Rio de Janeiro indígena

08/mai

O Museu de Arte do Rio apresenta “Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”, uma mostra sobre a história do estado do Rio como história indígena. Concebida a partir da colaboração de povos, aldeias e indígenas que residem no estado ou na capital carioca, a exposição é fruto de diálogos conduzidos entre 2016 e 2017 pela equipe de pesquisa, curadoria e educação do MAR. Esses encontros eram abertos ao público e foram realizados no museu e nas aldeias envolvidas.

 

“Dja Guata Porã” traz obras, vídeos, fotografias e outros dispositivos criados pelos indígenas para a exposição, entrecruzados com documentação e iconografia histórica sobre algumas das mais importantes questões dessa história. Uma grande linha do tempo contextualiza conceitos, períodos e acontecimentos, enquanto quatro núcleos lançam luz sobre povos e indígenas que hoje habitam o estado do Rio: os Guaranis, os Puris, os Pataxós e os indígenas que moram em contexto urbano, a exemplo da Aldeia Maracanã.

 

Ao mesmo tempo, cinco estações concebidas com a colaboração de Josué Kaingang, Eliane Potiguara, Anari Pataxó, Niara do Sol e Edson Kayapó abordam temas que atravessam épocas e povos, denotando sua relevância para a história cultural e de resistência dos povos indígenas: educação, comércio, arte, natureza e mulher. “Dja Guata Porã” convoca e busca potencializar a dimensão polifônica da diversidade cultural dos povos que fazem, histórica e atualmente, a história do Rio de Janeiro e do Brasil.

 

A curadoria é de Sandra Benites, José Ribamar Bessa, Pablo Lafuente e Clarissa Diniz. “Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena” tem o apoio da Repsol.

 

 

 

De 16 de maio a 04 de março de 2018.

Tendência: Wine Paint

O Riso Bistrô, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, oferece noite lúdica e harmoniza arte e vinho em parceria com a Vinho & Co. O Wine Paint, inspirado no Paint Nite, nova iorquino, com a participação de Rogério Fernandes, um dos expoentes da nova geração da arte contemporânea  brasileira. Além de incentivar, ele irá orientar os participantes a pintarem as suas próprias telas. A ideia é aguçar a criatividade de cada um vivenciando esta experiência acompanhada dos selecionados vinhos. Este encontro, com vagas limitadas, vai ocorrer no pátio externo do bistrô e em seu salão interno no próximo dia 09 de maio. Cada pessoa ganhará material especial para pintura, além de um exclusivo avental assinado pelo pintor e vai poder levar sua obra de arte para casa.

 

Para entusiasmar os novos pintores, vinhos, como o Inês Rosê – inspirado nas praias do Mediterrâneo – e o espumante Adolfo Lona Brut Branco Charmat serão degustados e acompanhados de comidinhas assinadas pelo chef João Frankenfeld. Entre elas, crocantes chips de batata doce, acompanhados de um saboroso e leve couscous de couve-flor e um dos clássicos do bistrô: o Canapé Z – receita de família do chef, com inspiração na gastronomia alemã.

 

O ambiente do Riso Bistrô – misto de galeria de arte e restaurante de cozinha contemporânea – idealizado pelos sócios Jorge de Sá e Daniella Santos – também vai servir de inspiração para os participantes do Wine Paint. Obras de arte estão expostas em vários locais, como na parte externa, que remete às varandas e jardins de inverno dos cafés de Paris.

 

Piauiense radicado em Minas Gerais, Rogerio Fernandes é reconhecido internacionalmente por causa de seus muralismos, telas, gravuras e produtos diversos. Como designer, trabalhou como diretor de arte em agências de publicidade. Após este período, a arte tornou-se sua grande paixão.Seu estilo tem grande influência da xilogravura de cordel com tons de realismo fantástico. Algumas vezes estabelece conexões e diálogos que interagem com a história da arte mundial e seus ícones, em uma junção da arte contemporânea com personagens do imaginário popular. Um dos artistas mais completos de sua geração, Rogério Fernandes alcançou visibilidade como muralista, cenógrafo escultor e pintor. O artista tem em seu currículo inúmeras exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Ao final, os convidados levam sua obra de arte e um avental assinado pelo artista.

Pinturas de Gais Ama

04/mai

A Artur Fidalgo galeria, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Desculpe o transtorno, estamos trabalhando para sua melhor comodidade” do artista Gais Ama com curadoria de Vanda Klabin. A mostra contará com fotomontagens e pinturas feitas através do recolhimento de ícones do passado como recortes de revistas que rementem aos anos 1950 e 1960. A exposição apresenta um conjunto de obras inéditas intituladas pelo próprio artista de fotomontagens e pinturas. Gais Ama criou um novo espaço para a sua arte transitar, ampliando o campo de sua poética: aqui o seu trabalho se constrói a partir do recolhimento dos restos de um passado, da apropriação de ícones jornalísticos, recortes de revistas como O Cruzeiro e Manchete, que remontam aos anos 1950 e 1960, que recebem também uma intervenção de tinta acrílica.

 

De 04 de maio a 05 de junho.

Rodrigo de Castro, primeira individual

A Um Galeria, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, inaugura, no dia 09 de maio, a primeira exposição individual no Rio de Janeiro do artista plástico Rodrigo de Castro. Com curadoria de Vanda Klabin, serão apresentadas cerca de 15 pinturas inéditas, em óleo sobre tela, produzidas este ano. Mineiro, o artista atualmente vive em São Paulo e é filho do consagrado escultor Amilcar de Castro.  

 

“Ao longo de dezessete anos de atividade artística, a sua gramática pictórica se transformou em um campo fértil de pesquisa e inovações. O artista investiga a relação fluida dos campos cromáticos, contrapõe ritmos e problematiza o espaço interno aliado a um rigoroso jogo de derivações geométricas”, afirma a curadora Vanda Klabin, que acompanha a trajetória de Rodrigo há muitos anos, pois era muito próxima de seu pai, de quem fez diversas curadorias.

 

Rodrigo de Castro participou de importantes exposições coletivas no MAM Rio, no Centro Cultural São Paulo e na Funarte, onde foi premiado no 11º Salão Nacional de Artes Plásticas, na década de 1990. Dentre seus projetos futuros, está a exposição “5 artisti brasiliani geometria”, que será realizada em novembro, no Palazzo Pamphilj, em Roma. A exposição, que também terá a participação de Maria-Carmen Perlingeiro, Suzana Queiroga, Luiz Dolino e Manfredo de Souzanetto, seguirá para a Casa-Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa, em 2018.

 

 

 

Obras em exposição

 

Rodrigo de Castro apresentará sua mais recente produção, em que dá continuidade à pesquisa com as cores e o espaço, que vem desenvolvendo desde o início de sua trajetória. As linhas, as cores e as formas são elementos presentes em suas pinturas. “São diálogos com as áreas de cor, com a proporcionalidade delas”, explica o artista.

 

A maioria das pinturas possui cores fortes e vibrantes, mas haverá também algumas obras em preto e branco e outras com pequenos pontos de cor. “Como componente essencial, a cor é tratada pelas suas qualidades visuais, seja para organizar a superfície da tela, seja para dinamizar o ritmo da construção e da geometria, com infinitas possibilidades de ordenação do espaço. A construção de extensas áreas cromáticas, indicativas de suas luminosidades e contrastes, traz a predominância das cores primárias – vermelho, azul e amarelo – ou as não cores, preto, cinza e branco”, diz a curadora.

 

Além de formas geométricas e de grandes áreas de cor, linhas finas, com cores diversas, também estão presentes em várias pinturas. “As linhas não dividem as áreas, elas na verdade marcam ou delimitam mais a geometria, o estudo das áreas, as formas”, afirma o artista. A curadora Vanda Klabin completa: “A constante presença das linhas negras ou coloridas, dispostas de forma horizontal ou vertical, não representa linhas de força, mas serve para acentuar as relações métricas proporcionais e amplificar as zonas cromáticas. Todos os elementos que compõem o quadro tendem a se contrair ou a se dilatar até encontrar o seu equilíbrio, formando uma superfície homogênea, um verdadeiro plano geométrico”.

 

O artista destaca que suas pinturas possuem poucos elementos, mas que estes “conversam entre si”, sendo cada um deles fundamental para a construção do quadro. Seu processo de trabalho é longo. “Uso tinta a óleo, que demora para secar, então é um trabalho lento. Além disso, antes de pintar, há uma fase de estudo das cores, que não saem direto do tubo de tinta. O azul, por exemplo, misturo muito até chegar na tonalidade que quero, assim como o amarelo”, conta o artista.  

 

Rodrigo de Castro teve muitas influências em sua trajetória artística. “A formação do seu olhar tem referências culturais no ideário da tradição construtiva e na linguagem geométrica do neoplasticismo. Encontra ressonâncias nas obras de artistas que pontuaram a vanguarda da contemporaneidade, como Kazimir Malevich, Piet Mondrian, Josef Albers, Henri Matisse, Mark Rothko, entre outros. Rodrigo de Castro manifesta sua profunda admiração por Claude Monet e Vincent van Gogh – pela intensidade da cor de um lado e a poesia da luz, de outro. Segundo o artista, ambos realizam a mesma coisa: acordes perfeitos de luz e cor”, conta Vanda Klabin. Rodrigo ressalta que também recebeu influências do pai e de artistas amigos dele com os quais conviveu desde a infância. No entanto, ao longo de sua trajetória, foi criando uma linguagem própria. “Pintura é uma atividade solitária. Com o tempo, você vai deixando de lado as influências e descobrindo um caminho próprio”, diz o artista.

 

 

Sobre o artista

 

Rodrigo de Castro nasceu em Belo Horizonte, em 1953. Vive e trabalha em São Paulo. Iniciou sua carreira na década de 1980. Sua pintura é rigorosa, sugere precisão. Mas ele recusa a associação de seu trabalho com o matemático e o científico. Gosta do que chama de geometria sensível. Arte que vem da sensibilidade. Acredita que a vivência essencial do artista é com sua alma e consciência. Considera essencial nesse processo: a importância da prática, defende que o fazer ensina, que teoria só ensina teoria. Seu desafio é ser mais do que reprodução de uma teoria. O artista experimenta relações de cores, desequilíbrios, harmonia e estruturas não complementares. No geral, suas pinturas são produto de estudos. Pesquisa cujo ponto de partida é a busca de construção com áreas de cor que instalem relações de contraste, profundidade, vibração luminosa e espaciais. Artista premiado, no 11º Salão Nacional de Artes Plásticas, Funarte, no Rio de Janeiro e agraciado com o Prêmio Principal, no 13º Salão de Arte de Ribeirão Preto, Rodrigo de Castro participou de diversas mostras individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, entre elas, uma exposição no MAM Rio, na década de 1990, ao lado de artistas como Nuno Ramos, Carlito Carvalhosa, Paulo Pasta, entre outros.

 

 

Sobre a curadora

 

A carioca Vanda Klabin é formada em Ciências Políticas e Sociais pela Puc/Rio e em História da Arte  e arquitetura  pela UERJ. Fez pós-graduação em Filosofia e História da Arte (PUC/Rio). Trabalhou como coordenadora adjunta da Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 anos; diretora  geral do Centro de Arte Contemporânea Hélio Oiticica e coordenadora assistente do curso de pós graduação  em História da  Arte e Arquitetura  da PUC/Rio por muito  anos. Realizou diversas mostras coletivas  tais como A Vontade Construtiva na Arte Brasileira, 1950/1960, Art in Brazil 1950/2011, Festival Europalia – Palais des Beaux- Arts (Bozar) – Bélgica, Bruxelas, Outubro 2011, entre muitas outras. Responsável pela curadoria e montagem de diversas exposições de artistas nacionais e internacionais como: Iberê Camargo, Alberto da Veiga Guignard, Eduardo Sued, José Resende, Carlos Zilio, Frank Stella, Antonio Manuel, Mira Schendel, Richard Serra, Luciano Fabro, Mel Bochner, Guilhermo Kuitca, Amilcar de Castro, José Resende, Walter Goldfarb, Nuno Ramos, Jorge Guinle, Antonio  Bokel, Laura Belém, Niura Bellavinha, Alexandre Mury. Fernando de la Rocque, André Griffo, Joana Cesar, Leonardo Ramadinha,  Luiz Aquila, Alfredo Volpi,  Henrique Oliveira, Antonio  Dias, Lucia Vilaseca, Daniel Feingold, André Griffo, Maritza Caneca, Renata Tassinari, Célia Euvaldo,  entre outras.

 

 

Sobre a galeria

 

A Um Galeria foi inaugurada em dezembro de 2015, pela colecionadora Cassia Bomeny, com o objetivo de apresentar arte contemporânea, expondo artistas brasileiros e internacionais. A galeria trabalha em parceria com curadores convidados, procurando elaborar um programa de exposições diversificado. Tendo como característica principal oferecer obras únicas, associadas a obras múltiplas, sobretudo quando reforçarem seu sentido e sua compreensão. Explorando vários suportes – gravura, objetos tridimensionais, escultura, fotografia e videoarte. Com esse princípio, a Um Galeria estimula a expansão do colecionismo, com base em condições de aquisição, bastante favoráveis ao público. Viabilizando o acesso às obras de artistas consagrados, aproximando-se e alcançando um novo público de colecionadores em potencial. A galeria também abre suas portas para parcerias internacionais, com o desejo de expandir seu público, atingindo um novo apreciador de arte contemporânea, estimulando o intercâmbio artístico do Brasil com o mundo.

 

 

De 09 de maio a 24 de junho.

Fotógrafos internacionais

03/mai

A exposição “Face a face com grandes fotógrafos”, do artista chinês Zhong Weixing, que estreia dia 11 de maio no Museu Histórico Nacional, Praça Marechal Âncora, s/n, Centro, Rio de Janeiro, RJ, traz ao país obras realizadas em um ambicioso projeto desenvolvido pelo artista desde 2015. Fotógrafo e colecionador de arte, Zhong, especialista em capturar paisagens e detalhes de viagens, foca neste projeto um outro cenário: os maiores nomes da fotografia contemporânea mundial.

 

Com curadoria de Jean-Luc Monterosso e Milton Guran, a exposição traz retratos feitos em estúdio de nomes como os brasileiros Sebastião Salgado, Miguel Rio Branco e Vik Muniz, além de feras internacionais como Robert Frank, Bernard Plossu, Duane Michals, Cristina de Middel, Martin Parr e William Klein, entre outros. A ideia é buscar a personalidade do fotógrafo por trás das lentes. Depois de mergulhar intensamente na obra do autor ou autora que tem diante de si, Zhong nos oferece uma visão plural e uma interpretação bastante pessoal do retratado, como fragmentos da obra destes autores.

 

A inspiração de Zhong Weixing para a realização deste projeto vem do ano de 1851, de uma séria criada pelo caricaturista francês Félix Nadar, que planejou fazer um retrato das celebridades de seu tempo, em quatro pranchas litográficas. Somente uma ficou pronta, na qual retratava mais de 250 escritores e jornalistas, e que entrou para a história como o Panteão Nadar.

 

 

Fotógrafos retratados na exposição

 

Alain Fleischer, francês, vive e trabalha na França. Fresnoy, 2016; Alberto Garcia Alix, espanhol, vive e trabalha na Espanha. Paris, 2016; Andres Serrano, norte-americano, vive e trabalha nos Estados Unidos. Paris, 2016; Arno Rafael Minkkinen, finlandês, vive e trabalha nos Estados Unidos. Paris, 2017; Bernard Faucon, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Bernard Plossu, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Bruno Barbey, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Christine Spengler, francesa, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Cristina De Middel, espanhola, vive e trabalha no México e no Brasil. Paris, 2016; Daido Moriyama, japonês, vive e trabalha em Tóquio. Tóquio, 2016; Duane Michals, norte-americano, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Elliott Erwitt, norte-americano, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Gianni Berengo Gardin, italiano, vive e trabalha em Milão. Milão, 2016; Harry Gruyaert, belga, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Jean-Pierre Laffont, francês, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Joan Fontcuberta, espanhol, vive e trabalha em Barcelona. Paris, 2017; JR, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Klavdij Sluban, esloveno, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Martin D’Orgeval, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Martin Parr, inglês, vive e trabalha na Inglaterra. Paris, 2016; Martine Barrat, francesa, vive e trabalha em Nova York. Paris, 2016; Miguel Rio Branco, brasileiro, vive e trabalha no Brasil. Paris, 2016; Neal Slavin, norte-americano, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Nobuyoshi Araki, japonês, vive e trabalha em Tóquio. Tóquio, 2016; Orlan, francesa, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Patrick Zackmann, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Pierre et Gille, franceses, vivem e trabalham em Paris. Paris, 2017; Ralph Gibson, norte-americano, vive e trabalha em Nova York. Paris, 2016; Robert Frank, suíço, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Sabine Weiss, suíça, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Sebastião Salgado, brasileiro, vive e trabalha em Paris. Paris, 2015; Valérie Belin, francesa, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Vik Muniz, brasileiro, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Paris, 2016; Vincent Perez, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; William Klein, norte-americano, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Yann Arthus-Bertrand, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016.

 

 

Sobre Zhong Weixing

 

Nascido na província de Chengdu, na China, em 1962, é colecionador de arte e fotógrafo, membro da China Photographers Association e presidente da Chengdu International Photography Exchange Association. Seu trabalho é regularmente publicado pelas revistas China Photography, PIXEL, Tibet Geographic, dentre outras. Entre as obras assinadas pelo artista estão: Peru Photographic Travelogue – Woodstock on the Summit, Sri Lanka Photographic Travelogue – A Momentary Reincarnation, Madagascar Photographic Travelogue, Carnet de Route Photographique, Obscure Sky with Yellow Land e Lost Paradise, com a qual ganhou o Grand Jury Prize no 12th Pingyao International Photography Festival em Pingyao, China.

 

 

Texto dos curadores

 

Um panteão de fotógrafos

 

Em 1851, o caricaturista francês Félix Nadar, antes de fazer fama como fotógrafo, se propôs a desenhar o retrato das celebridades do seu tempo e apresentar o conjunto em quatro pranchas litográficas em formato de panorâmica. Destas, apenas a primeira foi efetivamente publicada, em 1854, reunindo mais de 250 escritores e jornalistas. Assim nascia o chamado Panteão Nadar. É nessa linha de ação que se inscreve o trabalho de Zhong Weixing. Em 2015, ele começou a fotografar, de forma sistemática, os maiores fotógrafos da cena contemporânea. Renovar o gênero do retrato, eis o desafio que Zhong se propôs.

 

Trabalhando em estúdio, ele utiliza quase sempre um fundo negro e luz difusa. Instalado diante do seu modelo, realiza uma série fotos através das quais tenta, não exatamente revelar a pessoa por trás da personagem, mas sobretudo o fotógrafo por trás da pessoa. Seus retratos surgem como se fossem, eles mesmos, fragmentos da obra desses autores. A participação ativa dos retratados, que propicia um diálogo construtivo entre os dois fotógrafos, ao invés de uma confrontação, caracteriza o que poderíamos chamar de simbiose criativa de Zhong Weixing. O conjunto dessas imagens se constitui, portanto, em um painel excepcional da fotografia contemporânea. Um panteão sem dúvida mas, sobretudo, uma homenagem vibrante a todos aqueles que fazem da fotografia uma arte maior do nosso tempo.

 

Jean-Luc Monterosso e Milton Guran

 

 

De 11 de maio a 16 de julho.

Guerreiro: 50 anos de profissão

Para comemorar 50 anos de profissão, o fotógrafo Antonio Guerreiro vai expor no famoso Bar Lagoa, Rio de Janeiro, RJ, a partir desta terça-feira, dia 02 maio, retratos de 50 belas e incríveis mulheres cariocas – seja ela de nascimento, adoção ou vocação. “Meninas do Rio” terá imagens em preto e branco e sem retoques, diz o fotógrafo:

“ – Sou de um tempo em que não existiam silicone, botox nem photoshop”.

 

Mulheres famosas ou ícones da beleza nacional como Leila Diniz, Tônia Carrero, Zezé Motta, Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil), Luiza Brunet, Gal Costa, Maria Bethânia, Marília Pêra, Glória Pires e Suzana Vieira dentre outras, estarão em exibição.

 

Do retrato de Marília Pêra, sorrindo com a mão no queixo, ele só se recorda que foi feito “na casa onde ela morava com o Nelsinho Motta, quando eram casados”. Guerreiro fotografou várias capas de Gal Costa, inclusive a do LP “Índia”, censurada pela Ditadura. A imagem dela que estará na exposição, no entanto, é outra. Dela, ele lembra que a fotografia foi realizada em 1985 para a capa da “Vogue”, quando ele era o fotógrafo da revista. O título da reportagem era: “Sex Symbol”.

Coleções do MAM-Rio

02/mai

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta, a partir do próximo dia 6 de maio, com entrada aberta ao público, a exposição “A volta das coleções do MAM”, com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, que reúne quase 100 obras em séries, conjuntos, múltiplos, sequências e associações de 24 artistas de diferentes nacionalidades e gerações. Para os curadores, a exposição permite ao visitante uma compreensão dos processos poéticos desses artistas.

 

Os artistas presentes na exposição são: os brasileiros Alair Gomes, Antonio Dias, Antonio Manuel, Athos Bulcão, Cabelo, Carlos Zilio, Geraldo de Barros, Gilvan Samico, Ivan Grilo, Jac Leirner, Mário Fontenelle, Milton Machado, Raymundo Collares, Rosangela Rennó, Vicente de Mello e  Waltercio Caldas; os alemães Bernd & Hilla Becher, Grete Stern, Josef Albers, Wolf Vostell; a norte-americana Diane Arbus; o taiuanês Hsieh Tehching  e o espanhol Juan Pratginestós.

 

Todos os trabalhos pertencem às três grandes coleções do Museu – a própria, a de Gilberto Chateaubriand e a de Joaquim Paiva, que somam mais de 16 mil obras. Com a abertura desta exposição, o terceiro andar do MAM passa a ser destinado,  exclusivamente, à exibição de seu acervo.

Patrocínio: Lei de Incentivo à Cultura e mantenedores do MAM: Petrobras, Bradesco Seguros, Rede D´Or São Luiz e Organização Techint. Realização: Ministério da Cultura, Governo Federal – Ordem e Progresso.

 

 

De 06 de maio a 06 de agosto.

 

Ibeu 80 anos

25/abr

Bairro com vocação artística que abriga ateliês e a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, o Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, ganhará um reforço de peso no início do mês de maio, quando a tradicional Galeria de Arte Ibeu, abre suas portas em uma casa da Rua Maria Angélica. Motivos para comemorar, há de sobra: trata-se da exposição que marca os 80 anos do Ibeu, “A Insistência Abstrata, nas coisas”, mostra coletiva com acervo do Ibeu e curadoria de Cesar Kiraly.
Foram selecionadas onze obras emblemáticas dos artistas Anna Maria Maiolino, Bruno Belo, Claudia Hersz, Eloá Carvalho, Gisele Camargo, Lena Bergstein, Manoel Novello, Paula Huven, Raul Leal, Rosângela Rennó e UbiBava. “O acervo da Galeria foi obtido através de doações dos artistas que nela expuseram ao longo dos anos. Isso fornece à coleção um caráter intensamente afetivo”, avalia Kiraly. Para ele, o maior desafio é o de estabelecer um sentido combinado, que não existiria sem a sua imaginação. Como o nome indica, nesta “A Insistência Abstrata, nas coisas” são privilegiadas obras abstratas, algumas delas inéditas, de artistas que fazem parte do cânone da arte brasileira, como Ubi Bava, Anna Maria Maiolino e Lena Bergstein, combinadas com as de artistas abstratos contemporâneos, que recentemente tiveram individuais no Ibeu, como Manoel Novello e Gisele Camargo.

 

“A intenção é mostrar como os objetos abstratos estão presentes no cotidiano, e como fazem parte da materialidade das coisas, peças de construção da vida comum. A relação entre as figuras tem a ver com a resistência do abstrato, mas também com o empréstimo lírico de um registro para o outro. O abstrato ora segura o fôlego, como na pequena tartaruga do Bruno Belo, ora aporta no âmbito conceitual, na maleta ‘duchampiana’ da Claudia Hersz”, complementa o curador.
A história da galeria
A Galeria em Copacabana foi inaugurada em março de 1960. Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, IberêCamargo, Josef Albers, Alexander Calder, Antonio Manuel, Lygia Pape, Artur Barrio, entre muitos outros ícones, já tiveram seus trabalhos expostos por lá. Nas décadas anteriores, antes da inauguração do espaço em Copacabana, o Ibeu promovia arte através de parcerias com espaços como o Instituto dos Arquitetos do Brasil, Ministério da Educação e Associação Brasileira de Imprensa.

 

 

Acessibilidade e mesma área expositiva mantida em projeto de arquiteto
No novo espaço de 52m², projetado pelo arquiteto Maurício Castello Branco e iluminado por Rogério Emerson, não houve perda de área expositiva linear em relação à estrutura anterior, em Copacabana. Além disso, o acesso ficou bem mais fácil e a sinalização externa foi beneficiada pelo fato de estar instalada em uma casa.
Programação do ano já está definida
Segundo Renata Pinheiro Machado, Gerente Cultural do Ibeu, a Nova Galeria de Arte Ibeu contará com projetos de exposições individuais e coletivas, mantendo sua história nas artes visuais, que começou em 1940. “Nomes como o de Julia Kater e Pedro Tebyriçá figuram entre os aprovados no edital de ocupação de 2016/2017, como também o de Maria Fernanda Lucena, premiada na última coletiva “Novíssimos”. Aliás, o próprio Salão de Artes Visuais Novíssimos 2017 tem data de abertura marcada entre julho e agosto”.

 

 

 

De 02 de maio a 09 de junho.

Na Athena Contemporânea

24/abr

A galeria Athena Contemporânea apresenta, a exposição “A ponte (onde ele disse que não posso ir)”, com cerca de 20 obras inéditas da artista carioca Joana Cesar, inspiradas no trajeto feito diariamente por ela entre o Jardim Botânico e o Jockey Clube, na zona sul do Rio de Janeiro. Com curadoria de Germano Dushá, serão apresentadas colagens, fotografias, uma videoinstalação e dois vídeos da artista, que sempre teve a paisagem urbana como inspiração de suas obras.

 
Há cerca de dois anos, Joana Cesar fez a pé o trajeto de um quilômetro entre o Jardim Botânico e o Jockey Clube. Ao passar por lá, ela sentia uma sensação estranha, algo que não sabia explicar e começou a fazer diariamente esse mesmo percurso em busca de respostas. As obras que serão apresentadas na exposição fazem um “mapeamento” dessa área, que a artista passou a chamar de “ponte”, pois ali é uma grande reta, cercada por muros dos dois lados, onde não há prédios ou comércio. “As pessoas usam aquele trajeto para cruzar de um lugar a outro, como uma ponte. Esse trajeto tem a função de ligar dois bairros”, explica a artista, que, mais tarde, pesquisando, descobriu que debaixo da via passa um rio, dando mais sentido ao apelido de “ponte”.

 
“Se a ponte conecta, inevitavelmente, também se coloca como a medida da distância. Joana trafega pelas pontes — materiais, metafóricas ou mentais — com obstinação. Nesse processo de aventura e repetição, a artista parece querer dissecar tudo que lhe diga respeito, tanto o quanto lhe seja possível. Mas não para que possa entender integralmente cada aspecto do caminho, e sim para que possa vislumbrar a terrível — e implacável — dimensão do distanciamento. O hiato entre partida e chegada, entre ocorrência e percepção, entre código e decifração”, ressalta o curador Germano Dushá.

 
Em certo momento, após muitas caminhadas, a artista lembrou de um vídeo que havia feito há cerca de 15 anos, exatamente naquele local. Ela estava de carro, quando viu uma figura estranha, que chamou a sua atenção e a fez descer do veiculo. “Era um louco, que usava sandálias de cores diferentes, vestia uma calça molhada de xixi, puxava um galão… Fui andando atrás dele, seguindo e filmando todo o seu trajeto. Em certo ponto, ele parou, sentou no galão que carregava, tirou um espelho da calça e começou a olhar o mundo, o entorno, os ônibus que passavam, através daquele espelho”, conta Joana Cesar. “É com isso que ele cessa o caminhar. É por ali que ele passa a ver o mundo e encarar o outro. O espelho é seu dispositivo de contemplação. O espelho é sua fresta”, afirma o curador. A única palavra que a artista trocou com o andarilho foi quando perguntou seu nome, ao que ele respondeu: José Carlos Telefônica Mundial.

 
Na exposição, a artista apresentará o filme feito na época, que será mostrado em uma videoinstalação composta por duas televisões colocadas lado a lado: na da direita passará o vídeo como foi produzido e na da esquerda esse mesmo vídeo aparecerá como se estivesse sendo visto através de um espelho. “O vídeo mostra o real e o espelhamento o real, a fantasia”, diz Joana Cesar.

 
A exposição terá, ainda, seis colagens, com papeis e materiais diversos, em que a artista mistura o mapa real desse trecho do bairro do Jardim Botânico com a sua imaginação, com as suas memórias. “Não uso tinta, são colagens e os elementos, para mim, podem representar cor ou informação, significação. Desta forma, se uso um pedaço de fronha em meu trabalho, isso é para significar algo que dá conforto”, explica a artista.

 
Haverá, também, fotografias feitas por ela nesse entorno e dois pequenos vídeos feitos no Jardim Botânico em que a artista começou a filmar o que chamou de “natureza transtornada”. Nessas filmagens, ela registra fenômenos naturais que, a principio, não tem explicação, como, por exemplo, uma moita em que somente uma das folhas se mexe com o vento.

 

“São colagens, fotografias e vídeos que existem por vias objetivas e outras menos claras. Mas em tudo fica marcada a autonomia da artista em suas andanças, e suas relações mais intensas com a imaginação possível, a fantasia extravagante, impregnada na rua. São ações que dão conta do momento em que o acontecimento, o evento, se abre para quem quiser o perceber”, diz o curador.

 
Durante o período em que fazia a travessia, a artista descobriu um conto da Clarice Lispector chamado “Amor”, que faz parte do livro “Laços de Família”, que fala de uma mulher que, de dentro do bonde, vê um cego mastigando chiclete que lhe chama a atenção, que a deixa transtornada, assim como Joana Cesar ao ver o andarilho. A história se desenrola com a mulher andando justamente no trajeto feito insistentemente por Joana nos últimos dois anos. Partes desse conto estarão nas colagens.

 

 

 

Sobre a artista

 
Joana Cesar nasceu em 1974, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Cursou filosofia, jornalismo e cinema, fazendo, paralelamente, diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. O desenvolvimento de seu trabalho em ateliê a leva, em 2003, para as ruas da cidade, onde passa a usar muros, calçadas, postes e viadutos como suporte para sua escrita em código, inventada na infância. Em 2012, foi selecionada para o Programa de Aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Já realizou três exposições individuais na Athena Contemporânea: “Nome” (2014), “Voragem (2013) e “Fuga>Lenta” (2012). No ano passado, participou da exposição “Ao amor do público”, o Museu de Arte do Rio, que possui obras da artista em seu acervo. Participou, ainda, das mostras “Da escrita, Delas, Elas” (2015), no Museu da República; “6ª Bienal de Arte de Búzios (2013); “Gramáticaurbana” (2012), no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Ainda em 2012, foi convidada para participar da II Bienal Mundial da Criatividade, no Rio de Janeiro, e fez grande intervenção nos braços de sustentação da Avenida Perimetral.

 

 
Sobre a galeria

 
A Athena Contemporânea foi fundada em 2011 pelos irmãos Eduardo e Filipe Masini como um espaço inovador de criação, discussão e divulgação de arte contemporânea. Mais do que um espaço expositivo, a galeria se posiciona como lugar de pesquisa, de aprofundamento conceitual e de trocas artísticas, buscando sempre iniciativas inovadoras. A galeria vem se firmando como uma das mais destacadas no cenário brasileiro, representando conceituados e promissores artistas nacionais e internacionais, e investindo em parcerias com curadores e instituições para o desenvolvimento da carreira de seus artistas.

 

 
De 27 de maio a 17 de junho.

Oitis 55 no MAM Rio

O MAM Rio e o SEBRAE apresentam a exposição “Oitis 55 – Um Retrato do Design Carioca”, que reúne projetos desenvolvidos pelo coletivo Oitis 55, formado por 21 empresas de design contemporâneo do Rio de Janeiro. São 80 peças, dentre, mobiliários, acessórios, utilitários e objetos de decoração. “Com esta exposição, o MAM Rio dialoga com a experiência do trabalho coletivo, na qual a reunião de diversos talentos estimula a criatividade e a originalidade dos projetos, marcas importantes do nosso design”, explica Tulio Mariante, curador de design do Museu.

 

 

Oitis 55
O Oitis 55 é um grupo heterogêneo e jovem, inquieto, composto por 50 designers que vão de 25 a 56 anos, representando um novo modo de empreender design de produto, que enxerga o design como agente transformador e de qualidade de vida, e trabalha com apoio mútuo e cocriação, com fluidez, flexibilidade e transparência nos relacionamentos. Além de focar na consciência socioambiental e valorizar a produção local, propõe formas diferentes de relacionamento com as pessoas e com o mercado, pensando o design com calma e afeto. Independentes, trabalham sua gestão de forma orgânica e flexível, buscando se desenvolver por meio da troca constante de experiências e da construção de boas práticas e parcerias. Contando com o apoio do SEBRAE, em apenas três anos de existência já é reconhecido dentro e fora do país.
Resultado da rica troca entre os profissionais do grupo, os produtos são desenvolvidos por designers com diferentes formações e experiências. Em tempos em que o diálogo entre profissionais e usuários se faz essencial, os produtos são pensados para atender às necessidades das pessoas, sejam afetivas, funcionais ou ambas. Desde a escolha dos materiais aos processos de produção, o cuidado permeia todas as etapas e pode ser percebido por cada um dos envolvidos. Além da criação dos produtos, o Oitis 55 atua ativamente na prestação de serviços em diferentes áreas como desenvolvimento de produtos para indústria, cenografia, arquitetura & interiores e comunicação visual.

 

O grupo conta com um time capacitado de palestrantes e professores atuantes nas principais escolas e núcleos de design do Rio de Janeiro.

 

“Sem produzir excedentes, utilizando produção por demanda ou em pequenos lotes, com produtos numerados e com o cuidado e o acabamento da produção artesanal aliada a tecnologias de produção recentes, o grupo busca levar da maneira mais direta possível seus produtos ao mercado e ao consumidor final”, explica Felipe Rangel, um dos fundadores do Oitis 55. Estão previstas palestras, visitas guiadas e conversa com arquitetos durante a mostra.

 

 

Até 14 de maio.