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AGENDA CULTURAL

MUSEU AFRO BRASIL EXPÕE BABINSKI

24/mai

Paisagem da Memória

Gravuras, aquarelas e pinturas do artista plástico Maciej Babinski, polonês radicado no Brasil, encontram-se em exposição no  Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP. Inspiradas nas luzes e cores incandescentes do Ceará, as 77 obras de “O Imaginário de Babinski” são reunidas em São Paulo após a comemoração dos 80 anos do pintor. Nascido em Varsóvia, em 1931, Babinski migrou com a família para a Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial. Depois de quase uma década, novo destino: o Canadá, onde viveu por quatro anos e afinou-se com o grupo de vanguarda Os Automatistas. Em 1953, finalmente aportou no Brasil, seu país por eleição. No Rio de Janeiro, aproximou-se de artistas como Oswaldo Goeldi, Augusto Rodrigues e Darel. Suas primeiras individuais, em solo brasileiro, ocorreram em 1962 e 1964. Em 1991, o artista passou a residir em Várzea Alegre, no interior do Ceará. “O sertão vira mar no estuário mágico babinskiano, seja no ‘Inferno Estético’ das gravuras em metal, na delicadeza das aquarelas, como na luz incandescente das grandes e explosivas pinturas – lampejos recentes do autor”, avalia a curadora Dodora Guimarães. As obras de Babinski se integram ao conjunto da exposição “O Sertão: da caatinga, dos santos, dos beatos e dos cabras da peste”, ainda em cartaz no museu. “É a continuidade de um artista contemporâneo, com seu imaginário numa cenografia real, que é o sertão, onde ele foi morar”, diz o diretor-curador Emanoel Araújo.

 

Até 27 de junho.

LIVRO DE SAMICO NA GALERIA IPANEMA

23/mai

A Bem-Te-Vi Produções Literárias e a Galeria de Arte Ipanema, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, lançam o livro “SAMICO”. Trata-se da vida e da obra de Gilvan Samico, pintor, e um dos gravadores mais importantes da história da arte brasileira. Pernambucano, Samico é um dos principais nomes do Movimento Armorial. O prefácio é assinado pelo escritor Ariano Suassuna, a quem a obra de Samico foi elemento primordial para a fixação dos fundamentos do Movimento Armorial. O texto é assinado pelo crítico de arte Weydson Barros Leal. Autor de obras constantes nos mais destacados acervos públicos no país, como a Pinacoteca do Estado, São Paulo, o artista vive e trabalha em Olinda.

 

Na Galeria Ipanema, dia 24 de maio, 19h.

 

OBJETOS DE WALTERCIO CALDAS

Estudos sobre a vontade

O Mul.ti.plo Espaço de Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, exibe catorze objetos e dezesseis gravuras de Waltercio Caldas. Desde que iniciou sua carreira profissional, o artista sempre voltou sua atenção à produção de objetos. Foi o que aconteceu em sua estreia, em moldes profissionais, em 1973, através de exposição individual no MAM-Rio. Seu primeiro múltiplo — obra reproduzida em série — ocorreu um ano depois e tem por título “A Origem do Futuro”, uma embalagem de papel com um disco de vinil e duas miniaturas de canhões. Este trabalho encontra-se em exibição no conjunto da atual exposição. No total, serão exibidos trinta criações do artista. Oito trabalhos são inéditos e a exposição perpassa diversas épocas de sua criativa produção. Entre as peças recentes, consta uma espécie de relevo datada de 2005, em aço inoxidável e fio de algodão que representa uma garrafa. Destaque também para “Estudos sobre a Vontade”, uma série de fotografias de 1978 transformadas em um múltiplo no ano 2000.

 

Até 21 de julho.

MOSTRAS INDIVIDUAIS NA ANITA SCHWARTZ

22/mai

A Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, inaugura duas exposições. No térreo, apresenta Wagner Morales e no terceiro andar, Fernanda Quinderé. No grande espaço de 200 metros quadrados com pé direito de mais de sete metros, será apresentada a exposição “Dual Overdrive”, com obras inéditas de Wagner Morales, que divide seu tempo entre São Paulo e Paris, onde já expôs no Palais de Tokyo, no Centre Pompidou e na Fondation d’Entreprise Ricard. Seu trabalho já foi visto também em Helsinque, Londres e Nova York. Para esta mostra, o artista apresenta uma instalação composta por dois outdoors que medem 9m x 6m cada um, uma instalação sonora e dois conjuntos de fotos. Os dois outdoors, construídos em madeira e com suas superfícies iluminadas, encontram-se virados para as paredes da galeria, diz o artista: “…como se fossem duas pessoas de castigo, de costas uma para a outra”. Complementa a instalação uma série de fotografias de lugares e objetos captadas durante caminhadas em arredores de estradas vicinais. No chão da sala estará o trabalho “Estudo de balística”, composto por uma série de fotografias, em pequenos formatos. Na pequena sala que fica na entrada da galeria, Wagner Morales exibe a obra “Joker”, de 2012, um registro dos pôsteres de propaganda política da eleição presidencial da França, realizado em colaboração com sua mulher, Beatriz Toledo.

 

No terceiro andar da galeria, a exposição individual de Fernanda Quinderé, composta de trabalhos inéditos, feitos especialmente para esta exposição. Em sua terceira exposição individual, a artista brasiliense de nascimento, mas residente no Rio de Janeiro, apresenta sete obras, feitas a partir das novas tecnologias de criação e impressão. Fernanda Quinderé explica o método: “É pintura, mas não é pintura. Fica no meio. Pode ser reproduzível em cópias, mas também não é fotografia. O processo de decodificação dessas composições são desafios para o cérebro”.

 

Até 30 de junho.

UNIVERSO MAIA NO CCBB, RIO

18/mai

O CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “Rabin Ajaw – a filha do Rei”, uma idealização do artista plástico Luiz Dolino, também curador do evento. Luiz Dolino batizou-a com esse título, por inspiração de uma das principais tradições da cultura maia, realizando assim um mergulho no legado dessa civilização, da qual a Guatemala e sua população majoritariamente indígena são os herdeiros naturais. Rostos, expressões, ritos, materiais, mitos e sobretudo peças de vestuário fazem dessa exibição uma rica viagem pela estética cultural e pelas crenças das populações de origem maia da Guatemala. Seduzido pela beleza dos figurinos rituais, em que a geometria e o uso das cores “são quase um alfabeto gráfico”, Luiz Dolino concluiu que o vestuário seria um percurso interessante para aproximar o público do universo maia.  Para o curador, os padrões utilizados nos tecidos têm uma ligação “gramatical” com os motivos exibidos na cerâmica antiga, presente também na exposição por meio da contribuição da Fundación La Ruta Maya, o maior acervo privado da Guatemala.

Até 22 de julho.

REEDIÇÃO DE 1985

O Museu de Arte Sacra de São Paulo, Bairro da Luz, São Paulo, SP,  apresenta “Luz da Fé – Fotógrafos Brasileiros Anos 80″, exposição com 49 fotografias realizadas nos anos de 1980, registros da devoção do povo brasileiro através de procissões, festas e outras representações de caráter religioso. A mostra, que obedece a curadoria do crítico de arte Paulo Klein, é um recorte de “Andores, Opas e Anjos: Passa a Procissão”, organizada pelo Pe. Antonio de Oliveira Godinho, exibida no mesmo museu em 1985. Entre os principais objetivos do curador para a mostra está o resgate do aspecto temático das imagens ligadas à religiosidade, observando a poética e os elementos estéticos de fotógrafos que atuavam em diversos setores da fotografia brasileira no período, tais como Adenor Gondim, Aristides Alves, Cláudio Versiani, Edu Simões, Juca Martins, Miguel Chikaoka, Nair Benedicto, Paulo Leite, Pedro Vasquez, Penna Prearo, Ricardo Malta e Rosa Gauditano, integrantes da atual reedição. A comunicação com o sagrado, que pode ser representada pela chama de uma vela, como sugere o título, é o tema que permeia essas obras. “Luz da Fé” visa contribuir com a memória da devoção brasileira para que ela não se perca, para que a chama dessa vela não se apague.

Até 29 de julho.

A GENTIL CARIOCA EXIBE RODRIGO TORRES

17/mai

Chama-se “Sensor” a mostra que Rodrigo Torres, exibe na galeria A Gentil Carioca, Centro, Rio de Janeiro, RJ. O artista fala sobre seu trabalho: “…Para essa exposição defini como fio condutor a antecipação da experiência visual de estar em um lugar, o registro fotográfico dessa experiência e a posterior insersão na rede de memória coletiva, a qual antecipa a experiência do próximo. “Sensor” também é o título da instalação apresentada na exposição de mesmo nome, formada a partir de uma única fotografia fragmentada e reposicionada no espaço, tendo como critério a sensação de profundidade. O projeto foi inspirado no aparelho Kinnect que é usado em conjunto com o video-game xbox 360. Esse aparelho possui, dentre outras funcionalidades, um sensor que escaneia o espaço a sua frente e percebe a profundidade, possibilitando o mapeamento tridimensional. No meu jogo, uso o meu sistema sensorial para manipular a sensação de profundiade da fotografia”.

 

Nesta edição haverá o lançamento da Camisa-Educação n°44 criada pelo artista Fabiano Araruna e “Entregue as Moscas”, livro/obra do Grupo Acidum. O livro é um mosaico, um caleidoscópio onde se expõe um mix de imagens, textos, registros de produção de obras, exposições e ações urbanas além de parcerias com diversos artistas, e outras experimentações realizadas por um dos coletivos mais significativos do nordeste em sua primeira fase de cinco anos de atividades. A obra conta ainda com textos poéticos, curatoriais, sentidos e informativos de nomes como Gerald Porter, Herbert Rolim, Jared Domício, Júnior Pimenta, Kennedy Saldanha, Luíza Interlenghi, Sérgio Franco e Uirá dos Reis.

 

De 02 de junho a 14 de julho.

TELAS INÉDITAS DE PAULO LAPORT

16/mai

Após uma temporada de 10 anos sem expor no Rio de Janeiro, Paulo Laport abre exposição que inclui apenas trabalhos inéditos na Galeria Marcia Barrozo do Amaral, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. O artista selecionou oito pinturas, todas óleo sobre tela, nas quais predomina, por trás da aparência cinzenta, uma rica variação de luminosidade. Ao observar as obras com mais atenção, percebe-se que este cinzento contém inúmeras cores dentro dele, fruto das seguidas investidas do artista sobre a tela. “A aparente simplicidade e neutralidade tanto da cor quanto da pincelada são, na verdade, a solicitação de um olhar mais detido da parte do visitante”, comenta Paulo. Só demoradamente a pintura revela as inúmeras nuances retidas nas pinceladas sistemáticas e repetidas, numa trama de horizontais e verticais, seu trabalho é a indagação permanente sobre os limites e avanços ainda buscados nesta linguagem que parecia ter chegado ao seu limite na arte moderna. O artista parte destes limites atribuídos à pintura moderna para testar cada uma de suas variáveis: escala, materialidade, presença, objetualidade, espacialidade. Para o historiador e crítico Guilherme Bueno, o acinzentado das obras expostas está para a pintura de Paulo “…como o azulado para Cézanne”. Entre as principais exposições do artista estão as da Galerie Gerard Leroy, Paris, Galerie Lehmann, Lausanne e no Paço Imperial, Rio de Janeiro. Laport também já participou de diversas coletivas e feiras nacionais e internacionais incluindo a SP Arte, Bienal de Gravura Latino-Americana, Porto Rico; Bienal Italo-Latino-Americana di tecniche grafiche, Roma; Trienal Latino-Americana del Grabado, Buenos Aires e Bienal Internacional de Arte, Chile, entre outras.

Até 09 de junho.

PERCURSO POÉTICO DE DACOSTA

14/mai

A Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta, a exposição “Milton Dacosta, a Construção da Forma”. A mostra mapeia a produção de um dos ícones da arte moderna no Brasil, através de um conjunto de 45 obras, provenientes de coleções públicas e particulares, além do acervo familiar, realizadas desde a década de 1930 até 1980.

A exposição inicia com suas primeiras produções, retratos e paisagens impressionistas, nos quais já ficam evidentes as características que o acompanhariam por toda a vida: o senso de construção formal, o desinteresse por temas regionais e a capacidade de captar a essência dos assuntos escolhidos. Em seguida, estão obras da década de 1940: figuras de pescoço longo e cabeças ovaladas, nas quais percebe-se a influencia da escola de Paris, especialmente de Cézanne, Modigliani e De Chirico. Os anos 1950 estão representados por trabalhos construtivistas, considerados os mais importantes de sua obra. Foi nesse período que o artista representou o Brasil na XXV Bienal de Veneza e recebeu o prêmio Melhor Pintor na II Bienal Internacional de São Paulo, com a obra “Construção”. No final da década de 1960, e até seus últimos anos, o artista realizou suas sensuais “Vênus”, um sucesso de vendas, mas rejeitado por parte da crítica da época.

A mostra, sob a curadoria de Denise Mattar, também apresenta uma cronologia ilustrada sobre o artista, com exibição de fotos e o vídeo realizado por Mário Carneiro sobre sua vida e obra, com depoimentos e recortes históricos. Para DeniseMattar, a exposição não pretende ser uma simples retrospectiva, mas sim traçar o percurso poético do trabalho de Dacosta. “A exposição busca estabelecer a ligação que esses trabalhos têm com sua produção anterior, enfatizando a coerência que permeou a trajetória do artista”, explica a curadora. Milton Dacosta é um dos mais valorizados pintores brasileiros e tem obras nas maiores coleções particulares e em museus do Brasil e do mundo.

Até 01 de julho.

BOLTANSKI NO RIO

A Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, exibe a primeira mostra de Christian Boltanski no país. Trata-se de “CHANCE”, exposição que o artista apresentou no Pavilhão Francês da Bienal de Veneza de 2011. Boltanski é um dos mais conceituados artistas da atualidade. Artista plástico francês, autodidata, nascido em 1944, combina a pintura, a mail-arte, o cinema, o vídeo, a performance, a instalação e a fotografia. Artista emblemático da arte experimental das últimas décadas, pondo constantemente em causa os parâmetros tradicionais da obra de arte. O artista utiliza como tema a sua vida pessoal (verdadeira ou reinventada), a memória, a identidade, a ausência, a perda e a morte. Boltanski utiliza acontecimentos e fatos históricos para compor o que ele considera o embate entre o bem o mal, o certo e o errado, o moral e o imoral. A atmosfera ambígua de “Chance” evidencia-se desde o título da exposição. “Chance”, em francês, tem uma conotação claramente positiva, de sorte e fortuna; na língua inglesa, porém, a palavra vem lembrar ao espectador que o acaso não pode existir sem a dimensão do risco. Em português, o título devolve à obra o seu sentido original – de oportunidade, de convite à reflexão sobre a existência, de um ponto de vista menos sombrio que seus trabalhos habituais. Esta readaptação do título no contexto lusófono é altamente simbólica para uma obra que tem por natureza a capacidade de se reinventar em cada nova montagem. Como destaca Jean-Hubert Martin, curador de sua primeira versão no pavilhão francês na 54ª Bienal de Veneza, ” a ambiguidade é a marca desse trabalho”.

Até 08 de julho.

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