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AGENDA CULTURAL

LIVRO DE NAN GOLDIN

05/abr

Sábado, 7 de abril, entre 16h e 19h, acontece o coquetel de lançamento do catálogo-livro “Heartbeat”, Editora Barléu, sobre a exposição de Nan Goldin, no espelho d’água próximo à Cinemateca do MAM – Rio, Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ. Esta é a primeira publicação sobre a artista no Brasil. A mostra se encerra, no domingo, 8 de abril. Durante o evento, aberto ao público, o DJ Andrei Britto toca uma  set list baseada na trilha sonora dos slideshows da artista. O som vai de Lou Reed e Velvet Underground a Maria Callas cantando a ópera “Norma” e Björk e o Brodsky Quartet, interpretando a composição de Sir John Tavener, “Prayer of the heart”. Sob patrocinio da Secretaria de Estado de Cultura, através da lei de incentivo, “Heartbeat” tem 112 páginas, 59 imagens, formato 23 x 30 cm, capa dura e tiragem de 2.000 exemplares. Além dos textos críticos dos curadores Ligia Canongia e Adon Peres, o livro inclui uma seleção de fotos presentes na mostra e outras inéditas, como a série de imagens de travestis que Nan Goldin fez em São Paulo, em 1996. “Heartbeat” tem organização editorial de Ligia Canongia, edição de imagens da Nan Goldin e design gráfico de Fernando Leite.

REVENDO A OBRA DE POTY

“Poty, de todos nós reúne 800 itens da produção de um dos mais expressivos e originais artistas brasileiros, Poty Lazarotto. A mostra, que tem curadoria de Oswaldo Miranda – Miran -, ocupa o salão principal, o Olho, do Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Paraná. esta exibição apresenta desde desenhos de infância, passando pelo material que ele produziu durante a temporada em que estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, até gravuras e outros conteúdos realizados ao longo de sua existência. Há materiais que nunca foram apresentados ao público, a exemplo de fotos que registram o convívio de Poty com a família e bilhetes e recados bem-humorados que fazia para se comunicar com Célia, sua mulher. A exposição também abre espaço às ilustrações feitas por Poty, para obras literárias, e para o trabalho em murais e vitrais. Além de estudos pouco conhecidos, como a viagem que realizou ao Xingu, e os esboços para o desenvolvimento do livro “Curitiba, de nós”. Miran revela que essa experiência de curador evidenciou, para ele, entre outras descobertas, o poder de síntese do Poty. “Sempre pensei que ele atingia aquele ponto de estilização, assim, de imediato. Mas não. Realmente tinha muito estudo e sua técnica se aprimorava a cada desenvolvimento. Poty não era um artista acomodado ao estilo que conquistou”, afirma Miran.

Até 05 de agosto.

ZALSZUPIN NO MON

A mostra “Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição”, cartaz atual do MON, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Paraná, reúne 44 peças de tiragem única e 13 unidades de reedição, entre poltronas, escrivaninhas, cadeiras e banquetas. A curadoria é de Consuelo Cornelsen. O artista polonês migrou para terras brasileiras após a Segunda Guerra Mundial e aqui encontrou a paz que diz não ter conhecido na Europa. “Zalszupin imprimiu em suas obras o aconchego que encontrou no Brasil. É o bom estar no bem-estar”, afirma a diretora do MON, Estela Sandrini. Durante a segunda metade do século 20, Zalszupin abriu a L’Atelier, em São Paulo, espaço no qual passou a projetar móveis em pequenas séries. Em pouco tempo, se tornou referência do design nacional. “Aqui, os ventos da Era JK viabilizaram voos e assim se fizeram a Bossa Nova, o Cinema Novo e a arte de Jorge Zalszupin”, diz Estela Sandrini, a respeito da modernidade de Zalszupin. Durante o perído de exposição, será projetado um documentário sobre o percurso de Zalszupzin, de aproximadamente 40 minutos, o filme é dirigido por Carlos Deiró. “Mais que uma exposição, “Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição” é uma homenagem ao grande artista e inventor que, inclusive, vai comemorar os seus 90 anos em Curitiba”, diz a curadora.

Até 24 de junho.

 

Um documentário sobre o percurso de Zalszupzin, de aproximadamente 40 minutos, dirigido por Carlos Deiró, será projetado na Sala 6 até 24 de junho, período em que a mostra estará em cartaz. “Mais que uma exposição, ‘Jorge Zalszupin: Arquitetura, design e reedição’ é uma homenagem ao grande artista e inventor que, inclusive, vai comemorar os seus 90 anos em Curitiba”, diz a curadora, Consuelo Cornelsen.

RETROSPECTO DA OBRA DE VISCONTI

04/abr

O Museu Nacional de Belas Artes, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe “Eliseu Visconti – A modernidade antecipada”; retrospecto sobre a obra do pintor Eliseu Visconti, com cerca de 230 obras abrangendo todos os temas e gêneros de pintura praticados pelo artista: paisagens, retratos, composições, decorações, painéis, design, cerâmicas, todas as vertentes de sua eclética produção. Visconti concluiu sua formação artística em Paris, em plena Belle Époque, absorvendo influências das escolas simbolista, pontilhista, impressionista e do art-nouveau; tornando-se no Brasil o mais importante artista da transição para a modernidade. Visconti foi quem mais solidamente representou o impressionismo entre nós. Poderão ser admiradas obras de coleções particulares, algumas expostas pela última vez há mais de 100 anos, como “A convalescente”, de 1896, exibida em Paris, Munique e Saint Louis, e encontrada graças à divulgação da exposição, e “Sonho místico”, adquirida pelo Governo do Chile em 1910.

Até 17 de junho.

GONÇALO IVO EM PARIS

A Galerie Boulakia, 10, Avenue Matignon, Paris, expõe 30 pinturas recentes do artista brasileiro Gonçalo Ivo, a grande maioria em grandes formatos. A galeria, que comemorou no ano passado 40 anos com uma notável exposição de Picasso, já exibiu Basquiat, Rauschenberg, Chagall, Dubuffet, Corneille e outros nomes importantes da cena internacional. Constam em seu acervo, dentre outros, obras de Calder, Leger, Matisse, Max Ernst e Penk.

 

Acompanhando a exposição, a Galerie Boulakia publicou um catálogo de 90 páginas com texto da historiadora e crítica Lidia Harambourg com 32 imagens em cores. Nesta exposição, Gonçalo Ivo “…dá continuidade a uma das carreiras mais solidas da arte brasileira contemporânea. Com uma obra cada vez mais interiorizada, o artista nos apresenta em suas grandes pinturas um mergulho ainda mais radical nas questões cromáticas e formais”.

 

Acaba de ser lançado o livro “Oratório”, sobre a obra de Gonçalo Ivo, pela Editora Contracapa, Rio de Janeiro, com 290 paginas. A edição é trilingue e conta entre outros textos, com um longo ensaio de um dos mais renomados criticos europeus, Marcelin Pleynet, autor de livros sobre Motherwell, Matisse, Rothko, Cézanne, etc.

 

Até 10 de maio.

NA LAURA MARSIAJ

Galeria

 

Fábio Baroli apresenta na Galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, individual de pinturas denominada “Domingo”. O título da exposição, “…parte de imagens furtivas que se referendam em situações e lugares corriqueiros, num cotidiano raptado, interiorano, brasileiro. Porém, tais narrativas são atravessadas por signos eróticos, poses, trejeitos, atitudes que misturam personagens enovelados pela curiosidade, sexual desde sempre. Nas pinturas de Baroli percebemos a junção, a colagem, a edição como maneiras de usar imagens advindas de referências de tempo e lugares variados: fotos de família, revistas, internet. O uso de tais apontamentos nos faz refletir sobre a pletora de informações midiáticas. Agora, nas pinturas recentes, Fábio Baroli cria uma contranarrativa, já que o ambiente que serviria de fundo traz elementos rurais, interioranos, opostos, em certa medida, ao progresso das mídias e a aniquilação dos preconceitos. O que transfigura e une tradição e informação é o desejo, o erotismo. Nas pinturas, podemos observar que são possíveis as metáforas do domingo, dia potencialmente surrealista, aglutinando o fervor religioso ao tédio dos programas de TV. Misturam-se, então, personagens em dissonância: travestis, símbolos das paixões futebolísticas, atrizes depravadas diante do tio homofóbico, mantenedor da hipócrita tradição, que a tudo assiste do sofá de casa, lugar do narrador sedentário, desejoso e voyeur”. Curadoria e texto de Marcelo Campos.

Até 12 de maio.

 

Anexo

 

No Anexo, a Galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, exibe individual de Fernanda Chieco com instigantes trabalhos realizados em técnica impecável de desenho. Durante os últimos dez anos, Fernanda Chieco tem realizado trabalhos artísticos resultantes de experiências dentro e fora de seu país de origem. Participou de residências artísticas na República Tcheca, Irlanda, Reino Unido e Coréia do Sul onde desenvolveu projetos de pesquisa e produziu séries de obras inéditas.”O foco central de sua pesquisa é comportamento humano, principalmente quando relacionado a situações onde as pessoas criam e executam regras para sobrevivência em grupo….No processo de trabalho, faz constante uso de sua meticulosa aptidão de gerar equívocos ao interpretar os fatos da vida. Assim, cria pseudo-teorias assumindo o papel de um anti-cientista, preocupado em criar desvios aos caminhos que levam as idéias e teorias, gerando hipóteses que revelem novas maneiras de se desentender as coisas”.

Até 12 de maio.

A PINTURA DE CRISTINA CANALE PELA BARLÉU

A publicação bilíngue “Cristina Canale”, da Barléu Edições Ltda., cujo texto autoral é do curador e crítico de arte Fernando Cocchiarale, apresenta um panorama da trajetória artística dessa importante pintora brasileira que vive desde a década de 90 em Berlim, Alemanha. O livro, com 192 páginas, apresenta cerca de 100 reproduções de obras, incluindo alguns desenhos, percorrendo os seus mais de 30 anos de carreira profissional. O design é de Claudia Zarvos. Iniciada na década de 1980, Cristina Canale participou da famosa exposição “Como vai você, Geração 80?”, marco lançador de jovens talentos no Brasil. Os artistas que participaram da mostra passaram a integrar, após esse evento, um dos núcleos mais consistentes e conhecidos da retomada da pintura no Brasil. Cristina Canale é considerada uma importante colorista brasileira. Muitos de seus trabalhos exibem paisagens e flagram cenas da vida cotidiana. A artista realizou inúmeras exposições individuais e esteve em exibições coletivas no Brasil e no exterior, tanto em importantes espaços públicos como privados. Entre esses eventos dos quais participou, destaca-se a 21ª Bienal Internacional de São Paulo.

PINTURA BRASILEIRA SÉC. XXI

03/abr

Traçar um panorama da pintura contemporânea brasileira, reunindo boa parte da nova geração de artistas,  foi o objetivo de Isabel Diegues e Frederico Coelho no livro “Pintura Brasileira Séc. XXI”, a ser lançado na Casa de Cultura Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, no próximo dia 17 de abril, pela Editora Cobogó.

 

A publicação, que conta com ensaios inéditos dos críticos José Bento Ferreira e Tiago Mesquita, apresenta 160 obras de 33 artistas nacionais. Nomes consagrados como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Paulo Pasta, Cristina Canale, Luiz Zerbini, Rodrigo Andrade e Sergio Sister dividem páginas com uma nova turma que elegeu a pintura como carro-chefe.  “Este livro é um passeio por alguns dos mais instigantes caminhos da pintura atualmente produzida no país. É um recorte do que há de mais potente e pulsante sendo produzido”, explicam os coautores. Dividida em ordem alfabética, a publicação inicia-se com Adriana Varejão, focalizada em oito páginas, e termina com a obra de Vânia Mignone, percorrendo um arco de 31 artistas, todos já integrados ao circuito profissional. Trata-se de um grupo jovem com surpreendente maturidade técnica, como as mineiras Ana Prata e Mariana Serri, o maranhense Thiago Martins de Melo, a carioca Gisele Camargo e os paulistas Marina Rheingantz, Ana Elisa Egreja, Ana Sario, Lucas Arruda, Paulo Nimer PJota, Rafael Carneiro, entre outros.Para Adriana Varejão, uma das mais conceituadas artistas plásticas da atualidade, alguns artistas do livro merecem um destaque especial, como a carioca Lucia Laguna.  “A Lucia vem se reformulando e merece uma atenção maior”, sugere. Laguna mora há mais de 30 anos no subúrbio do Rio e começou a pintar tardiamente nos anos 1990, após se aposentar como professora de língua portuguesa. “Esse livro preenche uma lacuna quando mostra a diversidade da nova geração de pintores brasileiros”, afirma Lucia Laguna. Em seu texto crítico, José Bento Ferreira chama atenção para o valor da pincelada. “Pintar exige muita reflexão. Prova disso foi a luta de pintores como Cassio Michalany, Sérgio Sister, Adriana Varejão, Paulo Pasta, Beatriz Milhazes e Rodrigo Andrade para adquirir uma linguagem própria e construir uma poética. Luta que temos o privilégio de testemunhar agora nos trabalhos dos mais novos, com poéticas em formação e linguagens em estado nascente”, analisa.

 

Participam: Adriana Varejão, Alex Cerveny, Ana Elisa Egreja, Ana Prata, Ana Sário, Beatriz Milhazes, Bruno Dunley, Caetano de Almeida, Cassio Michalany, Cristina Canale, Eduardo Berliner, Gisele Camargo, Janaina Tschäpe, Lucas Arruda, Lucia Laguna, Luiz Zerbini, Mariana Palma, Mariana Serri, Marina Rheingantz, Patricia Leite, Paulo Pasta, Paulo Nimer PJota, Rafael Carneiro, Renata de Bonis, Renata Egreja, Rodolpho Parigi, Rodrigo Andrade, Rodrigo Bivar, Sergio Sister, Tatiana Blass, Thiago Martins de Melo, Tiago Tebet e Vânia Mignone. Haverá debate com a artista Gisele Camargo (e mais dois artistas a serem confirmados) e mediação de Frederico Coelho.

GALERIA SILVIA CINTRA + BOX 4

29/mar

O artista Laercio Redondo é o atual cartaz, com a exposição “Lembrança de Brasília”, na Galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. Inspirado na obra de Athos Bulcão e em seu trabalho na criação dos painéis de azulejos de Brasília, Laercio apresenta nove serigrafias sobre compensado de madeira, dois vídeos e uma pintura. Carmen Miranda, Lina Bo Bardi e Felix Gonzales Torres já serviram de inspiração para trabalhos do premiado Laercio Redondo. Mestre em trazer personagens de volta à discussão, construir e reconstruí-los diante de sua própria ótica, o artista elegeu Athos Bulcão e seu trabalho de criação dos painéis de azulejos de Brasília. Diante da conjunção arte, vida e arquitetura Redondo analisa aspectos do modernismo na exposição.”…Pretendo trazer uma reflexão sobre uma figura essencial na aproximação entre arte, vida e arquitetura na história recente do Brasil”, diz Laercio Redondo.

Até 05 de abril.

GIACOMETTI NO BRASIL

27/mar

A Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, São Paulo, SP, exibe uma retrospectiva do escultor suíço Alberto Giacometti, com cerca de 280 obras. Giacometti faz parte da história da arte universal. “Ele junta todas as caras que vê numa só”, descreve Véronique Wiesinger, curadora da mostra. “São visões construídas a partir de vários momentos, de rostos que desfilam pela memória dele.” Entre eles, estava o escritor e filósofo francês Jean-Paul Sartre, que descreveu as esculturas de Giacometti como “retratos de todos os homens”. Sua filosofia também influenciou o escultor a trabalhar de forma obsessiva a figura humana- rostos, homens e mulheres. Uma de suas esculturas foi vendida há dois anos por cerca de R$ 187 milhões. Mesmo que pareçam isoladas, as figuras de Alberto Giacometti não se dissociam do espaço ao redor delas, levando os olhos do visitante da mostra a percorrer os vazios com a mesma curiosidade que o leva a visualizar as esculturas. Serão lançados dois livros sobre sua obra no Brasil, os autores são Véronique Wiesinger e David Sylvester, este com “Um Olhar Sobre Giacometti”, pela editora Cosac Naify. Um dos maiores estudiosos do artista, analisa o tratamento do espaço no entorno das figuras como essencial na construção das peças. Seus bustos lembram rochedos e montes grotescos que culminam na forma rude de rostos quase anônimos, sem expressão nem dono.”Tudo que eu conseguir fazer será uma pálida imagem do que vejo”, escreveu o artista, e disse mais: “Meu sucesso será sempre menor que meu fracasso ou talvez igual a meu fracasso.” A mostra seguirá para Belo Horizonte e Porto Alegre.

Até 16 de junho.


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