O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Gloria, Rio de Janeiro, RJ, e a editora Capivara convidam para o lançamento do livro “O Espelho de Papel – A fotografia de Joaquim Insley Pacheco na coleção do IHGB” (Capivara, 2025), no dia 1º de outubro, na sede do IHGB. O lançamento terá uma conversa aberta com Pedro Corrêa do Lago, sócio-titular e diretor de Iconografia do IHGB, e diretor editorial da Capivara, Daniel Rebouças, pesquisador, historiador e professor baiano, e mediação de Lucia Guimarães, Primeira Secretária do IHGB, professora titular do departamento de História da UERJ.
Fotógrafo oficial da Casa Imperial de 1857 até a República, Joaquim Insley Pacheco foi um dos mais notáveis retratistas de seu tempo, registrando não apenas os monarcas, a nobreza, como também intelectuais, políticos, militares e membros da burguesia. Alguns dos retratos mais conhecidos de D. Pedro II, da imperatriz Teresa Cristina – de quem foi muito próximo – e das princesas Leopoldina e de sua irmã Isabel, e ainda de Machado de Assis, Carlos Gomes, José de Alencar, entre outros grandes intelectuais, foram feitos por Joaquim Insley Pacheco. Ele nasceu em 1830 em uma aldeia próxima a Braga, Portugal, e órfão dos pais veio para o Brasil aos treze anos, passando pelo Ceará e Maranhão, e finalmente morando no Rio de Janeiro, capital do Império, de 1854 até o ano de sua morte, em 1912.
“Os retratos de Insley Pacheco documentam uma época em que a fotografia era exclusividade das elites, distante dos selfies de nossos tempos, que fizeram do direito ao retrato um modo de afirmar a pluralidade da sociedade”, observa Paulo Knauss,1º vice-presidente e diretor do Museu do IHGB.
Na mais abrangente publicação sobre seu trabalho, “O Espelho de Papel” reúne em 160 páginas 403 imagens – incluindo capas e revistas da época – do vasto acervo de milhares de fotografias antigas que estão sob a guarda do IHGB. A apresentação é de Pedro Corrêa do Lago e o texto é do pesquisador, historiador e professor baiano Daniel Rebouças, “profundo conhecedor da fotografia brasileira do século XIX e admirador da obra de Pacheco”, nas palavras de Pedro Corrêa do Lago. O volume foi produzido através da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal, com patrocínio da Unipar.
Nobres que nomeiam ruas, bairros ou cidades também foram retratados, dando o rosto a lugares tão conhecidos, como Marquês de Sapucaí, Marquês de Olinda, Visconde de Caravelas, Visconde de Cairu, Baronesa de Teresópolis, Visconde de Mauá, Marquês de Valença, Marquês da Gávea, o jornalista Francisco Otaviano, o deputado e senador Rodrigues Silva, e o Regente Feijó.