Anselm Kiefer Paintings

03/jun

A White Cube São Paulo, Vila Mariana, exibe até o dia 20 de junho a primeira exposição individual de Anselm Kiefer no Brasil. O consagrado artista alemão – que no ano passado ganhou uma grande retrospectiva na Royal Academy de Londres e é frequentemente apontado pela crítica como um dos maiores nomes da arte contemporânea mundial – apresenta uma série de cinco pinturas em grande formato, nas quais explora temas como História, política, paisagem e, em particular, o Plano Morgenthau.

 
Proposto em 1944 pelo Secretário do Tesouro Americano Henry Morgenthau Jr, o plano foi concebido para transformar a Alemanha do pós-guerra em uma nação agrícola, pré-industrial, a fim de limitar a sua capacidade de fazer guerras. Um ato político polarizador que, na visão do artista, “ignorou a complexidade das coisas” e procurou dividir o país em dois estados independentes, anexando ou desmantelando todos os centros industriais germânicos.

 
Nesta mostra, Kiefer retorna à representação da paisagem rural e a um dos principais símbolos da sua pintura, flores desabrochando em meio a destruição e devastação. Nessas telas, que ecoam tanto a pintura romântica alemã como as paisagens turbulentas de Van Gogh, enormes e escuras extensões de vida vegetal – trigo ou flores – dominam dois terços da composição da pintura. Férteis, abundantes e matéricas, as plantas estão começando a desabar e decair, e são retratadas a partir de um ponto de vista de dentro da vegetação.

 
A noção alquímica e de transformação sempre foi central para a prática do artista e aqui Kiefer combina camadas empastadas de tinta acrílica com metal, sal e sedimentos eletrolíticos para criar superfícies não fixadas, que mudam fisicamente durante o curso de existência da pintura. Em uma obra intitulada “Plano Morgenthau: Saeculum Aureum”, de 2014, uma explosão de vegetação roxa e verde, pisada e em decomposição, contrapõe-se a um trecho de céu dourado, formado a partir do uso de folhas de ouro, enquanto em outros trechos o sulfato de cobre verde sugere áreas de nuvens densas ou bolsões de decadência orgânica. A abordagem singular de Kiefer aos materiais, bastante visível nestas obras, encena uma alquimia artística, criando superfícies experimentais, lúdicas e dinâmicas que estão constantemente em fluxo. As obras inspiradas em O Plano Morgenthau apresentam uma visão cíclica do passado e do futuro, parte de um processo reflexivo que aborda o absurdo característico da política e o poder inerente da paisagem, explorando a aguda contradição entre a beleza de uma paisagem pré-industrial e rural e a destruição de um futuro econômico por ela representado.

 
Conforme bem resumiu o jornal inglês The Guardian, por ocasião da exposição na Royal Academy, “…Kiefer é o mais resoluto dos artistas. Ele nunca se afastou do difícil e do sombrio; sua carreira é uma magnífica reprimenda para aqueles que pensam que a arte não pode lidar com os grandes temas, como história, memória e genocídio. No final, porém, o que fica com o espectador é o sentimento – esmagador, por vezes – que ele está sempre fazendo o seu caminho cuidadosamente em direção à luz.”

 

 
Até 20 de junho.

Mostra de Luiz Ernesto

02/jun

O artista visual Luiz Ernesto apresenta no OI Futuro Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, a mostra” EQUILIBRANDO-SE EM LUZ REVELAVA -SE”.  A curadoria é de Alberto Saraiva.

 

Artista plástico e ex-diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, desenvolve seu trabalho em diversos meios – desenho, pintura, objetos e fotografia, tendo como ponto de partida os objetos banais do cotidiano. O crítico Agnaldo Farias assim se referiu à obra do artista, durante uma exposição, em 1999: “As pinturas, desenhos e assemblages de Luiz Ernesto sempre se propuseram a animar as coisas de sua letargia para deixá-las transbordar, fazê-las abandonar seu estado inicial rumo a uma condição próxima”.

 

 

Até 07 de junho.

Colônia | Daniel Lannes na Baró

29/mai

A Baró Galeria, São Paulo, SP, anuncia a exposição “Colônia”, mostra individual de Daniel Lannes, em novo espaço nos Jardins. Avançando em sua pesquisa, Lannes exibe em São Paulo crônicas visuais que exprimem, além de seu fascínio pela figura humana, um rico panorama histórico do Brasil.

 

 

A exposição toma como ponto de partida a ideia de Brasil Colônia e se desdobra em imagens reveladoras de fatos e personalidades icônicas da história pós-colonial brasileira. Da vinda da Família Real Portuguesa, passando pela formação da República e chegando até os dias atuais. Daniel Lannes registra em suas pinturas a promiscuidade dos costumes e posturas remanescentes da comunhão entre colonizador e colonizado. Se antes o artista emprestava solenidade épica a cenas aparentemente corriqueiras; agora traz o desleixo cotidiano para cenas grandiosas do imaginário brasileiro.

 

 
Sobre o artista

 
Daniel Lannes nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1981, onde cursou comunicação social e desenho industrial. Além disso, estudou um ano na Universidade Estadual de Belas Artes de Nova York como bolsista e se tornou Mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ. Sua carreira se notabilizou pela representação metalinguística da obra de arte em seu espaço de consagração, e pela fusão do típico e folclórico com a iconografia popular mais recente.

 

 
De 30 de maio a 04 de julho.

Rodrigo Torres na SIM galeria

18/mai

O título da nova exposição do artista plástico Rodrigo Torres já sugere a experiência que as obras provocarão no público : “Trompe-l’oeil “. A mostra entra em cartaz na SIM Galeria, Batel, Curitiba, PR, e reúne  cerca de 30 obras que propõem dar início a construção de lugares fictícios através da manipulação de objetos do cotidiano; a ideia da mostra, não é narrar uma história, mas apenas sugerir uma narrativa, a criação de um possível lugar a partir de diferentes objetos.

 

Quase todas as obras da exposição foram criadas em 2015, e apenas uma delas, no ano 2014. Uma das obras se chama “Esquecidos”, onde o artista cria relações de invisibilidade ao trabalhar com giz pastel e lápis de cor sobre placas de vidro jateado.

 

“Trompe-l’oeil”  gira em torno dessa antiga técnica artística de pintura, que ao “pé da letra” significa enganar o olhar. Essa técnica cria uma ilusão óptica para apresentar formas que não existem de verdade, por meio de truques de perspectiva. Na exposição, objetos do cotidiano como vassoura, balde, extensão elétrica e até mesmo uma caixa de fósforo, que não costumam ser dignos de muita atenção, formam a base do pensamento das obras assinadas por Rodrigo Torres.

 

 

A palavra do artista

 

“Tipo esses filmes “baseado em fatos reais”, ou mesmo a ideia que temos de antigas civilizações a partir de achados arqueológicos. Por exemplo, apenas recentemente conseguimos visualizar as estátuas gregas como elas eram originalmente, ou seja, coloridas. Uma Grécia antiga repletas de estátuas branquinhas é uma ficção baseada nos fatos que conhecemos”.

 

“Entretanto, nessa exposição, não estou contando uma história, apenas sugerindo uma narrativa. Essa é a minha guia, num sentido mais espiritual talvez, que atravessa minhas exposições”.

 

“Os objetos em questão, não demandam olhares atentos. Dificilmente alguém vai se dar ao trabalho de olhar atentamente, por um minuto, para uma vassoura. Nós percebemos que ela está ali, que cumpre sua função e isso basta”.

 

“Por vezes pode não parecer, mas a minha linha de pensamento está enraizada na pintura e no desenho. Nessa exposição isso fica ainda mais claro. Me apoiei em alguns pilares da história da pintura, como as técnicas do trompe-l’oeil, natureza-morta e paisagem. Para além da técnica, vou buscar ocupar a galeria com vestígios de um lugar em construção e ao mesmo tempo passar uma sensação de abandono”.

 

 

Sobre o artista

 

Formado em pintura pela EBA-UFRJ, Rodrigo Torres trabalhou como assistente do artista plástico Luiz Zerbini entre 2006 e 2010. Participou de várias exposições, dentre elas: Volta NY, Nova Iorque, 2015; Frestas, Mostra Trienal das Artes, SESC Sorocaba, 2014; Parque das Transgressões, SIM Galeria, Curitiba, 2013 e Grana Extra, Paço das Artes, São Paulo, 2012. Recebeu o Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea em 2013 e o Prêmio Aquisitivo no 16º Salão UNAMA de Pequenos Formatos.

 

 

Sobre a SIM Galeria

 

Fundada em 2011 em Curitiba, PR, a SIM Galeria nasceu para atuar como um espaço difusor de arte contemporânea, exibindo artistas brasileiros e internacionais com investigações nos mais variados suportes:  pintura, fotografia, escultura e vídeo. Ao longo dos últimos três anos, a SIM foi palco de uma série de mostras individuais e coletivas organizadas por curadores convidados, como Agnaldo Farias, Jacopo Crivelli, Denise Gadelha, Marcelo Campos, Fernando Cocchiarale e Felipe Scovino. A galeria também é responsável pela assinatura de catálogos e outras publicações. A SIM ainda trabalha em conjunto com instituições brasileiras e estrangeiras com o intuito de promover exposições e projetos de artistas nacionais e internacionais.

 

 

 

Até 06 de junho.

Show off de Marcelo Stefanovicz

29/abr

O GRIS Escritório de Arte, Pinheiros, São Paulo, SP, abriu a exposição “Show Off”, do artista plástico Marcelo Stefanovicz, com curadoria de Paulo Azeco. A mostra é composta por 22 trabalhos – entre esculturas, fotografias e pinturas – que contam histórias e trazem a força do espontâneo como agente modificador e decisivo na elaboração das narrativas.
Em sua nova individual, Marcelo Stefanovicz constrói uma relação íntima com a imagem, seja ela autoral ou apropriada. “Minha inspiração surge de descobertas. Sendo assim, a própria ideia de descobrir é para mim a narrativa.”, comenta. Seu processo criativo é baseado na experimentação e na intuição, gerando novos significados em sua obra que, ao negar um objeto, o evidencia e enaltece ao mesmo tempo. Nas palavras do curador da mostra: “Sua imagem final é densa, cheia de camadas, induzindo o espectador a uma análise que compreende não só o que ali se apresenta, mas o processo de composição.”.

 

Utilizando este mesmo princípio estético de construção, alguns trabalhos de Marcelo Stefanovicz miram para o universo do design experimental, no qual objetos do cotidiano, encontrados aleatoriamente, são empregados como suporte ou meio para a execução da obra. Neste sentido, temos a série Parasitas, que trata dessa relação entre o design e a arte com mais evidência: a partir de lâmpadas e circuito elétrico, são criadas obras tridimensionais que, apesar de se valerem da mesma intervenção plástica e gestual de suas pinturas, continuam sendo lâmpadas e mantendo sua função primeira, qual seja a de propagar luz.
O trabalho de Marcelo Stefanovicz, ao ser revelado pelo ocultamento, trava um diálogo com a narrativa contemporânea, que busca seu discurso no questionamento individual, na omissão e negação. “A melhor história a ser contada, em alguns casos, pode ser aquela que é apenas sugerida.”, conclui o curador Paulo Azeco.

 

 
Até 23 de maio.

Andréa Facchini lança catálogo

17/abr

No próximo sábado, dia 18 de abril, às 16h30, a artista plástica , Andréa Facchini, vai lançar seu catálogo no Centro de Artes UFF, em Icaraí, Niterói. Haverá um bate papo com a curadora Marisa Flórido Cesar. O lançamento será às vésperas do encerramento da exposição “Alguma coisa atravessa pelos poros”. A mostra apresenta trabalhos inéditos, telas figurativas em acrílica de grandes a pequenas dimensões, desenhos e uma escultura. Os interessados poderão conferir a exposição individual até domingo, dia 19 de abril, também no Centro de Artes UFF, na Rua Miguel de Frias, 9, em Icaraí. A artista é representada pela Sergio Gonçalves Galeria, do Rio de Janeiro.

Santander : Artes Visuais I e II

16/abr

Santander  : Artes Visuais I

 

O Santander Cultural, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, apresenta o “RS Contemporâneo: CORPO SANTO”, através dos trabalhos de Felipe Caldas. A obra de Felipe Caldas expõe com determinação nos traços e forte intencionalidade um cruzamento tão comum ao brasileiro: elementos de diferentes religiões atendendo à mesma crença. Na exposição “CORPO SANTO”, Felipe alia com delicadeza técnica e vivências pessoais e entrega trabalhos carregados de signos comuns ao mesmo e a distintos públicos. Com curadoria do carioca Raphael Fonseca, o artista exibe no Santander Cultural pinturas, desenhos e uma escultura em bambu e papel.

 

 
Até 26 de abril.

 

 

 

Santander  : Artes Visuais II

 

 
Outra exposição do projeto “RS Contemporâneo” no Santander Cultural é “ o vento dissipa lembranças de uma realidade anterior”, de Leonardo Remor e curadoria de Bernardo Mosqueira. De Getúlio Vargas, no interior do Rio Grande do Sul, Leonardo Remor traz projeções de vídeo e um trailer caseiro em trabalhos que têm a intenção de comprovar os efeitos da passagem do tempo. Com transmissões ao vivo de pontos externos do Santander Cultural em diferentes escalas de tempo, a exposição “o vento dissipa as lembranças de uma realidade anterior”  faz com que o visitante ‘assista’ os efeitos da sua própria evolução temporal. As palavras do curador da mostra, o carioca Bernardo Mosqueira, são precisas: “são as pessoas e seus comportamentos aqui dentro que podem gerar interesse”.

 

 
Até 26 de abril.

Duas mostras no MAM-Rio

13/abr

O MAM- Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, inaugura duas duas exposições: a primeira mostra individual do consagrado artista mexicano Damián Ortega e “Ver e ser visto”, que abordará as relações entre arte, imagem e psicanálise.

 

O artista Damián Ortega, que se divide entre a Cidade do México e Berlim, apresentará no Espaço Monumental do MAM Rio a exposição “O fim da matéria”, com uma instalação inédita em que um grande cubo de isopor de cerca de 6mx6mx6m será transformado durante o período da exposição por um grupo de escultores anônimos brasileiros, que originalmente trabalham para o carnaval. Todos os dias eles irão retirar pedaços deste cubo para fazer esculturas que, juntas, funcionarão como uma espécie de inventário da história da escultura. Dentre as obras que serão feitas em isopor estão trabalhos de artistas como Alberto Giacometti, Louise Bourgeois, Jeff Koons, Henry Moore, Ernesto Neto, Rodin, entre outros. Esta é a primeira exposição individual do artista no Rio de Janeiro, que só expôs anteriormente em uma instituição no Brasil em 2007, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte,MG.

 

 

Até 14 de julho.

 

 

Ver e ser Visto

 

Já a mostra “Ver e ser Visto” tem curadoria do psicanalista Guilherme Gutman e terá obras em diferentes técnicas e suportes, como pinturas, desenhos, esculturas e instalações, de cerca de 60 artistas brasileiros e estrangeiros, como Artur Barrio, Angelo Venosa, Anna Maria Maiolino, Carlos Zílio, Djanira, Gustavo Speridião, José Damasceno, Mira Schendel, Pancetti, Vieira da Silva, Waltercio Caldas, Wesley Duke Lee, entre outros.

 

Como parte da exposição, serão realizadas performances no MAM Rio.

 

No dia da abertura, às 19h, o artista Tiago Rivaldo apresentará “Horizonte de nós dois”.

 

No dia 18 de abril, às 16h, serão realizadas mais três performances: a terceira etapa da performance “Horizonte de nós dois”, chamada “Banco de Olhos”; “(Estudo para) um corpo ideal”, de Raphael Couto, e “Veste Nu”, de Daniel Toledo, Ana Hupe.

 

 

Até 19 de julho.

Nome de referência

10/abr

O pintor Sante Scaldaferri foi convidado a participar como Artista Referência do 8º Circuito das Artes em Salvador, BA. Será uma exposição individual a ser realizada no ICBA, a mostra tem curadoria de Alejandra Hernández Muños e recebeu o título de “Sante Scaldaferri – Entre Ex — Votos e Meninas”.

 
A exibição constará de uma caixa de arte intitulada “Ex-Votos” contendo um texto de Dom Timóteo, fotos e diagramação de Dadá Jaques e 10 Infogravuras. Também constarão da mostra, 20 desenhos da fase de 1980 e alguns quadros da mesma época. Todos são trabalhos inéditos. Está prevista para um futuro próximo uma exposição com trabalhos de Infogravuras, realizados no período que o artista viu-se obrigado a parar de trabalhar com a encáustica, devido à alergia que sofrera.

 
Atualmente com 87 anos, Sante Scaldaferri mostrou suas obras em diversas feiras e galerias ao redor do Brasil e do mundo – foram mais de 40 exposições individuais e 80 coletivas, e agora ganha um espaço só seu na atual edição do Circuito das Artes.

 

 
Ex-Votos e Meninas

 
Nome importante das artes plásticas na Bahia e no mundo artístico nacional, Sante Scaldaferri foi escolhido pela equipe organizadora do Circuito como homenageado da edição. O público poderá conferir “As Meninas de Scaldaferri”. As gravuras, inéditas, foram encontradas pela própria curadora do Circuito. “Estava numa gaveta e eu esqueci”, brinca. “Veja só, eu me esquecer das minhas meninas!”. O título da exposição, atribuído por Alejandra Hernández Muños, foi aprovado pelo artista. Nas gravuras, mulheres volumosas, exuberantes e nuas.

 

 
Espalhados pela cidade

 
Além da mostra de Sante Scaldaferri, o Circuito das Artes apresenta fotografias, pinturas e instalações de mais 49 artistas, todos em atividade na Bahia, entre as galerias Cañizares, Aliança Francesa, Instituto Cervantes e Palacete das Artes. Dentre os 186 artistas que se inscreveram para a edição, foram selecionados nomes como Chico Macedo, Raoni Libório, Maria Adair e Ully Flores, totalizando 16 fotógrafos e 34 artistas plásticos. Ainda durante o Circuito, 15 artistas serão selecionados para a mostra “Triangulações 2015”. Com curadoria de Marília Panitz, o evento vai percorrer Salvador, Goiânia e Fortaleza, de julho a novembro com trabalhos de  artistas dos três estados.

 

 
Até 10 de maio.

Ocupação Galo

08/abr

A “Ocupação Galo” será inaugurada na Galeria Pretos Novos, Gamboa, Rio de Janeiro, RJ, no dia 08 de Abril, às 18 horas, quando será realizada, pela primeira vez, uma residência artística de uma semana, na qual o artista Galvani Galo expandirá suas pinturas murais em todas as paredes da galeria. Munido de tinta e pincéis em mãos, Galo realizará um trabalho site specific com seus personagens, híbridos de animais e máquinas, que possuem articulações mecânicas detalhadas e descritas em um sofisticado complexo que reporta aos manuais técnicos de engenharia mecânica. De acordo com o curador da mostra, Marco Antonio Teobaldo, sua pintura é carregada de ironia e reflete a inquietação do artista que tem exibidos seus trabalhos nas paredes  das construções das periferias dos grandes centros, sobretudo da grande São Paulo, cidade onde trabalha e reside.

 
A exposição terá ainda alguns objetos escultóricos (Toy Art), trabalhos em acrílica sobre tela e gravuras produzidas recentemente. Na mesma ocasião será lançado o programa Amigos do IPN, com o objetivo de sensibilizar um número maior de pessoas sobre a importância da preservação do sítio arqueológico, por meio de um sistema de doações voluntárias. A coordenação geral é de Ana Maria de la Merced Guimarães dos Anjos e a produção traz a assinatura da Quimera Empreendimentos Culturais.

 
A Galeria Pretos Novos tem acolhido dentro de sua programação diversas temáticas de exposições de artes visuais, realizadas por artistas contemporâneos do Rio de Janeiro e de outras localidades. A partir de pesquisa realizada pelo curador do espaço, os artistas convidados apresentam livremente suas propostas, tendo como ponto de partida suas percepções sobre o ambiente expositivo e a importante história que ele abriga. Esta experiência tem superado expectativas e trazido excelentes resultados, que se refletem na crescente visitação que a Galeria Pretos Novos vem recebendo, desde a sua inauguração.

 

 
De 08 de abril a 23 de maio.