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AGENDA CULTURAL

Reflexões em torno da mostra de Hal Wildson

 

 

Convite conversa aberta com Clarissa Diniz, Hal Wildson e Sandra Benites – “Re-Utopya: reflexões para um futuro possível”, dia 20 de julho, às 18h, na Galeria Movimento, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, no ambiente da exposição “Re-Utopya”, de Hal Wildson com as curadoras e críticas Clarissa Diniz e Sandra Benites. A mediação é de Érika Nascimento. A entrada é gratuita, e o agendamento via Whatsapp: 21 97114-3641.

 

No evento, será lançado o NFT da videoarte “Reflorestar Nossa Gente” pela plataforma Tropix, onde parte do valor da venda será revertido para a aldeia Rio Silveira, da etnia Guarani Mbyá, no litoral de São Paulo.

 

Érika Nascimento observa que “ao trazermos reflexões sobre a vasta história do Brasil, buscamos refletir sobre o lugar de sobrevivência da memória, dos povos originários e da natureza, como um dever de proteção global. Com isso buscamos traçar uma ponte do passado a um projeto de futuro. Um futuro que possamos repensar estratégias de sobrevivência coletiva”.

 

A exposição “Re-Utopya” fica em cartaz na Galeria Movimento até 30 de julho. É a primeira grande individual de Hal Wildson, artista e poeta que investiga a história do Brasil, onde memória, esquecimento, identidade e a palavra são suas ferramentas para pensar em um futuro possível para o país, e para o povo brasileiro, “ainda em formação”. Atualmente morando em São Paulo, Hal Wildson é conhecido principalmente por seu trabalho com imagens criadas a partir de uma datilografia. “Re-Utopya” reúne sua produção inédita e recente, em vários suportes. Símbolos nacionais, máquina de escrever, digitais, primeiros registros históricos do povo brasileiro são usados neste processo crítico que compõe sua poética.

 

Sobre o artista

 

Hal Wildson (1991) artista multimídia e poeta, nascido no  Vale do Araguaia, região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso. É conhecido pela pesquisa que envolve conceitos de escrita, identidade e a reconstrução de memórias coletivas e autobiográficas, atravessadas por questões sociais e políticas. A pesquisa sobre memória e esquecimento é a base de um trabalho que investiga a criação de territórios narrativos por meio de símbolos e documentos usados como ferramentas de construção e reconstrução no campo pessoal e coletivo. “Sou instigado por coleções documentais, técnicas escritas e materiais de documentação, pois acredito que os documentos são objetos que permitem a criação de narrativas simbólicas da memória, na esfera pessoal, criando ficções sobre a própria existência e em larga escala na fabricação da história de uma nação, uma vez que cada memória carrega consigo o peso do esquecimento – o que estamos esquecendo de contar?”

 

Sobre Clarissa Diniz

 

Clarissa Diniz (1985) nasceu em Recife e atualmente reside no Rio de Janeiro. É crítica de arte e curadora. Graduada em Lic. Ed. Artística/Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ. Entre 2006 e 2015, foi editora da “Tatuí”, revista de crítica de arte. Publicou diversos livros e realizou curadorias, dentre as quais destacam-se “Contrapensamento selvagem” (cocuradoria com Cayo Honorato, Orlando Maneschy e Paulo Herkenhoff), Itaú Cultural, SP, “Zona tórrida – certa pintura do Nordeste” (cocuradoria com Paulo Herkenhoff), Santander Cultural, Recife, “Ambiguações”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2013, “Pernambuco Experimental”, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, 2013, “Do Valongo à Favela: imaginário e periferia” (cocuradoria com Rafael Cardoso), Museu de Arte do Rio (MAR), 2014, “Todo mundo é, exceto quem não é” – 13ª Bienal Naifs do Brasil, SESC Piracicaba, 2016 e Sesc Belenzinho, 2017, e “Dja Guata Porã – Rio de Janeiro Indígena” (cocuradoria com Sandra Benites, Pablo Lafuente e José Ribamar Bessa), MAR, 2017. Foi curadora assistente do Programa Rumos Artes Visuais 2008/2009 (Instituto Itaú Cultural, São Paulo) e, entre 2008 e 2010, integrou o Grupo de Críticos do Centro Cultural São Paulo, CCSP.

 

Sobre Sandra Benites

 

Sandra Benites (1975) nasceu na aldeia Porto Lindo, no Mato Grosso do Sul, e hoje vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e São Paulo. É curadora, educadora e pesquisadora Guarani-Nhandeva. De 2010 a 2013, foi professora de guarani na Associação Indígena Guarani e Tupinikin (AITG), escola indígena na aldeia Três Palmeiras, no município de Aracruz, no Espírito Santo. Benites é doutoranda em antropologia social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como curadora, se dedica à arte indígena – conceito bastante amplo, que engloba a produção de diferentes povos, etnias e culturas. Em 2017, juntamente com José Ribamar Bessa, Pablo Lafuente e Clarissa Diniz, foi curadora da exposição “Dja Guata Porã – Rio de Janeiro Indígena”, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro. Em 2019, foi nomeada curadora adjunta de arte brasileira do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Tratou-se de um marco na história dos museus e da curadoria no Brasil, por ser a primeira curadora indígena a integrar a equipe curatorial de um museu de arte no país.

 

Sobre Érika Nascimento

 

Érika Nascimento (1988) nasceu em Belford Roxo, região da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, vive e trabalha na cidade do Rio de Janeiro. É Bacharel em Cenografia (EBA/UFRJ), Mestre em Cultura e Territorialidades (PPCULT/UFF) e doutoranda na linha Arte, Sujeito e Cidade (PPGARTES / UERJ). Possui MBA em Gestão Cultural (PECS/UCAM). Sua pesquisa está focada em questões territoriais, zonas fronteiriças e a ótica da resistência. Ao longo dos últimos quatro anos, atuou na gestão artística da galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea. Desde 2009 atua na co-gestão de projetos do Centro Cultural Donana, em Belford Roxo. Atualmente é gerente da galeria Movimento e sócia na Sotaque Carregado Artes.

 

 

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