A artista plástica Sumitra Dhyan abre a exposição “Permanência”, em seu atelier no Jardim Paulista, São Paulo, SP. O título refere-se tanto a conceitos quanto aos materiais utilizados e a mostra conta com 45 esculturas, produzidas a partir de materiais duráveis, como bronze, ferro, ossos, criadas sob referências que transitam entre filosofia, mitologia e natureza. Amante das artes, formou-se em Comunicação Visual no Mackenzie em 1989 e é especialista em escultura. Enriqueceu seus conhecimentos sob a orientação de Israel Kislansky e Mauricio Perini. Fez exposições na África e seus trabalhos fazem parte de acervos particulares de diversas coleções na Europa e América do Norte, bem como no Brasil. O ponto de partida para a mostra foi um objeto um tanto inusitado: uma carcaça bovina. “Permanência” é um mergulho no curioso e voraz processo criativo da artista. De 22 de março a 10 de abril.
AGENDA CULTURAL
BUENOS AIRES MOSTRA SIQUIER
15/mar
O Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires, Argentina, realiza até o início de abril a última exposição individual de Pablo Siquier. Nascido em 1961, Siquier é um dos artistas argentinos de maior projeção internacional. Na exposição “Siquier: Murales e Instalaciones”, o artista desenvolve “…de modo singular uma obra que repensa a relação entre abstração, mundo geométrico e espaço público”. Obras de Siquier se encontram na estação de metrô Nueve de Julio, a maior de Buenos Aires, mas também em muros, e em espaços fora do habitual. Agora ele apresenta uma série de obras, entre elas uma enorme instalação de várias toneladas de ferro talhado com figuras geométricas. Siquier conquistou nos últimos anos muitos admiradores de sua obra no Brasil onde já realizou exposições e participou da Bienal Internacional de São Paulo.
O OLHAR DE ANA METSAVAHT
A galeria Arte Aplicada, Jardins, São Paulo, SP, exibe “Olhar Iluminado”, primeira exposição individual de Ana Amélia Metsavaht no circuito cultural paulistano. As 26 obras da mostra, desenvolvidas através de técnica mista, compreendem duas séries: “Cities”, uma leitura pessoal do Rio de Janeiro, cidade onde reside atualmente, nessa série encontram-se as paisagens que inspiraram a artista. Estão nelas a praia de Ipanema, as comunidades da Cidade Maravilhosa, as árvores, as palmeiras, a lagoa, tudo a partir de seu olhar. A outra série, “Enlighted”, inspirada na essência da beleza da bondade humana e da criação artística, nela, a artista busca para seu trabalho a mesma delicadeza que capta com seu olhar. Essa leveza, que de fato pode ser sentida em suas obras, é, contudo, fruto de um trabalho árduo.
A curadoria é de Sabina de Libman cuja galeria marcou o início da carreira de artistas hoje renomados, como Guto Lacaz e Palatnik, entre muitos, e também do argentino León Ferrari quando este residia no Brasil, e mantém ainda olhos abertos para o futuro, apostando sempre em novos nomes .
De 17 de março a 14 de abril.
OBRAS DE LEONILSON NA FIC
A Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, inaugura a sua primeira exposição temporária de 2012. Dedicada a Leonilson, um dos grandes nomes da arte contemporânea brasileira, “Sob o peso dos meus amores” reúne mais de 365 obras, um amplo panorama da produção do artista. A seleção abrange desde o início da carreira, na década de 1970, até o período final de produção, no início dos anos 1990. A exposição tem curadoria de Ricardo Resende, diretor geral do Centro Cultural São Paulo e consultor do Projeto Leonilson, e Bitu Cassundé, crítico de arte e curador.
Aos 20 anos, Leonilson ingressou na FAAP, tornando-se aluno de Nelson Leirner, Júlio Plaza e Regina Silveira. Em 1980, realizou sua primeira exposição individual, no Museu de Arte Moderna da Bahia, e desde então produziu intensamente até o ano de seu falecimento, 1993.
Suas obras estiveram presentes em exposições pelo Brasil e pelo mundo, hoje fazendo parte de importantes acervos, entre eles o da Fundación Cisneros, Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona, Deutsche Bank Collection, Los Angeles County Museum, Instituto Inhotim, Itaú Cultural, Instituto Moreira Salles, MAM/SP, MRGS/RS, entre outros. Entre os destaques da exposição estarão as agendas e os cadernos que mostram um pouco mais sobre o processo artístico de Leonilson, além de revelar a fixação que ele tinha pelo registro do desenvolvimento das suas idéias.
Também estarão reunidos trabalhos de amigos artistas como Leda Catunda, Sérgio Romagnolo, Daniel Senise, Luiz Zerbini e Albert Hien. Foi com este último que Leonilson estabeleceu uma parceria e amizade duradoura, que seguiria até o fim da vida. Nas mais de 300 obras expostas, percebe-se as preocupações com os dilemas do homem contemporâneo.
De 15 de março até 3 de junho.
FÓRUM NAN GOLDIN- MAM RIO
14/mar
Começa, nesta quarta-feira, 14 de março, no MAM Rio, Flamengo, o “Fórum de Múltiplas Vozes”, debates transdisciplinares em torno de “O que significa expor Nan Goldin?”, a fotógrafa norte-americana, cuja mostra “Heartbeat” está em cartaz no museu até 8 de abril, reunindo profissionais da área jurídica às artes visuais, da ação social à psicanálise. Desde dezembro, o MAM Rio realizou reuniões fechadas, com especialistas de segmentos diversos. Agora, os debates, dias 14, 21 e 28 de março, são abertos ao público e grátis.
Programação:
Quarta-feira, dia 14, às 16h, Túlio Franco (prof. do Instituto de Saúde da Comunidade, UFF) e Grupo de estudos do trabalho e subjetividade em saúde (UFF).
Quarta-feira, dia 21, às 16h, Tania Rivera (psicanalista e doutora em psicologia pela Universidade Catholique de Louvain) e Jaílson Silva (coordenador do Observatório de favelas da Maré).
Quarta-feira, dia 28, às 16h, Ligia Canongia (curadora) e Álvaro Piquet (advogado, presidente da Associação de Amigos do MAM).
FELLINI NO MOREIRA SALLES/RIO
05/mar
O Instituto Moreira Salles, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, abre a exposição “Tutto Fellini”, com cerca de 400 itens reveladores do universo do genial cineasta Federico Fellini. Fotografias de bastidores, desenhos feitos pelo próprio diretor, revistas de época, cartazes, entrevistas e trechos de filmes compõem a mostra, que exibe muitos documentos inéditos. A curadoria é de Sam Stourdzé, diretor do Musée de l’Elysée, Lausanne, Suíça. Já tendo passado por Paris, San Sebastián, Moscou e Toronto, a mostra será exibida em São Paulo, no Sesc Pinheiros, em julho deste ano. Paralelamente à exposição, haverá uma mostra de filmes.Serão apresentados mais de 20 filmes, entre eles “Mulheres e luzes”, “As noites de Cabíria “, “A estrada da vida”, “Julieta dos espíritos”, “Oito e meio”. De 10 de março a 17 de junho.
IMAGENS DE MARILYN
A exposição “Quero Ser Marilyn Monroe” está em cartaz na Cinemateca Brasileira, São Paulo, SP. É a primeira vez que se realiza, no Brasil, uma exposição de grande abrangência em torno da mitológica atriz. Serão exibidas ao todo, 125 obras na exposição que já circulou pelo mundo afora, e no Brasil, ganha um suporte a mais com a exibição dos principais índices de sua filmografia. Composta por uma exuberante seleção de fotos, pinturas e trabalhos assinados por nomes como Henri Cartier-Bresson, Andy Warhol, Peter Blake, Vik Muniz, a mostra propõe uma visão da arte contemporânea internacional realizada nas últimas décadas. ” Para Nicole Forrest Byers, da International Arts & Artists, responsável pela organização internacional do evento, que está no Brasil pela primeira vez, “…o mais interessante é que não se trata de documentos que se apresentam diante do público, mas sim visões pessoais da figura da própria Marilyn. Além de ela ser uma interpretação de si mesma da própria Norma, os retratos dos artistas são também a forma de cada um enxergar este ícone tão poderoso.” Uma imagem de Marilyn foi escolhida para estampar o cartaz da histórica 65.ª edição do Festival de Cinema de Cannes, que ocorre em maio. Até 1º de abril
INSTALAÇÃO DE JOSÉ RUFINO
03/mar
A nova programação 2012-2013, da Sala A Contemporânea, do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, começa com a instalação “Divortium Aquarum”, termo em latim que designa o espaço geográfico de separação de águas, de José Rufino, que recupera memórias ligadas ao universo dos rios e do mar. A apropriação e transmutação de memórias locais, sócio-culturais e políticas são a base da produção deste artista que participou da Bienal de São Paulo de 2002 e da Bienal do Mercosul de 1999, é graduado em Geologia, doutorado em Paleontologia. Em abril de 2010, Rufino inaugurou a exposição individual “Blots & fiagments”, no The Andy Warhol Museum, em Pittsburgh, EUA, sob curadoria de Jessica Gogan. O foco principal da instalação é a figura de resina reproduzindo a imagem do próprio artista, de jaqueta e calças pretas, sobre uma coluna antiga de madeira, com cracas, ostras e ferro oxidado. Para realizar a obra, Rufino coletará água dos rios que alimentam a Baía da Guanabara e usará velhos barcos ou canoas recolhidos durante as excursões de reconhecimento e coleta. A localização do CCBB em relação ao porto do Rio, servirá de orientação para instalar os barcos, posicionados como se rompessem a parede, vindos de uma onda externa imaginária. De 06 de março a 22 de abril.
NA GALERIA OSCAR CRUZ
02/mar
A exposição coletiva “Partilha” com curadoria de Benedikt Wiertz, Galeria Oscar Cruz, São Paulo, SP, reúne um grupo de nove artistas procedentes de Minas Gerais e que tem em comum, passado ou estarem ainda ligados a Escola Guignard de Belo Horizonte: Barbara Schall; Benedikt Wiertz; Bruno Cançado; Guilherme Cunha; Isaura Pena; Julia Panadés; Mariana Rocha; Raquel Schembri e Ramon Martins. Alguns dos artistas apresentados possuem uma acentuada experiência no âmbito nacional e internacional enquanto outros são de formação recente. Muitos universos pessoais passam por uma escola de arte e atuar sobre essa produção exige uma articulação que se faz na partilha do sensível. Estão presentes nesta exibição as técnicas de desenho, pintura, escultura, fotografia, vídeo, performance e grafite que coabitam nessa dupla ação de construção do espaço da exposição e da distribuição de experiências e ações. A idéia de organizar a exposição “Partilha” surgiu de uma visita de Oscar Cruz a Galeria da Escola Guignard em 2010; uma boa oportunidade para o público conhecer essa vigorosa e surpreendente produção contemporânea. De 17 de Março a 28 de Abril.
IMAGENS DE CHAPLIN
01/mar
A exposição “Chaplin e Sua Imagem”, chega ao Centro Municipal Hélio Oiticica, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Com arquivos da família do ator, as obras confrontam o homem e sua imagem, tentando mostrar como foi criado o mito que ele é hoje: ator, cineasta e bailarino, como certa vez havia comentado Nijinsky sobre Carlitos, seu famoso personagem. A mostra já percorreu países da Europa, além dos Estados Unidos e México. No acervo, os visitantes podem encontrar fotos e trechos dos filmes rodados pelo ator e conhecer um pouco mais de sua vida, da criação do personagem Carlitos e também a obra cinematográfica de Sir Charles Chaplin. Atarvés de filmes, projeções, fotografias, cartazes, manuscritos, o curador Sam Stourdzé “coloca uma lente sobre a vida e a produção deste criador de imagens que ilumina a cena da sociedade moderna e se mantém atemporais ao denunciarem questões latentes na humanidade”. De 06 de março a 29 de abril.