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AGENDA CULTURAL

GOELDI: SOMBRIA LUZ

 

O Museu de Arte Moderna, MAM-SP, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, apresenta “Goeldi, Sombria luz”, exposição dedicada à obra de um dos expoentes máximos da corrente expressionista no Brasil, Oswaldo Goeldi. Com cerca de 200 trabalhos, entre gravuras originais e desenhos produzidos dos anos 1920 até sua morte, a retrospectiva inédita mostra a visão obscura do maior gravurista do país e sua veia expressionista, trazida da capital suíça onde passou sua juventude e infância. Paralela à exposição, está em cartaz também no MAM, “O ateliê de Goeldi”, que remonta seu espaço de criação no Leblon, Rio de Janeiro, RJ, exibindo instrumentos de trabalho e objetos pessoais sob a organização de Lani Goeldi, sobrinha-neta do artista, além de documentos, cartas, fotografias e uma prensa . Meio século depois de ter sido encontrado morto no quarto onde morava de favor no bairro do Leblon, esta é a maior retrospectiva já realizada de sua obra. A curadoria é de Paulo Venâncio Filho.

 

Criados a partir da década de 20, quando a produção do gravador atingiu a maturidade, os trabalhos foram arranjados por afinidade temática e plástica. O percurso leva o visitante a uma trajetória em zigue-zague, passando por cruzamentos e becos, temas comuns no universo sombrio de Goeldi. “A intenção foi criar uma exposição que não tivesse começo ou fim definidos”, diz o curador. Predominam as xilogravuras de alto contraste, com atmosfera marginal e melancólica na qual a luz luta para ganhar seu espaço. Sobressaem ainda os exemplares do início dos anos 30, época em que o artista começou a explorar a cor, e a sessão dedicada ao mar e aos pescadores.

 

“Um europeu sentimental exilado”, como ele mesmo se definia, Goeldi era filho do cientista Emílio Augusto Goeldi. Cresceu e começou sua carreira na Suíça. Ao voltar para o Rio, em 1919, recusou a euforia artística do período entreguerras. Chegou a ilustrar revistas e livros, como a “Obra Completa”, de Fiódor Dostoievski, publicada pela Editora José Olympio em 1937. Foi ainda professor na Escolinha de Arte do Brasil e na Escola Nacional de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ali abriu uma oficina de xilogravura, que mais tarde deu origem ao curso de graduação em gravura da instituição.

 

De 15 de junho a 19 de agosto.

 

"GOELDI: SOMBRIA LUZ"

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