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AGENDA CULTURAL

É preciso ver no escuro

Na exposição “É preciso ver no escuro”, o artista Laercio Redondo retoma a questão da memória coletiva e seus apagamentos em quatro diferentes leituras feitas a partir de fragmentos do seu arquivo pessoal, colecionados nos últimos 17 anos. Os fragmentos foram coletados em diferentes ocasiões, nas quais esses materiais, destinados ao descarte, se encontravam legados à deterioração ou ao desaparecimento por completo.

 

A exposição é composta de fotografias, cartas, textos e um filme que constrói uma teia delicada de supostos ecos do passado que ressoam no presente. Todos os elementos da exposição têm seu contexto e suporte reelaborados: uma carta escrita em alemão, datada de 1942, que boiava no mar em um porto grego, encontrada pelo artista em 2006; uma série de fotos de um casal que se fotografa mutuamente durante as férias; retratos de uma filha que jamais chega a retornar para casa dos pais durante a segunda Guerra Mundial; ou um fragmento de um filme em Super 8 de um baile de debutantes em 1974. Histórias de pessoas e lugares remotos que se conectam e potencializam a história do coletivo sob o ponto de vista individual atribuído a cada um destes personagens.

 

A exposição, que inaugura dia 23 de novembro, na Galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, traz ainda um texto do filósofo Pedro Duarte em torno das questões dos vestígios do passado no presente, num diálogo com o trabalho do artista.

 

 

Sobre o artista

 

Laercio Redondo nasceu em 1967, no Paraná, e atualmente divide o seu tempo entre o Rio de Janeiro e a Suécia. Pós – graduado na Konstfack, University College of Art, Crafts and Design em Estocolmo, Suécia, o artista se dedica a pesquisa da memória coletiva e seus apagamentos na sociedade, e seu trabalho é frequentemente motivado pela interpretação de eventos específicos relacionados com a cidade, a arquitetura e representações históricas. Dentre as exposições individuais, se destacam: “Past projects for the future”, Dallas Contemporary, EUA; “O que termina todos os dias” no MAM-RJ, Brasil (ambas com curadoria de Justine Ludwig); “Contos sem Reis, Casa França-Brasil, Brasil, Fachada. Das coletivas, a da Galeria Nacional de Arte de Zachêta, Varsóvia; “O direito à cidade”, Stedelijk Museum Bureau, Amsterdã; “Os interiores estão no exterior” no SESC Pompeia, São Paulo (com curadoria de Hans Ulrich Obrist) e a Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil.

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