O MuBE, Jardim Europa, São Paulo, SP, inaugurou exposição inédita da artista e escultora Laura Vinci. Com curadoria de Agnaldo Farias, FLUXOS, aborda as relações das obras com as questões da natureza e da paisagem, conectando com o espaço arquitetônico em movimento e reflexões sobre o tempo e explora as interfaces da arte, arquitetura e ambiente, enquanto dialoga com a icônica arquitetura do MuBE, projetada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
“Laura Vinci transforma o espaço em organismo sensível. Em FLUXOS, ela faz da matéria um instrumento para pensar o tempo, a impermanência e as forças invisíveis que nos atravessam. Sua obra não se impõe, mas se insinua, instaurando uma escuta do ambiente e uma desaceleração do olhar. O público percorrerá os ambientes do museu ao sabor de uma atmosfera habitada por acontecimentos que provocarão a desaceleração de seus passos; um encadeamento de experiências a um só tempo sensoriais e contemplativas, dele exigindo atenção e escuta.”, comenta Agnaldo Farias, curador da exposição
Composta por estruturas metálicas e sistemas mecânicos, como nas peças com vapor a frio, que é empregado como matéria efêmera ocupando o espaço de forma orgânica e imprevisível, a instalação evoca a presença do ar e de forças invisíveis, instaurando um ritmo silencioso e constante. O público é convidado a percorrer o ambiente e se deixar afetar por uma atmosfera que provoca desaceleração, atenção e escuta do espaço, propondo assim uma experiência sensorial e contemplativa. A mostra “FLUXOS” é uma continuidade da pesquisa poética de Laura Vinci sobre estados de transformação, presença e impermanência. Ao ocupar o espaço do MuBE, se integra à arquitetura brutalista do museu e revela, em sua leveza e escala, uma dinâmica marcada pela impermanência.
A produção de Laura Vinci, transita por escultura, instalação e intervenções, com ênfase em experiências sensoriais e materiais em transformação. Ao longo de sua carreira, participou de importantes mostras institucionais, como a Bienal de São Paulo, além de realizar exposições individuais em grandes instituições de arte. Sua obra integra acervos públicos e privados e é reconhecida por sua sutileza formal e profundidade conceitual.
Até 07 de setembro.