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AGENDA CULTURAL

Individual de Victor Arruda na Belizário

 

 

A Belizário Galeria, Pinheiros, São Paulo, SP, em paralelo à primeira participação na SP-Arte, recebe em seu espaço e apresenta ao circuito cultural de São Paulo a exposição “Babado e Confusão” do icônico pintorVictor Arruda, sob curadoria de Marcus Lontra. Artista conhecido e reconhecido por seus temas

diretos, sua pintura não dá margem à dupla interpretação sendo uma crítica obstinada contra o abuso de poder e a hipocrisia, além da presença desde o início de sua trajetória artística, das questões referentes a gênero, com cenas explicitas. A arte de Victor Arruda, a seus olhos, é conceitual onde a agressividade está a serviço da discussão de temas necessários e também sociais.

Ao contrário do que pode sugerir os temas escolhidos, os trabalhos não são agressivos nem com caráter sombrio. Suas telas são compostas de uma profusão de cores e figuras, traços incomuns mas que trazem nessa “brincadeira”, mensagens fortes e necessárias. “O mundo contemporâneo explode nas telas de Victor Arruda”, define o curador.

Na década de 1970, os quadrinhos são uma influência em suas criações, ligadas aos movimentos modernos como expressionismo e surrealismo que, com o passar do tempo, deram lugar ao psicanalismo de Freud. A pintura permite que o artista critique conscientemente suas angústias através dos registros de seu inconsciente. “Ela dialoga com as vertentes marginais do modernismo; abraça despudoradamente a arte popular, o grafite, a linguagem visual urbana anônima, e introduz soluções estéticas de extrema sofisticação” explica Marcus Lontra.

Em sua primeira exposição na Belizário Galeria, faz-se coro às palavras do curador: “(….) é muito importante que Victor Arruda esteja aqui em São Paulo, nesta metrópole confusa e encantadora, cheia de contrastes como a obra do artista. Victor Arruda merece São Paulo. E São Paulo merece e precisa conhecer com urgência Victor Arruda. Afinal, como sabemos, o amor será sempre uma via de mão dupla. ❤️”

Sobre o artista

Victor Arruda nasceu em Cuiabá, MT, 1947. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Decidiu que seria pintor aos doze anos de idade e, aos treze, muda para o Rio de Janeiro onde dá sequência a seus estudos. Graduado em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), elabora seus trabalhos com base em padrões estéticos não convencionais, fazendo referências ao pensamento, segundo ele, da “antipintura”apresentando imagens irreverentes. Suas obras trazem referências de nomes icônicos da arte como Chagall, Picasso, Klee e Torres Garcia. A imagética por ele elaborada é constituída por cenas que vivencia em seu cotidiano. Suas obras integram as coleções mais importantes do Brasil como a de Gilberto Chateaubriand. O artista é aplaudido por diversos críticos e curadores. Segundo o crítico italiano Achille Bonito Oliva, Victor Arruda é um dos maiores artistas brasileiros da atualidade. Em 2018, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) inaugurou uma ampla retrospectiva de 50 anos da trajetória artística de Victor Arruda, reunindo 105 de suas obras. A exposição individual intitulada “Temporal”, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ, foi uma das mais aclamadas no país em 2021.

Sobre o curador

Marcus Lontra nasceu no Rio de Janeiro, 1954. Nos anos 1970 morou em Paris onde conviveu e trabalhou com Oscar Niemeyer, então marido de sua mãe. Trabalhou com o casal na revista Módulo. Foi crítico de arte do Globo, Tribuna da Imprensa e Revista Isto é. Dirigiu a Escola de Artes Visuais do Parque Lage onde realizou a histórica mostra “Como vai você Geração 80?”. Foi curador do Museu de Arte Moderna de Brasília e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Implantou e dirigiu o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães em Recife. Secretário de Cultura e Turismo do Município de Nova Iguaçu. Curador chefe do Prêmio CNI/SESI Marcantonio Vilaça. Atualmente coordena a implantação da Estação Cultural de Olímpia, SP.

Sobre a galeria

A BELIZÁRIO Galeria, com sede no bairro de Pinheiros em São Paulo, é o resultado de uma parceria entre Orlando Lemos, José Roberto Furtado e Luiz Gustavo Leite. Sua proposta visa se apresentar como uma opção adicional de participação e visibilidade da produção de artistas emergentes e consolidados no panorama da arte contemporânea brasileira no circuito paulistano de cultura. A galeria se junta ao movimento que busca promover horizontes que estabeleçam novos meios de redirecionar e ampliar o mercado de arte, pensando nas diferentes trajetórias e produções artísticas que o compõe. Assim, visando a fomentação da diversidade cultural intrínseca na contemporaneidade, serve de palco para artistas novos e estabelecidos, nacionais e estrangeiros, em parcerias com curadores que também estejam imbuídos do mesmo propósito. Na BELIZÁRIO Galeria, procura-se atender a um público que busca a aquisição de trabalhos artísticos e, também, a criação e fomento de novas coleções. O seu acervo é composto por diferentes temas e estéticas, mediante o universo poético de cada artista. Seu repertório abrange trabalhos artísticos de diferentes linguagens, suportes, técnicas e mídias como desenho, escultura, fotografia, gravura, pintura, objetos, instalação e outras.

 

Até 07 de maio.

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