Beatriz Milhazes em Fortaleza

25/fev

A Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, inaugura, no dia 26 de fevereiro, no Espaço Cultural Unifor, Fortaleza, CE, a exposição “Coleção de Motivos”, de Beatriz Milhazes, com curadoria de Luiza Interlenghi. A mostra, inédita, reúne cerca de 50 obras, entre pinturas, colagens e gravuras, contemplando as questões manifestas nos diferentes momentos da produção da artista. As obras pertencem ao acervo da artista, à coleção da Fundação Edson Queiroz e a coleções particulares e públicas.

 
Na obra de Beatriz Milhazes, a coleção de motivos, formada por flores, fios de pérolas, alvos, rendas, listras e cajus, é a base de desenvolvimento de sua linguagem plástica, com a qual se posiciona frente aos desafios da pintura contemporânea. “Observando o ritmo das composições e o jogo, sempre diferente, de repetições de motivos – florais, listras, arabescos – a mostra Coleção de Motivos reúne referências marcantes nas grandes linhas poéticas da artista”, afirma a curadora Luiza Interlenghi.

 
“A arte moderna no Brasil, em especial na pintura de Tarsila do Amaral, e seus cruzamentos com o modernismo europeu, em que se destaca a cor em Matisse, são linhas de força que pautam a produção de Milhazes. Mas é na prática de ateliê e a partir de um método de trabalho que joga com uma coleção de motivos que a artista estabelece uma convergência entre o caráter artesanal da pintura e a imagem industrial, reproduzida e veiculada na cultura de massa – um aspecto central da arte no limiar da modernidade”, analisa ainda Luiza Interlenghi.

 
Na década de 80, os trabalhos da artista estabeleciam padrões de repetição a partir de recortes e remontagens de tecidos, que reorganizavam os florais da estamparia popular. Em sua pesquisa plástica, Milhazes decidiu desenvolver seus próprios motivos, que convivem com muitos outros apropriados da cultura popular, do design e de símbolos da cultura de massa. Esta exposição destaca a importância e o experimentalismo destes processos seriais de reutilização e criação de padrões em todo o percurso da artista.

 
Aderindo ao processo de trabalho da artista, em que cada composição resulta de um jogo inédito de cores e motivos, o projeto curatorial propõe uma seleção de trabalhos guiada pelas linhagens desses motivos e que segue a pauta do ritmo intenso de suas cores. “A exposição tem o objetivo de rastrear o curso mais profundo das repetições e diferenças que brilham na tensa superfície de suas pinturas, colagens e gravuras”, finaliza a curadora.

 
No andar térreo do Espaço Cultural Unifor, haverá um espaço educativo com oficinas de arte para crianças e uma sala ocupada por fotos, cronologia e outros dados sobre a artista. Já as obras estarão presentes no segundo piso do Espaço Cultural.
No dia 26 de fevereiro, dia da abertura da exposição, acontece, a partir das 9h, uma conversa entre Beatriz Milhazes e Luiza Interlenghi no Teatro Celina Queiroz, campus da Universidade de Fortaleza.

 

 

 
De 26 de fevereiro a 24 de maio.

Arthur Arnold na Galeria Movimento

08/ago

Arthur Arnold, artista conhecido pela sua arte como protesto, abre a mostra “Estado de Sítio”, na Galeria Movimento, Copacabana, Shopping Cassino Atlântico, Rio de Janeiro, RJ, com obras inéditas. O artista já teve seu trabalho premiado no III Concurso de Arte Contemporânea do Itamaraty, foi indicado ao Novíssimos – IBEU 2011 e fará residência no Red Bull Station, em São Paulo, além de ter participado de exposições coletivas na Alemanha, onde estudou, na Bauhaus Universität.

 

Utilizar a arte como protesto é um movimento que não é de hoje. Em 1928, o “Abapuru”, de Tarsila do Amaral, inspirou o Manifesto Antropofágico, escrito no mesmo ano por Oswald de Andrade e que guiou e foi guiado por muitos artistas da época que tinham um envolvimento político e propunham uma revolta a favor de uma maior independência brasileira. Em 1965, com a obra “Não há vagas”, Rubens Gerchman abordou o tema do desemprego no país e, no ano seguinte, através da instalação “Objeto Popular”, Pedro Geraldo Escosteguy, criticou a política do momento.

 

Muitos artistas, até hoje, se manifestam através da arte. Sebastião Salgado e as fotos de Serra Pelada, que denunciam a exploração dos mineradores e Os Gêmeos, que criticam a ação policial nos protestos, são dois exemplos. Com o tema totalmente em voga, Arthur Arnold, conhecido pela sua pintura que aborda questões e situações que vivencia, com uma dose de humor, sarcasmo e até perversidade, onde observações e preocupações são transformadas em narrativas, abre sua exposição individual denominada “Estado de Sítio”, na Galeria Movimento.

 

São dez telas que, segundo o artista, retratam imagens de protesto, violência, desigualdade, discriminação, mutações simbólicas, opressão e criminalidade. Trata-se de uma mostra de pintura e sobre pintura (óleo e acrílica sobre tela), de um artista que vive e trabalha no mesmo contexto de suas imagens. Para a curadora que assina a mostra, Paula Borgui, Arnold nos apresenta uma produção que explora com intensidade tanto as camadas políticas como pictóricas da arte. São trabalhos que incitam o espectador a refletir e que atraem através de sua excelência formal (composição, cor e gesto), para então incitar a uma meditação conceitual e brutal do que é visto dentro e fora da galeria de arte.

 

 

Sobre o artista:

 

Arthur Arnold estudou pintura no Parque Lage, com João Magalhães, e é Bacharel em escultura pela Escola de Belas Artes da UFMG – Belo Horizonte, MG. Estudou um ano na Bauhaus Universität – Weimar, Alemanha, foi indicado ao Novíssimos, prêmio do IBEU, em 2012, e teve sua obra premiada no III Concurso de Arte Contemporânea do Itamaraty, Brasília, DF, 2013. O artista também foi convidado para participar de residência artística no Red Bull Station, em São Paulo, que promete abrigar, além de exposições, residências de artistas plásticos e estúdio de música, e os mais badalados happenings da cidade. O artista já participou de duas exposições individuais no Rio de Janeiro (Galeria Movimento e Centro Cultural Cândido Mendes) e outras duas em Belo Horizonte (Galeria de Arte Beatriz Abi-Acl e no BDMG Cultural). Entre as coletivas estão  a Abre Alas 8 – A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, 2012;  Spuren suchen –  Neues Museum Weimar – Weimar, Alemanha, 2007;  Art on the Edge –  Kunsthalle Weimar – Weimar, Alemanha – 2007.

 

 

De 12 a 31 de agosto.

Homenagem mural

07/jul

Registro de instalação da pintura “Lou Tarsimona”, mural de Ozi para o novo muro do Instituto Rubens Gerchman, Barra da Tiuca, Rio de Janeiro, RJ. O artista realizou uma fusão de imagens icônicas dos artistas Rubens Gerchman (Mona Lou) e Tarsila do Amaral (A Negra). Clara Gerchman (filha do pintor Rubens Gerchman) e o curador Marco Antonio Teobaldo estiveram na coordenação do projeto.

Indicadores de gênero

29/mai

Encontra-se em circulação e chama-se “Mulheres Gaúchas – Indicadores de Gênero”, a mais recente publicação da Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, Porto Alegre, RS. A abordagem da publicação anterior constava com reproduções de pinturas de Iberê Camargo. Na edição atual, foi selecionado expressivo grupo de mulheres/artistas como Clara Pechansky, Magliani, Maria Tomaselli e Zorávia Bettiol, trazendo como homenageada especial a pioneira Tarsila do Amaral.

 

O projeto gráfico é de Nara Fogaça. A equipe técnica contou com as pesquisadoras Clitia Helena Backx Martins (coord.), Gabriele dos Anjos, Irene Galeazzi, Marilene Bandeira e Paula Caputo.

 

Na apresentação, a Secretária de Políticas Para as Mulheres do RS, Ariane Leitão, além de destacar as artistas convidadas, sintetiza  o trabalho da seguinte forma: “…Além de abordar a diversidade de temas referentes à situação da mulher no Rio Grande do Sul e no Brasil, que perpassam questões como sua inserção no mundo do trabalho e do conhecimento, este é mais um material enriquecedor, dando-nos subsídios para trabalharmos com a promoção da igualdade, através da garantia dos direitos humanos das meninas e das mulheres gaúchas.”

ARTEFUTEBOLARTE

13/mai

Uma viagem pela história do futebol é a proposta da exposição “ARTEFUTEBOLARTE”, que o Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP, apresenta no período quase concomitante ao que o Brasil abriga o rito supremo desse esporte, a Copa do Mundo. Com curadoria de Hélio Campos Mello, fotógrafo e diretor editorial da Brasileiros Editora, a mostra exalta o nosso país como o inventor do “Futebol Arte”, a qualidade da produção fotográfica dedicada ao esporte e traça um paralelo, histórico e contemporâneo, com as artes plásticas.

 

Com expografia assinada por Martin Corullon, da Metro Arquitetos, “Artefutebolarte” dividi-se em três núcleos. No primeiro, que ocupa o grande hall do Instituto, criou-se um espaço retangular que remete a arquibancadas de estádio, onde são apresentadas obras dos premiados fotógrafos Jorge Araújo (Folha de S. Paulo), Ricardo Stuckert e Paulo Pinto (Agência Fotos Públicas). A excelência dos trabalhos, que revelam momentos em campo de jogadores como Neymar, Ronaldo e Ronaldinho, deixa claro que além de craques da bola, o Brasil também é celeiro de grandes fotógrafos.

 

O segundo núcleo trata da relação entre a arte e o futebol no Brasil. Uma seleção de fotografias – que mostra desde os primórdios do futebol no final do século XIX até os dias de hoje – é intercalada por imagens de obras de arte correspondentes aos períodos ilustrados pelos feitos do esporte. Pinturas de Almeida Junior, Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi, Rubens Gerchman, Aguillar, Cildo Meirelles e expoentes do cenário artístico atual são exibidas  ao lado de fotografias de Pelé, Garrincha, Tostão, Zico, Romário, Ronaldo, entre outros, com destaque para os anos de 1958, 62, 70, 94 e 2002.

 

Para completar a exposição, uma sala recebe obras do artista plástico Lula Wanderley, em uma espécie de reinvenção do futebol. Jogadas antológicas de Maradona, Pelé, Zidane e Romário são retrabalhadas em três vídeos que registram estes ícones em seus momentos sublimes, mas sem a bola – retirada pela arte de Wanderley.

 

 

De 15 a 25 de junho.

Raquel Arnaud com Célia Euvaldo e Tuneu

12/nov

Em “Desenhos e Colagens”, Célia Euvaldo resgata o desenho sobre papel, marca do início de sua carreira, precisamente até 1997, quando a artista transfere sua ação para a tela. Segundo a artista, os sete novos desenhos em grandes dimensões representam uma recriação de seu próprio trabalho, trazendo um gesto cada vez mais construído. Para Lorenzo Mammì, que assina o texto da exposição, são obras que apresentam a delimitação de um território e dos movimentos que são possíveis nele. Nos trabalhos mais antigos, o papel era uma área livre cuja única constrição era determinada pela referência a um centro. Nestes novos, ao contrário, cada traço é fruto de uma negociação entre os contornos do papel e a posição da artista que se movimenta ao redor dele. “A maneira como os contornos do suporte são retomados, segmentados e deslocados pode lembrar procedimentos de desconstrução minimalista; mas a densidade e a tensão dramática dos traços remetem a uma poética expressionista”, afirma o crítico. Completam a exposição três grandes colagens nas quais a artista realiza um contraponto entre os suportes, colando o frágil papel chinês na rígida cartolina.

 

 

Paralelamente, no segundo piso da galeria, Tuneu, em “Dobradura”, retoma a pintura com aquarela por meio de 16 trabalhos. Como destaca Marco Giannotti em seu texto sobre esta nova série do artista, a opção pela aquarela acompanha Tuneu desde a década de 70, uma técnica que testa os limites impostos pela linha. Segundo Giannotti, ao sobrepor finas camadas aguadas de cores, o artista alcança um efeito aéreo luminoso, no qual o branco do papel é essencial, principalmente pelo uso do Arches, por não ser nem liso nem granuloso demais, potencializando esta luminosidade. “Se, em relevos anteriores feitos por Tuneu, a dobra era literal, agora ela aparece apenas como uma ideia, algo que só se realiza na imaginação”, diz Giannotii. Mas segundo ele, se por um lado os recortes cromáticos, que se insinuam nas dobraduras, revelam um quadrado latente, que no faz pensar na Bauhaus ou em Albers, nestas aquarelas recentes além da dobradura, sempre há um espaço interno vazio, que remete a um jardim Zen de pedra. “Algo que efetivamente não pode ser visto –  afinal, como disse outro mestre da cor, Matisse: ‘as cores existem e todavia, não existem’”, completa.

 

 

Sobre Célia Euvaldo

 

 

Célia Euvaldo, São Paulo, 1955, vem expondo regularmente desde meados da década de 80, tendo obtido o 1º prêmio – Viagem ao Exterior – no 11º Salão Nacional de Artes Plásticas em 1989. Entre 1988 e 1997, seu trabalho consistiu basicamente em desenho sobre papel, explorando e estirando os limites dessa categoria. A partir de então a pintura tem sido seu foco principal. Entre as mostras mais recentes, realizou individuais em 2011 no Museu da Gravura Cidade de Curitiba, e na Lemos de Sá Galeria, Belo Horizonte, bem como a mostra “Poeminhas” no Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo. Em 2006 apresentou a exposição “Brancos” na Estação Pinacoteca, São Paulo. Participou, em 2005, da 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre.

 

 

Sobre Tuneu

 

Professor, pintor e desenhista, Tuneu cujo nome civil é Antonio Carlos Rodrigues, nasceu em São Paulo, 1948. Foi aluno de Tarsila do Amaral entre 1960 e 1966 e recebeu influência de Wesley Duke Lee. Foi assistente de Willys de Castro e Hércules Barsotti durante vários anos. Entre as exposições de que participou, destacam-se: Salão de Arte Contemporânea de Campinas, várias edições entre 1966 e 1974; Prêmio Viagem à Europa, 1970, e Prêmio Aquisição, 1974; 16º e 17º Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, 1967 e 1968; Bienal Internacional de São Paulo, várias edições entre 1967 e 1975; Prêmio Aquisição Itamaraty, 1971 e 1975; Panorama da Arte Atual Brasileira, MAMA – São Paulo, várias edições entre 1971 e 1989; 3º e 6º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no MASP, 1971 e 1975); Arte na Rua 2, São Paulo, 1984; Off Bienal, no Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo, 1996. Realizou exposição individual na Galeria Raquel Arnaud, em 2008, e em 2010 na Casa de Cultura de Paraty, Rio de Janeiro. A editora BEI organiza um amplo catálogo sobre a trajetória e a obra do artista. A Galeria Raquel Arnaud o representa desde 2008.

 

 

Até 21 de dezembro de 2013.

Coleção Roberto Marinho no Paço Imperial

14/jun

O Centro Cultural Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugurou a exposição “Um outro olhar: Coleção Roberto Marinho”, reunindo 200 obras da coleção do jornalista Roberto Marinho. Serão apresentadas cerca de cem peças inéditas e será uma oportunidade de ver, pela primeira vez, telas como as que compõem a “Via Sacra”, de Emeric Marcier, a “Santa Cecília”, de Portinari, além de imagens religiosas dos séculos XVIII e XIX.

 

O curador da exposição e diretor do Centro Cultural Paço Imperial, Lauro Cavalcanti, explica que “Um outro olhar procura evidenciar o enfoque diferenciado dado pelo jornalista Roberto Marinho para formar esse conjunto que será desvendado ao público que poderá, assim, ter também um outro olhar sobre a coleção.” A montagem da mostra ocupa integralmente o primeiro e o segundo pavimentos do Paço Imperial, dividindo as obras por temas como abstratos, flores, paisagens, retratos/ figuras, naturezas mortas, religião, esportes, infância, trabalho, fauna, tapeçarias e esculturas. Assim, o público poderá fazer uma leitura comparada e perceber como diversos artistas abordam um mesmo assunto, através da diferença entre suas criações e suas influências. Entre as dezenas de nomes importantes figuram dentre outros obras assinadas por Volpi, Guignard, Djanira, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Iberê Camargo, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Roberto Burle Marx, Antônio Bandeira, Frans Krajcberg e Siron Franco.

 

 

A mostra encerra uma trilogia de exposições com obras do acervo de uma das mais importantes coleções do Brasil – a primeira foi em 1985 e a segunda em 2004.  De acordo com o curador, a mostra permite uma visão global da coleção, fechando coerentemente um ciclo com uma exposição clássica e elegante que explora a qualidade dos trabalhos.

 

De 14 de junho a 11 de agosto.

Reabertura no MNBA

10/jan

 

Depois de passar por reformas estruturais em meados deste ano, reabre uma das principais mostras permanentes do Museu Nacional de Belas Artes, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Situada no 3º Piso a Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea do MNBA abriga uma das raras mostras no Brasil onde se pode descortinar, num mesmo espaço, todo um percurso artístico que vai do inicio do século XX até o contemporâneo.

 

Na nova exposição da Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea foram incluídas obras, a maior parte doações, como “Retrato de Yedda Schmidt” (esposa do falecido empresário Augusto Frederico Schmidt, poeta e dono do supermercado Disco, ghost-writter de Juscelino Kubitchek, etc), de Candido Portinari; telas de Willys de Castro, Décio Vieira, João Fahrion, Timóteo da Costa, Alex Flemming, gravuras de Maria Bonomi, Fayga Ostrower, e Gilvan Samico; e esculturas de Celso Antonio, entre vários outros.

 

Superando a mostra anterior, antes o espaço abrigava 180 trabalhos, agora serão 205 obras em exposição. Possuindo 1.800 metros quadrados, divididos em dois andares, a Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea apresentará no primeiro andar o movimento da “Abstração na gravura”, com destaque para obras de Fayga Ostrower, Anna Bella Geiger, Rossini Perez, Artur Luiz Piza, Dora Basílio, Edith Behring, Anna Letycia, entre outros. No segundo andar artistas como Gilvan Samico, Maria Bonomi, Leonilson, Carlos Martins, Adir Botelho, Rubem Grilo, Claudio Mubarac e Fernando Vilela, se reunirão aos outros artistas representando a importância da gravura na produção artística brasileira das décadas de 1980 a contemporaneidade.
Na tocante às esculturas, novas peças também serão apresentadas, de artistas como Farnese de Andrade, Celso Antonio, Rubens Gerchman, Zelia Salgado, Abraham Palatnik e um bronze de Paulo Mazzucchelli.

 

Os novos trabalhos completam a coleção anterior que volta a exibir autores como: Manabu Mabe, Iberê Camargo, Beatriz Milhazes, Eliseu Visconti, Di Cavalcanti, Jorge Guinle Filho, Tarsila do Amaral, Carlos Oswald, Gonçalo Ivo, Mauricio Bentes, Amílcar de Castro, Pancetti, Guignard, Tomie Ohtake, Marcos Coelho Benjamin e Antonio Henrique Amaral.

 

A partir de 10 de janeiro (em exibição permanente).

Modernismo no Centro Cultural Correios

16/nov

O Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe a exposição “Mário de Andrade – Cartas do Modernismo”. A mostra, com curadoria de Denise Mattar, encerra as comemorações dos 90 anos da Semana de Arte Moderna, traçando um panorama da implantação e expansão do Modernismo no Brasil através de obras de arte, cartas, imagens, fotos e textos do escritor que, junto com Oswald de Andrade, foi um dos principais impulsionadores do movimento artístico. Em exibição, obras assinadas por Di Cavalcanti, Segall, Cícero Dias, Ismael Nery, Portinari, Zina Aita, Augusto Rodrigues, Portinari e Enrico Bianco, artistas do primeiro e segundo modernismo, expoentes da melhor arte moderna brasileira.

 

A correspondência de Mario de Andrade é reconhecida por seu expressivo volume e pela qualidade dos interlocutores envolvidos. Os mais importantes poetas, escritores, músicos, teóricos e artistas desse período trocavam cartas com ele. O estudo delas revela o ideário modernista do autor, que se constitui como tema central da exposição, mas apresenta também o lado humano das pessoas envolvidas, suas dores, amores, brigas, disputas, picuinhas e brincadeiras.

 

O foco central das cartas apresentadas na exposição são as artes plásticas. O tema é abordado nas correspondências trocadas com Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Enrico Bianco, Cícero Dias e Victor Brecheret e também nas missivas entre o escritor e Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Henriqueta Lisboa. Um especial destaque é dado ao período, muito pouco conhecido, em que Mário de Andrade viveu no Rio de Janeiro, e também à sua amizade com Portinari. Neste segmento são apresentadas cartas originais de Mário de Andrade a Portinari, mantidas no Projeto Portinari.

 

Devido à sua fragilidade a maioria das cartas será apresentada em fac-símile. Considerando também a dificuldade de compreensão da caligrafia antiga, parte delas foi transcrita e impressa para facilitar a leitura. Parte delas está disponível em áudio, na voz do ator João Paulo Lorénzon, o que além de estimular uma compreensão emocional do material, estende a abrangência da mostra aos deficientes visuais.

 

Há ainda uma instalação interativa, criada pelo cenógrafo Guilherme Isnard, que permite ao visitante recompor virtualmente as cartas juntando letras que estarão flutuando projetadas na sala. Outra atração é a possibilidade de levar uma carta de Mário Andrade para casa. Para isso basta deixar escrita uma carta para a produção da mostra, para os Correios ou mesmo para o escritor Mário de Andrade. A exposição é complementada por uma cronologia de Mário de Andrade e um vídeo que contextualiza aquele período para o público através de fotos de época.

 

Até 06 de janeiro de 2013.

TARSILA DO AMARAL NO RIO

13/fev

O CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “Tarsila do Amaral — Percurso Afetivo”, um retrospecto da vida e da obra da pintora Tarsila do Amaral, composta de 85 trabalhos da artista. O nome de Tarsila do Amaral faz parte da história da arte brasileira como uma vanguardista com presença marcante no Modernismo Brasileiro. Complementam a exposição objetos pessoais, diários de viagens, uma palestra-concerto e encontros com os curadores Antonio Carlos Abdalla e Tarsilinha do Amaral, sobrinha-neta da artista. No entanto, sua tela mais famosa, o “Abaporu”, pertencente ao acervo do MALBA, de Buenos Aires, desta vez não estará presente, assim como “A Negra”, da coleção do MAC, de São Paulo. Em compensação, consta “Antropofagia”, tela de igual importância como as demais citadas. A proposta da curadoria – para quem a exposição é “uma mostra de colagens de obras da artista” -, agrupou três telas de Tarsila nominando-as de “Trilogia carioca”, são elas: “Morro da favela”, “Estrada de ferro Central do Brasil” e “Carnaval em Madureira”, obras da fase conhecida como “Pau Brasil”. Tarsila do Amaral ainda será reverenciada em março com o livro “Tarsila-Os melhores anos”, pela M10 Editora, com autoria da crítica de arte Maria Alice Milliet. Até 29 de abril.