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AGENDA CULTURAL

TOMIE OHTAKE – GESTO E RAZÃO GEOMÉTRICA

No mês em que a artista completa 100 anos, em 21 de novembro, o Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP, realiza a terceira exposição em comemoração ao seu centenário, com curadoria de Paulo Herkenhoff. Em “Tomie Ohtake – Gesto e Razão Geométrica”, o crítico, ao reunir cerca de 60 trabalhos, a maioria pinturas, aborda como o racionalismo da construção g
eométrica encontra a pincelada gestual que propõe a linha orgânica, formando aí uma das características importantes da obra da artista.

 

Segundo Herkenhoff – profundo estudioso de Tomie, curador de várias mostras sobre a artista, como “Pinturas Cegas”, realizada no ano passado e que agora, dia 19 de novembro, será inaugurada no MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro, do qual é diretor cultural – uma questão chave atravessa toda a obra de Tomie: a intangibilidade da perfeição. “Ao contrário do racionalismo da geometria ocidental, Ohtake experimenta incessantemente a imprecisão’, afirma.

 

Nesta grande mostra comemorativa, a partir de trabalhos seminais e de um expressivo conjunto que traz variações formais, como os retângulos, as sombras, a arquiteturas, as elipses, os círculos, as sobreposições, o curador percorre o inesgotável vocabulário plástico do universo de Tomie. Para Herkenhoff, a vontade geométrica da artista não se reduz a uma lógica única e está dispersa entre experiências singulares. “Certa pintura de Ohtake representa a adesão à dita “geometria sensível da América Latina”; noutros casos, está a geometria imprecisa e uma geometria cósmica”, destaca.

 

Outras reflexões de Paulo Herkenhoff o fizeram optar pela pauta geométrica nesta principal mostra em homenagem ao centenário de Tomie. Segundo ele, a geometria da artista, fora da exegese canônica do concretismo, expande o campo e o torna mais complexo. “A pintora contribuiu para a formulação da geometria transcultural do Brasil, que envolve sua relação com algumas imagens estéticas que envolvem valores espirituais, como o “enso”, o círculo imperfeito no Zen Budismo, e a relação da forma com a sombra, um valor da cultura japonesa tradicional”, completa o curador.

 

De 22 de novembro a 02 de fevereiro de 2014.

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