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AGENDA CULTURAL

Visualidade afro-brasileira de Luiz Moreira

A exposição “A luz da beleza”, de Luiz Moreira, com curadoria de Marcus de Lontra Costa, experiente curador e crítico de arte, que já esteve à frente do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, estará em cartaz até 07 de abril, na Biblioteca Mário de Andrade, São Paulo, SP. A mostra reúne 31 imagens em grande formato, vídeos da série visual do artista “Ayê e Orum” e “Oxum às margens do Rio da Barra”, além de adornos e objetos em colaboração com os artistas Diego Silf, Felipe Maltone e Victor Hugo Mattos. Em 2022, o projeto “A Luz da Beleza” passou pela Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro, atingindo recorde de público na instituição. Agora, na icônica biblioteca da capital paulista, a mostra traz imagens inéditas e uma nova expografia.

A palavra do curador

Nos tempos atuais, quando vemos parte significativa da população brasileira ocupando os espaços de ação que sempre lhe foram negados, jovens pretos ainda são assassinados e episódios de racismo se repetem. Existe, assim, um clamor por igualdade e inclusão, também presente no campo da afirmação estética, na valorização do universo da visualidade afro-brasileira…os trabalhos de Luiz Moreira se apropriam da extrema riqueza visual e dos ritos religiosos vindos da África, dando-lhes um sentido transformador, em diálogo com técnicas e materiais tecnológicos contemporâneos. É o “afrofuturismo” vindo à tona em cores chamativas e cheias de contrastes. As imagens vibram diante do nosso olhar e as personagens fotografadas caminham entre nós como num desfile de carnaval, combinando sedução e encantamento.

Sobre o artista

Dividindo-se entre Miami e o centro de São Paulo, Luiz Moreira nasceu na periferia da capital, no Jardim Ângela, onde morou até os 18 anos. Sua relação com a imagem é inspirada em sua própria experiência como morador de um bairro periférico. Começou a fotografar em projetos acadêmicos no curso de comunicação social e então passou a se dedicar à fotografia de rua em São Paulo e Nova York, explorando o cotidiano desses grandes centros. O trabalho estético e documental do fotógrafo combina uma afinidade com a cultura contemporânea com um interesse pelas perspectivas diaspóricas e o culto às orixalidades das religiões de matriz africana. Suas séries documentais como “Porta do Mar” e “Santo Negro” apareceram em importantes festivais e feiras nacionais e internacionais, como a Art Basel (edição de 2019, em Miami), o Festival AfroPunk (as edições que aconteceram em Johanesburgo, Atlanta e Salvador) e o Troy House Art Foundation London, em 2023.

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