiona a importação de matrizes para sanar questões nacionais. “No Brasil, ainda hoje vinga o ideário de que a importação de modelos podem resolver nossos problemas”, ele afirma. Em seu método próprio de investigação, André Penteado se aproxima do trabalho arqueológico. “Eu junto as imagens e busco uma conexão entre elas, experimentando relações, em tentativas e erros, para formar alguma coerência narrativa”.

 

Esta abordagem “técnica” fica evidente nos aspectos formais dos trabalhos. Produzidas com tripé e uso de flash, as fotografias remetem às máquinas automáticas. São duras, estruturadas, cruas – o que, propositalmente, transmite a racionalidade com que o artista confronta a realidade. “Os temas são complexos e envolvem muita paixão. Eu busco o oposto no meu trabalho. É quase uma fotografia forense”, analisa.

 

Trabalhos da mesma série participaram da mostra coletiva “Antilogias”, que esteve em cartaz na Pinacoteca do Estado. O artista realizará exposição individual sobre a Missão Francesa no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, que abriga a mais importante coleção sobre o período.

 

 

Sobre o artista

 

A obra de André Penteado, São Paulo, SP, 1970) se baseia na ideia de que a fotografia, dada a sua banalidade no mundo de hoje, é uma das mais interessantes e complexas mídias para o desenvolvimento de trabalhos de arte. Produzindo desde 1998, o artista já realizou nove exposições individuais e participou de mais de vinte coletiva no Brasil, Argentina, Espanha e Inglaterra, onde viveu por sete anos. Em 2013, venceu o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger com o trabalho “O Suicídio de meu pai”; seu projeto “Tudo está relacionado”, foi selecionado para o Rumos Itaú Cultural 2013-2014. Tem quatro fotolivros publicados: “O suicídio de meu pai” (2014), “Cabanagem” (2015), “Não estou sozinho” (2016) e “Missão Francesa” (2017).

Ney Amaral, livro e exposição

28/jul

Ao mesmo tempo que realiza exposição individual de fotografias com abertura no dia 02 de agosto, Ney Amaral revela uma volta ao mundo em 160 páginas no livro “Flying Carpet”, na Galeria Bolsa de Arte de Porto Alegre, Bairro Rio Branco/Floresta, em Porto Alegre, RS. Talento que também acompanha o profissional em sua organização na seleção de imagens a cada vez que edita seus trabalhos. A exposição é uma aventura para descobrir o mundo sem precisar arrumar as malas!

 

Trata-se de mais de 20 anos de viagens agora em exibição e compactadas em um livro. Com prefácio do escritor José Antônio de Souza Tavares e produção do artista, professor e fotógrafo Leopoldo Plentz, “Flying Carpet” traz diversos lugares da terra, capturados pelo olhar de Ney Amaral que possui outras edições fotográficas como “Desassossego da cor”, “Mongólia”, “Black White and COLOR”, “Window”, “Bricks”,“Namastê”, além de duas obras literárias:  “Cartas a uma mulher carente” e  “Desesperadamente vivo”.

 

Encontramos em “Flying Carpet”, imagens desde  Jaguarão, município do interior do Rio Grande do Sul, até Kashgar, na China e percorrendo diversos países como os Estados Unidos, Portugal, Suécia, Noruega, Japão, Turquia, Uzbequistão, Mongólia, Índia, Jordânia, Rússia, Israel, Uruguai, e outros lugares como o deserto de Gobi, a Amazônia e no Oceano Atlântico. Fotógrafo por paixão, radiologista por profissão. A facilidade em tirar fotos foi descoberta instintivamente, em uma de suas tantas viagens.

 

 

A palavra do cineasta Carlos Gerbase

 

OS VIAJANTES

 

Há muitos tipos de viajantes. Os discretos, que dizem que vão comprar uma garrafa de vinho na esquina, dão a volta ao mundo e não trazem o vinho. Os exibidos, que tiram a primeira selfie no táxi rumo ao aeroporto. Os líderes, que comandam uma grande caravana. Os que vão a reboque (como eu), que aproveitam cada minuto, mas não têm muita noção do que vai acontecer na hora seguinte, porque o líder ainda não contou. Os psicodélicos, que viajam sem sair de casa. E os que, como Ney Amaral, trazem o mundo no bolso quando voltam para casa.

 

“Flying carpet” é um retrato do mundo inteiro feito por um viajante que representa uma espécie inteira. O ser humano é muito frágil. Somos facilmente batidos numa luta justa por dezenas de outras espécies. Estranhamente, contudo, estamos espalhados por todo o planeta, graças à nossa extraordinária capacidade de adaptação. As fotos de Ney Amaral mostram os resultados dessa adaptabilidade. Alguém caminha no deserto, outro alguém cruza num barco uma imensidão líquida. Alguém vê o horizonte aberto numa estrada deserta, outro alguém vê dois arranha-céus que criam um novo e estranho horizonte.

 

Em lugares diferentes, surgem pessoas diferentes, com peles diferentes, roupas diferentes, sorrisos diferentes e sonhos diferentes. Ney Amaral trouxe para casa, e agora para nós, um mundo de diversidade, beleza e espanto. “Flying carpet” não deve ser colocado na estante. É melhor que fique em cima da mesa, à disposição de um olhar curioso, quem sabe até fortuito. A beleza das imagens saberá capturar esse cidadão descuidado e mostrar-lhe que o mundo está à sua espera. Nem que seja a reboque, através das fotos de Ney Amaral. E depois, quem sabe, numa viagem real, em que cada imagem é um endereço seguro para redescobrir o planeta que insistimos em destruir, mas que ainda nos abraça, nos consola e nos oferece toda sorte de encantos.

 

 

O autor falando

 

Alguém pediu uma breve biografia para colocar no site e logo me ocorreu dizer que sou médico, afinal, é o que fiz durante a maior parte da vida. Em seguida, porém, percebi que a medicina cedera espaço para várias outras atividades. Por força da complexidade da minha especialidade médica tornei-me empresário e para dar sustentação a esse trabalho passei por um treinamento que incluiu o mestrado em administração. Mas havia outras coisas também, menos complexas, mas igualmente desafiadoras. Quebrei a mandíbula numa navegada, mas voltei a navegar. Em 2010 velejei de Cape Town, na África do Sul, à Bahia como cozinheiro de bordo de um veleiro, sem nunca repetir um único cardápio durante os vinte e oito dias da travessia. Essa não foi fácil, confesso. Mas, logo em seguida, abandonei a cozinha para me dedicar a um projeto que eu desenvolvera justamente durante a travessia. A elaboração do meu primeiro livro, Cartas a uma Mulher Carente, lançado em março de 2010. A partir daí, tornei-me um catador de lixo. Verdade! Catador de lixo mesmo, porque livros são como os quadros do Vic Muniz feitos no lixão de Gramacho. O artista, assim como o escritor, revira as profundezas do lixo em busca do material que será transformado em arte. Dentro desse saco de gatos há otimistas, pessimistas, trágicos, hilários, cínicos, enfim, há todo o tipo de escritores e de livros, mas a fonte do material de onde saem os livros é quase sempre o mesmo: o lixo. Nem por isso os livros deixam de ser poéticos, comoventes, ou mesmo engraçados. A graça, a comoção e a poesia são boa parte do lixo que jogamos pela janela sem o menor cuidado, sobretudo quando atrapalham nossa relação com um mundo cada vez mais asséptico e organizado pelo projeto antropológico comportado dos homens bons. E é por isso que os escritores catam, separam, compactam e finalmente filtram esse lixo através das páginas dos livros. É para que o insustentável brilho das almas bem comportadas não ofusquem, de vez, o pouco que ainda nos resta de humanidade. Então comecei a fazer livros de fotografia. Já tenho cinco deles prontos. Mas o que realmente importa na minha biografia é que encontrei a Beatriz que me levou até o Olavo, Pedro e Felipe. Mas essa é outra história…

 

 

Até 12 de agosto.

Carpintaria Para Todos

“Carpintaria Para Todos” é uma exposição coletiva formada por um único critério: a ordem de chegada dos participantes. No dia 10 de agosto, das 10h às 19h, a Carpintaria, Rua Jardim Botânico 971, Rio de Janeiro, RJ, estará de portas abertas para receber uma obra de arte de qualquer pessoa interessada em mostrar seu trabalho. Sem nenhuma curadoria, qualquer um poderá participar desde que siga as especificações listadas no texto-convite divulgado no site e nas redes sociais da Carpintaria.

 

O projeto funciona como uma releitura do evento homônimo realizado em setembro de 2012, no Galpão do Liceu de Artes e Ofícios, paralelo à 30ª Bienal de São Paulo. A proposta surgiu da reunião de alguns profissionais do campo da arte com um objetivo em comum: realizar uma exposição na qual presencia-se uma suspensão de valores e hierarquias, criando assim um espaço experimental de colaboração, que opere em rede e que se desdobre em múltiplos debates.

 

Com este intuito, o grupo resgatou a importante figura do curador norte-americano Walter Hopps (1932–2005), que desenvolveu uma série de projetos entre os anos 60 e 70, segundo ele mesmo, “imprevisíveis e irregulares”. Atuando sempre de maneira não convencional no circuito de arte contemporânea de seu tempo, Hopps se interessava em trabalhar outros formatos de curadoria e outras relações entre público e privado, tensionando a esfera institucional e o espírito anárquico da arte. Da mesma maneira, é relevante destacarmos como inspiração nomes como o do historiador e crítico de arte Walter Zanini (1925–2013), cuja atuação à frente do MAC-USP, de 1963 a 1978, contribuiu significativamente para ampliar os espaços de reflexão e exibição da arte, através de ambiciosos projetos expositivos como o JAC (Jovem Arte Contemporânea). Carpintaria Para Todos também dialoga e soma-se ao espírito colaborativo de outras ações artísticas que aconteceram e ainda acontecem na cidade do Rio de Janeiro, como Zona Franca, Alfândega, Orlândia e as exposições “Abre Alas”, realizadas há mais de uma década pela A Gentil Carioca.

 

No encerramento da exposição, sábado 19 de agosto, a partir das 17h, acontecerá uma conversa entre membros do comitê voluntário e os artistas participantes do projeto, tendo como eixo as práticas expositivas colaborativas na cena artística carioca e nacional. A conversa será pontuada pela exibição de trechos de filmes, vídeos e materiais de arquivo diversos.

 

Os organizadores e colaboradores voluntários deste projeto são: Alexandre Gabriel, Alessandra D’Aloia, Barrão, Bernardo Mosqueira, Eduardo Ortega, Laura Mello, Luisa Duarte, Marcelo Campos, Márcia Fortes, Mari Stockler e Victor Gorgulho. Os colaboradores estarão pessoalmente no local da exposição ajudando a receber as obras e montar a exposição.

 

 

Regulamento

 

Você está convidado a comparecer com uma obra de arte de sua autoria na Carpintaria (Rua Jardim Botânico 971 – Rio de Janeiro) na quinta-feira, dia 10 de agosto de 2017 das 10h às 19h. Nós iremos receber e instalar seu trabalho no espaço expositivo da galeria. A mostra estará aberta para o público do dia 10 a 19 de agosto, de terça a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 18h.

 

Serão aceitas obras de todas as naturezas – desenho, colagem, fotografia, pintura, escultura, instalação, vídeo, filme, performance e o que mais você inventar – e sua participação estará garantida desde que:

 

Você leve em pessoa o seu trabalho;

 

O seu trabalho passe pela porta (1,80 x 2,10 m);

 

Você traga todo o material necessário para a sua instalação, exposição e funcionamento. Haverá montadores para auxiliar na montagem;

 

A sua obra de arte preserve a integridade física e respeite os outros trabalhos em exposição, o público e o espaço expositivo;

 

Você entregue sua obra nas mãos da produção que escolherá o local de instalação do trabalho. Caso queira deixar um material impresso relacionado ao trabalho, iremos disponibilizar um local para consulta;

 

Se o trabalho for uma performance, o horário de apresentação será definido em acordo

 

com a produção. O registro em vídeo ou foto da sua performance poderá ser exposto posteriormente na mostra;

 

Você se comprometa a retirar a sua obra do local expositivo ao final da exposição, no prazo estipulado pela produção;

 

Qualquer dano ou perda da obra durante a sua montagem, exposição e/ou retirada será considerada como parte do processo. Haverá segurança e monitoria durante a exposição, mas a produção não pode garantir ressarcimento de eventuais danos;

 

A Carpintaria não fará o intermédio comercial das obras dessa exposição, mas os interessados poderão contatar diretamente os artistas. Haverá uma lista com a ficha técnica das obras e o e-mail dos artistas na recepção.

 

 

Mais informações: carpintaria@fdag.com.br

Metara Porto Maravilha

O escritório de arte Metara, de Susi Cantarino, será reinaugurado no dia 29 de julho, agora em um sobrado tombado na região portuária no centro do Rio de Janeiro. Esta reinauguração será marcada pela abertura da exposição “Metara Porto Maravilha”, reunindo 27 artistas visuais e fotógrafos. A Metara é pioneira no conceito de uma galeria de arte e molduraria de alto nível.

 

O prédio foi contemplado pelo Pro-APAC e os três andares do casarão de 1870 foram restaurados de acordo com o projeto idealizado por Ricardo Cantarino, arquiteto e sócio da galeria, e projetado por Elaine Fachetti e Anna Backenhauser, do Ateliê de Arquitetura.

 

Funcionando há cerca de um mês em ritmo de soft opening, a inauguração vai ter clima de festa, quando Susi Cantarino comemora seu aniversário. Os convidados, que participam da coletiva “Metara Porto Maravilha”, são: Ana Carolina, Ana Durães, Analu Prestes, Almir Reis, Ana Luiza Rego, Andrea Nunes, Elaine Eiger, Evandro Teixeira, Flavio Mac, Ira Etz, Jefferson Svobada, Jorge Barata, Julia Ninio, Laura Bonfá Burnier, Marzio Fiorini, Osvaldo Gaia, Patricia Secco, Pedro Jardim de Mattos, Ricardo Becker, Rogerio Camacho, Rona Neves, Susi Sielski Cantarino, Vera Bernardes, Vincent Rosenblatt, Walter Carvalho, Xico Chaves e Yao-Tang Huang.

 

 

Abertura: 29 de julho das 15hs às 19hs

Onde: Rua Sacadura Cabral, nº 264 – Saúde (VLT AquaRio ou Harmonia)

 

Novíssimos 2017

Tudo novo de novo. Pela primeira vez no endereço que acaba de inaugurar, a Galeria de Arte IBEU, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta, no dia 1º de agosto, a 46ª edição do Salão de Artes Visuais Novíssimos 2017, o único salão de arte do Rio de Janeiro. A edição deste ano tem curadoria de Cesar Kiraly e conta com a participação de 11 artistas que apresentarão trabalhos em pintura, instalação, objeto, fotografia, vídeo, desenho e performance. Os selecionados são Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda (RJ), Ana de Almeida (RJ), Ayla Tavares (RJ), Betina Guedes (São Leopoldo, RS), Caio Pacela (RJ), Clara Carsalade (RJ), Felipe Seixas (SP), Jean Araújo (RJ), Juliana Borzino (RJ), Leandra Espírito Santo (RJ/SP) e Stella Margarita (RJ). O artista em destaque de “Novíssimos 2017” será divulgado na noite de abertura e contemplado com uma exposição individual na Galeria de Arte Ibeu em 2018.

 

Já participaram de Novíssimos artistas como Anna Bella Geiger, Ivens Machado, Ascânio MMM, Ana Holck, Mariana Manhães, Bruno Miguel, Pedro Varela, Gisele Camargo, entre outros.   

 

“Novíssimos 2017” tem como proposta reconhecer e estimular a produção de novos artistas, e com isso apresentar um recorte do que vem sendo produzido no campo da arte contemporânea brasileira em suas diversas vertentes. Até 2016, 610 artistas já haviam participado de “Novíssimos”, que teve sua primeira edição em 1962. Nesta 46ª edição, a proposta curatorial diz respeito à interrogação da distância entre as imagens da vigília e do sono.

 

“Foram escolhidos artistas em início de trajetória que se propuseram a pensar a experiência dessa forma expandida. O onírico surge atrelado aos mais diversos suportes, em formas escultóricas de pano, fotografia, na interação do concreto com aparato eletrônico, no conflito do rosto com matérias que insistem em cobri-lo, nas estratégias de captação de vídeo. Podemos contemplar os percursos dos artistas, mas também tivemos a oportunidade de indicar trabalhos que nos pareceram exemplares de boa direção na proposta que nos foi submetida”, afirma Cesar Kiraly.

 

 

Sobre alguns participantes

 

 

Amador e Jr Segurança Patrimonial Ltda

Antonio Gonzaga Amador – Mestrando em Estudos Contemporâneos das Artes PPGCA/UFF. Graduado em Pintura pela EBA/UFRJ em 2013. Participou de cursos e oficinas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage entre 2012 e 2014. Integrou o Laboratório Contemporâneo para jovens artistas na Casa Daros, em parceria com o Instituto MESA e o Coletivo E em 2014. Cursou em 2016 o acompanhamento de processos artísticos no Saracvra . Dentre as exposições que participou destacam-se a 27° Mostra de Arte da Juventude (Ribeirão preto/SP), com premiação; 35° salão Arte Pará – 2016 (Belém/PA), premiado como ‘Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.;  Salão Arte Londrina 4 – Alguns Desvios do corpo (Londrina/PR). Atualmente desenvolve pesquisa artística sobre o corpo e sua condição biográfica de possuir diabetes tipo 1, o comportamento metódico e a rotina, e o contexto social e econômico do açúcar no Brasil.

 

Ayla Tavares

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1990. Graduada em Design Gráfico pela PUC-Rio, tem formação em Arte Educação pelo Instituto a Vez do Metre/Universidade Cândido Mendes. Também frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

 

Betina Guedes

Artista visual e professora. Doutora e mestre em Educação (UNISINOS), RS. Atua na UNISINOS. Sua produção artística tem como eixo a memória e suas articulações com a cidade, o corpo e a escrita.

 

Caio Pacela

Nascido em 1985 no interior Estado de São Paulo, mudou-se no ano de 2000 para o Estado do Rio de Janeiro. Atualmente vive em Niterói, RJ, onde mantém seu estúdio. Graduado desde 2013 em Pintura pela EBA (Escola de Belas Artes) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Desde o ano de 2014 frequenta cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. ​Atuou como freelancer entre 2002 e 2012 desenvolvendo ilustrações de estampas para três diferentes marcas de surfwear brasileiras e na criação de personagens para projetos e instituições. Hoje dedica-se inteiramente à sua própria produção.

 

Felipe Seixas

Vive e trabalha em São Paulo. Formado em Design Digital (2011) pela Universidade Anhanguera, São Paulo. Participou dos cursos “A escultura como objeto artístico do século XXI” com Ângela Bassan (2015) e “Esculturas e Instalações: possibilidades contemporâneas” (2016) com Laura Belém, ambos na FAAP e do grupo de acompanhamento de projetos do Hermes Artes Visuais, com Nino Cais e Carla Chaim (2016). Em 2017, fez sua primeira exposição individual: (I) matérico presente, com curadoria de Nathalia Lavigne, na galeria Zipper (projeto Zip’Up). Participou da XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira 2017 (Portugal) e da 2ª Bienal Caixa de Novos Artistas, com itinerâncias pelo Brasil. Em 2016 participou da 1ª Bienal de Arte Contemporânea do Sesc-DF. Em 2016 recebeu o prêmio Menção Honrosa no 15° Salão de Arte Contemporânea de Guarulhos e em 2015 recebeu o prêmio Menção Especial no 22° Salão de artes Plásticas de Praia Grande.

 

Jean Araújo

Jean Araújo nasceu em Vitória da Conquista (BA) em 1975, mas foi aos 24 anos de idade que passou a dedicar-se à pintura. Em 2011, morando no Rio de Janeiro, passou a executar trabalhos dentro de uma pesquisa do POP ART. Mas foi em 2013 que passou a dedicar-se exclusivamente ao universo das artes plásticas. Desde então realizou duas mostras individuais, uma no Rio de Janeiro e outra em Minas Gerais. Paralelamente o artista começou a frequentar cursos no Parque Lage e em outras instituições como forma de aprofundar e aprimorar seu conhecimento técnico-acadêmico.

 

Leandra Espírito Santo

Indicada ao Prêmio Pipa 2016. Volta Redonda, RJ, 1983. Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro, RJ e São Paulo, SP. Participou de mostras coletivas em galerias, museus e instituições brasileiras e internacionais, tais como: Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG (2016); Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, RJ; Circus Street Market, Brighton, Inglaterra; Casa do Olhar – Secretaria de Cultura de Santo André, SP (2014); Paço das Artes, São Paulo, SP (2014/2012); Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro, RJ; e Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS; Complexo Cultural Palácio das Artes, Praia Grande, SP; Centro Universitário Mariantonia, São Paulo, SP; Sesi Cultural, Barra Mansa, RJ; Galeria Casamata, Rio de Janeiro, RJ; Sala Preta, Barra Mansa, RJ (2013); Circo Voador, Rio de Janeiro, RJ (2012/2013); Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP; Galeria Gravura Brasileira, São Paulo, SP; Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo, SP (2012); e Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP (2010).

 

 

De 1º de agosto a 15 de setembro.

Fotografias no MAR

26/jul

Ao longo do século XX a fotografia consolidou-se para além do referencial documental que marcara seu surgimento. Transbordando as práticas científicas – das ciências naturais às ciências sociais -, a prática fotográfica sofisticou-se imensamente em sua apropriação pela arte. Artistas reinventaram não somente a dimensão estética da imagem fotográfica como também seu próprio estatuto documental, inserindo a fotografia no campo da ficção e da reinvenção do mundo. Desde então, foram inúmeras as viradas na prática e no entendimento da fotografia, atravessada por sua própria desmaterialização ou, mais recentemente, compreendida como dispositivo para relações que a extrapolam.

 

Atento à riqueza dessa linguagem, o Museu de Arte do Rio, Praça Mauá, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a partir de 19 de agosto, a exposição “Feito poeira ao vento | Fotografia na Coleção MAR”, Pavilhão de Exposições | 1º andar, extraída de sua significativa coleção de fotografias, com nomes como Marc Ferrez, Kurt Klagsbrunn, Pierre Verger, Walter Firmo, Evandro Teixeira, Luiz Braga, Rodrigo Braga, Marcos Bonisson, Rogério Reis, dentre muitos outros. Também integram a “Coleção MAR” experimentos em plataformas diversas da imagem, como o livro, o filme, a instalação, a pintura ou a performance, configurando a operação fotográfica como um gesto capaz de ir além de si mesmo e, com isso, demonstrando a potência da produção da imagem em termos históricos e atuais. A exposição é um panorama dessa constelação de imagens, sensibilidades, vocações e experimentos.

Fotos de Miguel Rio Branco

17/jul

A exposição de fotografias da série “Maciel”, um dos cartazes atuais do MASP, Paulista, São Paulo, SP, reúne 61 imagens produzidas em 1979 por Miguel Rio Branco na área de prostituição de mesmo nome, no Pelourinho, em Salvador, BA. Esta é a maior apresentação da série, com uma seleção inédita feita para a mostra.

 

“Nada levarei quando morrer aqueles que mim deve cobrarei no inferno” é a frase que Rio Branco captou de uma parede no interior de uma casa no bairro do Maciel. A sentença de tom profético oferece uma chave de entendimento para o universo dessa região do Pelourinho, abandonada por décadas pelo poder público e conhecida por ser local de prostituição e criminalidade mas também lugar de moradia das populações marginalizadas. Por meses, Rio Branco frequentou o Maciel e estabeleceu um vínculo de afinidade e afeição com seus retratados - como fez Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) nos bordéis parisienses no final do século 19 que ele representou. A princípio, Rio Branco fez um pacto com seus retratados de que as imagens não seriam exibidas em Salvador, o que lhe garantiu uma relação próxima e franca, possibilitando que a atitude altiva e resoluta dos personagens ganhe protagonismo e poder nas imagens.

 

A exposição foi organizada em quatro paredes, e cada uma delas enfatiza determinados aspectos da obra de Miguel Rio Branco. Na primeira, temos a fotografia que captura a frase-título da mostra, além de diversas cenas de rua em que o estado de deterioração dos edifícios dialoga com o uso que os habitantes deram a eles. Na segunda parede, o sexo se torna mais presente, em retratos e cenas de nudez que adentram os interiores. Na terceira, observamos imagens feitas de dentro para fora ou de fora para dentro dos bares, das casas e de prostíbulos. O interior volta a dominar as fotografias da quarta parede da exposição registrando complexas montagens feitas com imagens de revista no interior da zona, estabelecendo relações entre as fotografadas e outras representações do sexo e da mulher.

 

A exposição das fotografias de Miguel Rio Branco faz parte do eixo de programação do MASP com mostras em torno dos temas da sexualidade e do gênero, e dialoga diretamente com a exposição “Toulouse-Lautrec em vermelho”, localizada na galeria do primeiro andar do museu, e “Tracey Moffatt: Montagens”, que se encontra na sala de vídeo do segundo subsolo.

 

O MoMA, de Nova York, acaba de incluir em sua coleção 35 fotografias de Miguel Rio Branco, espanhol radicado no Brasil. É a primeira aquisição de suas obras pelo museu. A série, em preto e branco, retrata cenas do subúrbio de Nova York nos anos 1970 – o artista viveu por dois anos na cidade, dividindo apartamento com Hélio Oiticica.

 

 

 

Até 01 de outubro.

Hélio Oiticica no Whitney, NY

13/jul

 

 

O Whitney Museum of American Art, NY, apresenta “Hélio Oiticica: To Organize Delirium”, a primeira retrospectiva americana em grande escala exibindo duas décadas do trabalho do artista brasileiro. Um dos artistas mais originais do século XX, Oiticica (1937-1980) criou uma arte que nos desperta para nossos corpos, nossos sentidos, nossos sentimentos sobre estar no mundo: arte que nos desafia a assumir um papel mais ativo. A partir de investigações geométricas em pintura e desenho, Oiticica logo mudou para escultura, instalações arquitetônicas, escritas, filmes e ambientes em larga escala de natureza cada vez mais imersiva, obras que transformaram o espectador de um simples espectador em um participante ativo.

 

A exposição inclui algumas de suas instalações em grande escala, incluindo “Tropicalia” e “Eden”, e examina o envolvimento do artista com música e literatura, bem como sua resposta à política e ao ambiente social de seu país. A exposição capta a emoção, a complexidade e a natureza ativista da arte de Oiticica, enfocando em particular o período decisivo que passou em Nova York na década de 1970, onde foi estimulado pelas cenas de arte, música, poesia e teatro. Enquanto Oiticica se engajou em primeiro lugar com muitos artistas da cidade, ele acabou vivendo um isolamento auto-imposto antes de retornar ao Brasil. O artista morreu no Rio de Janeiro, em 1980, aos 42 anos.

 

 

A Tropicália

 

O estilo musical da “Tropicália”, que toma o nome da instalação homónima 1966/67 de Helio Oiticica, tornou-se um movimento artístico e sociocultural no Brasil. Após o golpe militar em 1964, a música popular desempenhou um papel fundamental na resistência estética e cultural ao clima político instalado. A música continuou a desempenhar um papel importante no trabalho de Oiticica em seus anos de Nova York, onde assistiu a concertos de rock no Fillmore East. A exposição apresenta uma lista de reproduções de músicas inspiradas por compositores e músicos do período de vigência da “Tropicália”, como Caetano Veloso e GiIberto Gil, além dos músicos do rock and roll em especial Jimi Hendrix, de quem Oiticica se inspirou na década de 1970.

 

 

Apoios e curadoria

 

Esta exposição foi organizada pelo Whitney Museum of American Art, Nova York; Carnegie Museum of Art, Pittsburgh e o Art Institute of Chicago. “Hélio Oiticica: Organizar Delirium” tem curadoria de Lynn Zelevansky; Henry J. Heinz II; Carnegie Museum of Art; Elisabeth Sussman, curadora e curadora de fotografia de Sondra Gilman; Whitney Museum of American Art; James Rondeau, presidente e diretor de Eloise W. Martin; Art Institute of Chicago; Donna De Salvo, diretora adjunta de Iniciativas Internacionais e Curadora Sênior, Whitney Museum of American Art; com Katherine Brodbeck, curadora associada, Carnegie Museum of Art. O apoio à turnê nacional desta exposição é fornecido pela Fundação Andy Warhol para as Artes Visuais e o National Endowment for the Arts. Apoiado em Nova York, pelo Comitê Nacional do Whitney Museum of American Art. Conta ainda com o apoio generoso fornecido pela Art & Art Collection, Tony Bechara; a Garcia Family Foundation e a Juliet Lea Hillman Simonds Foundation. O suporte adicional é fornecido pela Evelyn Toll Family Foundation. O Fundo de Exposição da Fundação Keith Haring também oferece apoio genérico de doações.

 

 

Até 01 de outubro.