Olá, visitante

AGENDA CULTURAL

Trajetória da Fortes Vilaça

25/jan

A Galeria Fortes Vilaça, Vila Madalena, São Paulo, SP, apresenta “Tertúlia, exposição que reúne trabalhos das mulheres artistas que integram e/ou integraram a trajetória da galeria ao longo de seus 15 anos de atuação. Obras recentes e históricas mesclam-se com documentos de arquivo – entre reportagens, fotos e postais -, a partir de uma seleção afetiva do inventário da galeria.

 

 

Em um momento em que se discute avidamente sobre a representatividade feminina na cultura, é importante celebrar o protagonismo exercido pelas mulheres na história da arte brasileira. Trata-se de uma tradição que conta com várias artistas de renome, cujas obras reverberam até hoje na cena artística, nacional e internacionalmente: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Maria Martins, Lygia Clark, Mira Schendel, entre muitas outras. Da mesma forma, é impossível deixar de citar as inúmeras profissionais da área, que se firmaram como importantes curadoras, galeristas e acadêmicas. A história das mulheres da Galeria Fortes Vilaça abarca essas conquistas históricas e ao mesmo tempo mantém seu legado na arte contemporânea.

 

 

A exposição foi concebida pela própria equipe e apresenta obras de Adriana Varejão, Agnieszka Kurant, Alejandra Icaza, Beatriz Milhazes, Erika Verzutti, Jac Leirner, Janaina Tschäpe, Leda Catunda, Lucia Laguna, Marina Rheingantz, Marine Hugonnier, Rivane Neuenschwander, Sara Ramo, Tamar Guimarães, Valeska Soares, Tamar Guimarães, entre outras.

“Tertúlia” é um substantivo feminino que significa reunião/agrupamento de amigos ou familiares e também palestras literárias e condensa a intensão da escolha das obras e tema da exposição.

 

 

 

De 28 de janeiro até 27 de fevereiro.

 

Afrodescendentes na Pinacoteca

18/jan

A Estação Pinacoteca, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, exibe a exposição “Territórios: Artistas Afrodescendentes no Acervo da Pinacoteca”, que celebra os 110 anos da instituição e apresenta ao público importantes obras assinadas por artistas brasileiros afrodescendentes. A mostra apresenta um olhar singular que pretende dar visibilidade a essa coleção ao mesmo tempo em que valoriza o legado destes artistas.
A proposta do curador é retomar as grandes contribuições da Pinacoteca para a historiografia da arte brasileira introduzida na gestão de Emanoel Araújo (1992 – 2002), primeiro diretor negro da Pinacoteca do Estado, por isso apresenta parte do núcleo de artistas afrodescendentes da Instituição, acrescida de novas aquisições.
São 106 obras entre pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e instalações que traçam perfis diferentes da produção artística de afrodescendentes no Brasil do século XVIII até hoje. As obras estão divididas em três conjuntos e dispostas de acordo com a familiaridade dos temas ou territórios: Matrizes Ocidentais, Matrizes Africanas e Matrizes Contemporâneas. Sem preocupação cronológica, a exposição aventa a possibilidade de compreender a produção e a inserção destes artistas na coleção da Pinacoteca assim como no circuito estabelecido em seu contexto.
Entre os trabalhos em exposição está o “Autorretrato” produzido em 1908 por Arthur Timótheo da Costa, doado em 1956, ou seja, 51 anos após a inauguração da Pinacoteca – a primeira obra de um artista negro. Mestre Valentim, Antonio Bandeira, Rubem Valentim, Jaime Lauriano e Rosana Paulino também estão entre os artistas que compõem a mostra. Destaque ainda para a obra de Rommulo Vieira Conceição adquirida em novembro pelo Programa de Patronos da Pinacoteca, que começou em 2012 e hoje já soma 72 casais apoiadores.
“Com a entrada para o acervo da Pinacoteca dos primeiros trabalhos de jovens artistas brasileiros afrodescendentes, surgiu a ideia de formular uma exposição que os articulassem em relação àqueles já existentes no acervo. Seria uma estratégia para a Instituição refletir sobre parte de sua história e, ao mesmo tempo, rever obras produzidas por artistas afrodescendentes já existentes no acervo, à luz dos recém-chegados”, explica Chiarelli.
A mostra segue em cartaz até 17 de abril de 2016 no quarto andar da Estação Pinacoteca – Largo General Osório, 66.

110 anos

16/jan

A Índica Arte e Design, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, realiza a abertura da exposição de José Oiticica Filho.

 

Com curadoria de Cesar Oiticica Filho e Carlo Cirenza, a mostra comemora 110 anos de nascimento do fotógrafo e pintor. Pai de Hélio Oiticica, J.O.F. foi um dos grandes nomes da fotografia moderna brasileira, criando experimentações com fotografias construtivas e abstratas através de intervenções no processo de revelação.

 

 

Até 12 de março.

Escultor francês na Bahia

Depois do grande sucesso em Ouro Preto (Patrimônio Mundial da Unesco), e em Belo Horizonte, o Palacete das Artes (equipamento vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural/Secretaria de Cultura) receberá no dia 19 de janeiro, às 19h, a exposição “Lendas e Aparições”, do artista francês Daniel Hourdé.

 

De qualidade excepcional, a mostra contará com esculturas em bronze e aço que descrevem o corpo humano com detalhes meticulosos, além de vigorosos desenhos feitos em carvão sobre papel e instalações. As obras são representadas pela Galerie Agnès Monplaisir (Paris/França).

 

“Lendas e Aparições” ficará em cartaz em Salvador até março, depois, seguirá para o Rio de Janeiro.

 

Sobre o artista

 

Daniel Hourdé nasceu em 1947 em Boulogne, França. Estudou na Escola de Belas Artes de Grenoble (cidade universitária localizada no sopé dos Alpes) e, em seguida, continuou a sua formação na Escola de Belas Artes de Paris, cidade onde vive e trabalha.

 

 

De 19 de janeiro a 16 de março.

Quatro artistas na Hathi

14/jan

Instalada na galeria Ipanema 2000, Rio de Janeiro, RJ, a Hathi Galeria, abre sua primeira exposição prometendo periodicidade. Márcio Niemeyer, Ani Cuenca, Poe e Maíra Allemand expõem telas e fotografias, com técnicas, temas e propostas diferentes. Em comum, a “Simplicidade no olhar”, que não por acaso dá nome à mostra.

 

Márcio Niemeyer atribui à vocação da família a atração pela arte da imagem através das lentes, que o levou a fotografar desde pequeno. Ele expõe trabalhos da série “Skandinaviska”. Arquiteta por formação, Ani Cuenca, que se se define essencialmente como uma desenhista, assina telas monocromáticas sempre inspiradas em recortes da natureza. Maíra Allemand teve seus primeiros contatos com a fotografia na Faculdade de Desenho Industrial. Poe se define como um artista visual. Na série “Fine Line”, a busca pela essência na obra é levada ao rigor máximo do minimalismo. Apenas uma linha corta o espaço pictórico, ora contra uma cor sólida, ora contra a tela crua.

 

 

Sobre os artistas

 

Ani Cuenca

 

Arquiteta formada, com passagem em vários escritórios badalados da cidade, Ani Cuenca se define essencialmente como uma desenhista. Desde a época da faculdade, cursada na UFRJ, ela admite que adorava as aulas em que os trabalhos eram feitos em pranchas de nanquim sobre papel vegetal. Simples e essencial. O tempo passou, Ani se formou, e, o computador se tornou a principal ferramenta na sua vida profissional, mas a vontade de retomar os pincéis e canetas continuava forte. “Percebi o quanto o traço a mão era importante quando via os registros depois das reuniões. Sem perceber, os cadernos ficavam sempre cheios de rabiscos”, conta ela. Seus cadernos eram verdadeiras obras de arte e suas composições orgânicas inspiradas na natureza compensavam os excessos de linhas retas de seus projetos. Há cerca de um ano, Ani resolveu investir na carreira artística. Montou um atelier e passou a assinar telas monocromáticas sempre inspiradas em recortes da natureza.

 

 

 

Márcio Niemeyer

 

Márcio Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro. Sua atração pela arte da imagem através das lentes o levou a fotografar desde pequeno, talvez pela influência de seu avô. Começou a clicar a beleza natural do Rio de Janeiro com as câmeras mecânicas de seus pais. Atraído por paisagens, cenários naturais, e pelo cotidiano no mundo, é cativado pela simplicidade no olhar. A série apresentada por ele na Hathi, “Skandinaviska” apresenta fotos clicadas na Dinamarca, Noruega e Suécia. Ele destaca, entre outros detalhes, as excêntrica Copenhagen, a pitoresca e chuvosa Bergen, a energizante Honningsvåg – onde se encontra a 15 km Nordkapp, o ponto continental mais ao norte no Círculo Polar Ártico do planeta -, e a encantadora Estocolmo, que contrasta o lado histórico de seu “reino” com o arrojado desenvolvimento tecnológico.

 

 

 

Maíra Allemand

 

Maíra Allemand nasceu em Florianópolis, onde reside atualmente. Conheceu a fotografia na faculdade de desenho industrial em 2000, e graças às influências dentro de casa desde pequena na área de decoração de interiores, fez com que sua verdadeira paixão despontasse através desse segmento. Formada em Fotografia pela UNIVALI em 2013, atualmente a artista segue clicando exclusivamente para uma fábrica de móveis, onde também atua como designer gráfica, profissional de marketing, na curadoria de projetos e na organização de eventos e conceito das novas coleções. Profissionais da área de decoração estão entre os clientes que compram seu trabalho.

 

 

 

Poe

 

O olhar saturado por informações encontra o conforto no horizonte. A linha da vida e os segredos decifrados pelas cartomantes. O caminhar de uma existência visto de fora como uma estrada. Na série “FINE LINE”, do artista visual Poe, a busca pela essência na obra é levada ao rigor máximo do minimalismo. Apenas uma linha corta o espaço pictórico. Ora contra uma cor sólida, ora contra a tela crua. A jornada começa no Leste em direção ao Oeste, sai do excesso indo ao encontro do essencial. BIO Poe Ramon, 40 anos, trabalha no Rio de Janeiro. Formado em Comunicação Social PUC e estudos nos cursos de fundamentação na EAV. Os movimentos de vanguarda do século XX, como o dadaísmo, cubismo, a pop art, expressionismo abstrato são as inspirações dos seus trabalhos.

 

 

A partir 14 de janeiro.

Mondrian no CCBB-SP

Panorama que apresenta cerca de 60 obras entre pinturas, desenhos de arquitetura, mobiliário e fotografias de artistas do movimento da vanguarda moderna holandesa conhecido como De Stijl (“O Estilo” em tradução literal), fundado em 1917 e que tem como ícone o pintor Piet Mondrian.

 

 

Esses artistas elaboravam um tipo de “arte total”, usando cores primárias para criar obras sem restrições, claras e limpas, como eles imaginavam o futuro. A exposição mostra também o percurso de Mondrian, da figuração à abstração. A curadoria é de Pieter Tjabbes.

 

 

 

De 25 de janeiro a 04 abril.

 

Claudio Tozzi em Londres

13/jan

Chama-se “Claudio Tozzi: New Figuration and The Rise of Pop Art 1967 – 1971” ou “Claudio Tozzi: Nova Figuração e The Rise of Art Pop 1967 – 1971”, a exposição que entra em cartaz na Cecília Brunson Projects3, na Royal Oak Yard, London SE1 3GD, a primeira exposição individual do importante artista brasileiro no Reino Unido. A obra de Claudio Tozzi brilha e surge como uma luz particular sobre a arte política da Pop Art nos anos 1960 e início dos anos 1970 no Brasil.

 

 

Esta exposição – constante de 18 obras – organizada por Cecília Brunson Projetos e Almeida e Dale Galeria de Arte, São Paulo, concentra-se em um momento-chave no percurso artístico de Claudio Tozzi: o curto período entre 1967 e 1971. Este era um momento político altamente carregado no Brasil, alguns dos mais severos anos de 1964 – 1985, período da ditadura militar no país. Para ser capaz de produzir uma arte que pudesse sobreviver a censura, Tozzi e outros artistas foram forçados a adotar diferentes meios e posturas artísticas.

 

 

Enquanto na Universidade de São Paulo, Claudio Tozzi conhecia o crítico e físico Mário Schenberg, este, rapidamente identificou seu trabalho com a nova figuração brasileira, uma alternativa contemporânea ao Concrete Avant-Gardes. O interesse de Tozzi na figuração era desenvolvido a partir de uma necessidade de trabalhar com a sua realidade social e política. As fotografias que ele tomou foram processadas em um laboratório fotográfico tentando obter imagens em alto contraste que mais tarde foram recortadas, montadas e justapostas. Além disso, como as imagens fotográficas de jornais ou revistas foram expandidos, os pontos individuais da granulação se tornaram aparentes, isso abriu caminho para pensar sobre as pinturas como retículas, e usando a cor e composição para exacerbar a desintegração e, nova integração, da imagem. Estes pontos individuais nos lembram não só de Roy Lichtenstein, mas também do alemão Sigmar Polke e seu foco duplo sobre como as imagens são mediadas e divulgadas ao lado de uma crítica silenciosa da cultura burguesa dos consumidores e da política da Guerra Fria.

 

 

A exposição inclui uma publicação com ensaios de Dr. Isobel Whitelegg, Ricardo Camargo e Cecilia Brunson. O material histórico foi fornecido pelo arquivo do artista e trabalhos mostrados na exposição e, reproduzido na publicação, foram fornecidos graças à colaboração com Almeida e Dale Galeria de Arte em São Paulo, Brasil.

 

 

 

De 23 de janeiro a 26 de março.

Na galeria Emma Thomas

12/jan

A partir de 14 de janeiro, a galeria Emma Thomas, Jardins, São Paulo, SP, recebe o projeto “#ImmediateAttention”, do artista Thierry Geoffroy e da curadora Tijana Miskovic, residentes na Dinamarca. É uma exposição que muda diariamente, ao sabor dos acontecimentos. Para eles, o “contemporâneo” como vemos no mundo da arte hoje, muitas vezes não acompanha o ‘agora’, pedindo uma revisão conceitual ou se desdobrando em um novo conceito, o “ultracontemporâneo”. A ideia é proporcionar uma nova experiência diária ao público. A dupla vem se apresentando há alguns anos em diversos países, com passagem por espaços como o MoMA PS1. Esta é a primeira vez no Brasil.

 

A exposição centra-se na capacidade do artista estar no mundo e ser um “termômetro”, agente de medição e que dá o diagnóstico das disfunções na sociedade. Expressões artísticas em tempo real podem gerar debate, visibilidade e impacto, segundo Thierry. Pretende ser um aquecimento para um movimento de arte global, abrindo-se para posterior implantação e atividade no Brasil do projeto CUB – Copenhagen Ultracontemporary Biennale, organizada pela dupla e prevista para 2017.

 

Além de exibir trabalhos do artista Thierry Geoffroy criados com objetos do cotidiano coletados pela cidade, a exposição tem uma dinâmica própria e funciona como um laboratório coletivo de criação instantânea de obras em que os artistas se transformam em catalizadores das questões candentes, muitas das quais ausentes da grande mídia. Thierry e Tijana partem de relações interpessoais, ouvindo e dialogando com as comunidades locais em que eles desenvolvem e transmutam o “contemporâneo”.

 

 

Atividades

 

Durante a realização do projeto, o artista e a curadora promovem várias atividades e encontros com artistas e público.

 

A exposição desdobra-se em 3 etapas:

 

A primeira parte, centrada na produção de Thierry Geoffroy fica em cartaz até o dia 23 de janeiro. Muda diariamente, atenta ao que é emergente AGORA.

 

No dia 23, sábado, às 15 horas, Thierry e Tijana conversam sobre sua atuação e suas respectivas práticas artísticas, esclarecendo alguns dos conceitos envolvidos no projeto. Ainda nesta etapa, a dupla abre espaço para artistas convidados dialogarem sobre suas inquietações urgentes, promovendo reuniões diárias no espaço expositivo.

 

Por fim, e como desdobramento final do projeto, de 01 a 06 de fevereiro, o artista e a curadora convidam alguns desses artistas a exibirem os trabalhos desenvolvidos.

 

Segundo Tijana, a parceria com um espaço brasileiro de arte permite jogar luz sobre alguns dos problemas atuais do país através de um debate artístico.

 

 

 

Sobre o artista

 

Thierry Geoffroy nasceu em Nancy, França, em 1961. Também conhecido como COLONEL, Thierry é um artista francês que vive em Copenhague, Dinamarca. É artista visual de formação e vem desenvolvendo formatos artísticos (art format), o mais conhecido deles sendo “Emergency Room”, “ Biennalist” e “Critical Run”. Já publicou seis livros e seus trabalhos podem ser encontrados em museus internacionais. É Chevalier de l’ordre des Arts et des Lettres em seu país de origem. Nos últimos 8 anos, realizou projetos em espaços como o MoMA PS1/New York, USA; ZKM Museum Karlsruhe, Alemanha; Sprengel Museum, Hannover, Alemanha; Moderna Museet, the Museum of Modern Art, Stockholm, Suécia; HEART- Herning Museum of Contemporary Art Denmark, Herning, Dinamarca; Palazzo Delle Arti Napoli, Itália; The Museum of Contemporary Art, Roskilde, Dinamarca; Galerie Asbaek Copenhagen, Dinamarca; The Maldives Pavilion, Venice Biennale, Veneza, Itália; Liverpool Biennial, Liverpool, Reino Unido; Manifesta Biennal, Murcia, Espanha; National Museum Rejkavik, Islândia; Galerie Olaf Stüber, Berlin, Alemanha; IKM Museum, Oslo, Noruega; Fries Museum, Leeuwarden, Holanda; Devron Arts, Huntly, Aberdeenshire, Escócia; The Model, Sligo, Irlanda; Fotografisk Center, Copenhagen, Dinamarca; Cairo Biennale, Cairo, Egito; Blackwood Gallery Toronto, Canadá; Galerie Ileana Tounta, Athens, Grécia; Kunsthalle Osnabrück, Osnabrück, Alemanha.

 

Até 06 de fevereiro.

CCBB Contemporâneo, Rio

11/jan

Ricardo Villa é mais um contemplado do Prêmio CCBB Contemporâneo, com a individual “Como atravessar paredes”. Ele ganhou também o Prêmio ArteRef de junho de 2013. O artista paulistano começou como grafiteiro e tem uma relação política com a arquitetura e o solo das cidades. O Prêmio CCBB Contemporâneo apresenta mais um contemplado da série de 10 exposições individuais, inicada em junho de 2015. Agora é a vez do paulistano Ricardo Villa, que reúne obras em diferentes suportes – desenho, colagem, escultura, modelagem 3D, vídeo e uma instalação –, na mostra intitulada “Como atravessar paredes”.

 

Nessa individual, Villa articula questões relacionadas à ocupação do espaço público:

 

– Busco o entendimento das dinâmicas politicas e econômicas que radicam os conflitos urbanos, especialmente no que se refere à noção de público e privado, as relações entre planejamento urbano e operações imobiliárias, a ideologia presente nos projetos arquitetônicos e sobre (talvez) alguma possibilidade de atuação, situa o artista.

 

Ele começou a trabalhar com graffiti e outras formas de intervenção em superfícies públicas. Com a fotografia, desenvolve trabalhos nos lugares-resíduo da cidade, construções degradadas, abandonadas ou em preparação, estabelecendo um jogo associativo entre a ação executada e o espaço (des)ocupado.

 

“Hoje, o tema de sua pesquisa é a cidade e suas problemáticas humanas, econômicas, ambientais, […] que pouco lembram o caos do picho”, observa Daniela Labra, que faz acompanhamento crítico da produção do artista e é autora do texto de apresentação dessa mostra.

 

 

Sobre a exposição

 

A instalação “Cada lugar é, à sua maneira, o mundo”, composta por quatro árvores (ficus), com quatro metros de altura, e gradil de metal, ocupa o centro da sala de exposição.  O título dessa obra é uma citação do geógrafo Milton Santos (1926-2001). “Dividir para governar” é um conjunto de 49 desenhos a nanquim, de 30 x 42cm cada um, com a imagem de uma cerca violada. Como exemplos de esculturas, Villa apresenta uma feita de resíduos de demolição, lapidados em forma de diamante, e um conjunto de martelo e pregos amassados, de porcelana escura, sob o título  “Amor por princípio, ordem por base, progresso por fim”. Vídeos da série “Modelo fractal” mostram animações hipnóticas, como em um caleidoscópio de imagens humanas, animais e de veículos, entre outras obras. Links para os vídeos:

 

 

Sobre o artista

 
Ricardo Villa nasceu em São Paulo, SP, 1982, é bacharel em Arte e Cultura Fotográfica pelo Centro Universitário Senac. Ele começou a expor em coletivas e salões em 2003. Sua primeira individual foi em 2007. Participou de coletivas no Rio de Janeiro, em São Paulo, Belo Horizonte, Uberlândia, Juazeiro do Norete, Fortaleza, Belém do Pará e Phoenix, Arizona, EUA. Em 2011, mostrou seu trabalho na SP Arte, SP Foto e ArtRio. Ele ganhou menção honrosa no Salão de Artes Visuais da Praia Grande 2014, SP, Prêmio ArtRef Junho 2013, destaque no site da Fundação Iberê Camargo como resultado do programa de residência “Bolsa Iberê Camargo” em 2013 e o 1º Prêmio do Programa de Exposições da Galeria do Instituto Porto Pensarte, São Paulo, SP, em 2007. Villa tem obras nas coleções do Museu de Arte do Rio|MAR,  Palácio das Artes, Praia Grande, SP e da Nike S.A.

 

Prêmio CCBB Contemporâneo 2015-2016 

 

O Prêmio CCBB Contemporâneo foi criado em 2014, quando, pela primeira vez, o Banco do Brasil incluiu no edital do Centro Cultural Banco do Brasil um láurea para as artes visuais. Patrocinado pela BB Seguridade, o Prêmio contemplou, nessa primeira edição, 10 projetos de exposição, selecionados entre 1.823 inscritos de todo o país, para ocupar a Sala A do CCBB Rio de Janeiro.

 

O Prêmio é um desdobramento do projeto Sala A Contemporânea, que surgiu de um desejo da instituição em sedimentar a sala  como um espaço para a arte contemporânea brasileira. Idealizado pelo CCBB, em parceria com o produtor Mauro Saraiva, o projeto Sala A Contemporânea realizou 15 individuais de artistas ascendentes de várias regiões do país entre 2010 e 2013.

 

A série de dez individuais inéditas começou com o grupo Chelpa Ferro [Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler], seguido das mostras de Fernando Limberger [RS-SP], Vicente de Mello [SP-RJ], Jaime Lauriano [SP] e Carla Chaim [SP]. Depois da de Ricardo Villa, vêm as de Flávia Bertinato [MG-SP], Alan Borges [MG], Ana Hupe [RJ] e Floriano Romano [RJ], até julho de 2016.

 

Entre 2010 e 2013, o projeto que precedeu o Prêmio, realizou na Sala A Contemporânea exposições de Mariana Manhães, Matheus Rocha Pitta, Ana Holck, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta, Marilá Dardot, José Rufino, do coletivo Opavivará, Gisela Motta&Leandro Lima, Fernando Lindote, da dupla Daniel Acosta e Daniel Murgel, Cinthia Marcelle, e a coletiva, sob curadoria de Clarissa Diniz.

 

 

 

De 12 de janeiro a 15 de fevereiro.

Doces na Galeria TATO

A Galeria TATO, Vila Madalena, São Paulo, SP,  convida para abertura da instalação de Felipe Bittencourt,  “João e Maria”. Um espaço repleto de doces e balas pelo chão estipulando uma possível separação entre o observador e uma fotografia, encontrada em uma caçamba, revelando a imagem de duas crianças com seus rostos apagados. Entre o fato e o fantástico, o real e o inventado, em “João e Maria” o artista propõe um conto sobre mitos morais.

 

De 16 de janeiro a 22 de fevereiro.

 

Sua mensagem foi enviada com sucesso!