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AGENDA CULTURAL

PERCURSO POÉTICO DE DACOSTA

A Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta, a exposição “Milton Dacosta, a Construção da Forma”. A mostra mapeia a produção de um dos ícones da arte moderna no Brasil, através de um conjunto de 45 obras, provenientes de coleções públicas e particulares, além do acervo familiar, realizadas desde a década de 1930 até 1980.

A exposição inicia com suas primeiras produções, retratos e paisagens impressionistas, nos quais já ficam evidentes as características que o acompanhariam por toda a vida: o senso de construção formal, o desinteresse por temas regionais e a capacidade de captar a essência dos assuntos escolhidos. Em seguida, estão obras da década de 1940: figuras de pescoço longo e cabeças ovaladas, nas quais percebe-se a influencia da escola de Paris, especialmente de Cézanne, Modigliani e De Chirico. Os anos 1950 estão representados por trabalhos construtivistas, considerados os mais importantes de sua obra. Foi nesse período que o artista representou o Brasil na XXV Bienal de Veneza e recebeu o prêmio Melhor Pintor na II Bienal Internacional de São Paulo, com a obra “Construção”. No final da década de 1960, e até seus últimos anos, o artista realizou suas sensuais “Vênus”, um sucesso de vendas, mas rejeitado por parte da crítica da época.

A mostra, sob a curadoria de Denise Mattar, também apresenta uma cronologia ilustrada sobre o artista, com exibição de fotos e o vídeo realizado por Mário Carneiro sobre sua vida e obra, com depoimentos e recortes históricos. Para DeniseMattar, a exposição não pretende ser uma simples retrospectiva, mas sim traçar o percurso poético do trabalho de Dacosta. “A exposição busca estabelecer a ligação que esses trabalhos têm com sua produção anterior, enfatizando a coerência que permeou a trajetória do artista”, explica a curadora. Milton Dacosta é um dos mais valorizados pintores brasileiros e tem obras nas maiores coleções particulares e em museus do Brasil e do mundo.

Até 01 de julho.

"PERCURSO POÉTICO DE DACOSTA"

  1. Milton Dacosta foi um técnico dentro da técnica, como disse Fernando Pessoa. E com todo o direito de sê-lo, completa o poeta. Fora da técnica não há nada! Significa dizer que a verve artística de Dacosta soube interpretar os grandes movimentos de vanguarda que aconteceram anos antes num ambiente europeu. A sensibilidade do artista o colocou, no seu estilo híbrido e moderno, não exagerando nos maneirismo, rendeu-lhe lugar entre os grandes artistas de sua época, e ele, a seu modo, soube
    tirar partido do momento preciso da história da arte para também se colocar com muito gabarito, elegência e estilo.

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