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AGENDA CULTURAL

Gesto artístico-simbólico

De 15 a 23 de agosto, das 10h às 17h, o artista Ivan Henriques levará para a Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, RJ, sua escultura cinética “Pedalinho”, que filtra a água à medida que é movimentado. O pedalinho estará em frente ao Parque da Catacumba, perto do deque dos pedalinhos tradicionais.

 

O artista, radicado em Haia, Holanda, desde 2009, está no Rio de Janeiro para sua exposição “Repaisagem”, Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, de 3 de agosto a 21 de outubro de 2016. Ele mostra suas biomáquinas, vídeos, fotografias e projetos das obras que desenvolve com a colaboração de cientistas europeus e brasileiros. A exposição, que tem curadoria do artista e da diretora da instituição, Izabela Pucu, reunirá trabalhos inéditos no Brasil, entre eles, está o “Pedalinho” (“Water bike”, 2016), uma escultura cinética flutuante e interativa, desenvolvida em parceria com alunos da Willem de Kooning Academy, de Roterdã, Holanda, especialmente para a exposição.

 

Trabalho interativo que convida o público a pedalar na superfície da água e, ao mesmo tempo, pensar sua interação com o meio ambiente, uma vez que o seu pedalar opera a filtragem da água. A obra é composta por materiais que combinam micro-organismos vivos que facilitam a purificação da água ao reciclá-la. Trata-se de um gesto artístico-simbólico, que o público é convidado a realizar, uma vez que não está comprometido com a eficácia na despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas, mas aponta para a questão e desenvolve outras estratégias e possibilidades para se pensar esse tipo de interação ambiental.

 

O desenvolvimento desta proposta faz parte da evolução de biomáquinas construídas previamente pelo artista, que são formas híbridas entre organismos vivos e máquinas, que buscam uma evolução entre as máquinas e a natureza. O projeto aponta também para a colaboração de pesquisadores das disciplinas de arte, design, engenharia, biologia e robótica, tendo como foco as relações entre meio ambiente e sustentabilidade, a partir da urgência da despoluição de rios, baías e lagoas da Cidade e do Estado do Rio de Janeiro. O “Pedalinho” busca pensar o meio ambiente de uma forma poética, lúdica, ao contrário da idéia homem e máquina critica pelo genial Charles Chaplin, no filme “Tempos modernos” (1936).

 

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