Brecheret na Pinakotheke Rio

07/mai

A Pinakotheke Cultural, Botafogo, Rio de Janeiro, inaugura no próximo dia 17 de maio, às 10h, a exposição “Victor Brecheret (1894 – 1955)”, antecipando as comemorações de centenário da Semana de Arte Moderna, e homenageia uma das figuras centrais daquele evento: o escultor Victor Brecheret.  Além de importantes obras de sua trajetória, a exposição reunirá raras obras que participaram da mostra histórica de 1922, não somente de Brecheret, mas também de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Helios Seelinger e Zina Aita.

 

 

Até 14 de julho.

Edição xilográfica

02/mai

“Cabuloza Wild Life” é uma publicação independente, editada em xilogravura pelo artista carioca Pedro Sánchez. Os cinco primeiros números tiveram uma configuração padrão, impressos frente e verso e dobrados, como um folder, de modo que, fechados, eram lidos e folheados como uma revista e, abertos, dispostos como um pôster. A partir de então, cada número teve um  formato próprio, por exemplo: a N. 6, em uma versão XXG, a N. 8, em uma edição in folio, e a N. 10, em lambe-lambe, composta por oito módulos e que teve suas cópias espalhadas pelas ruas do Rio. 

 

Nesta exposição o artista mostra grande parte desta produção, além da “Cabuloza Wild Life N. 13”, edição feita por encomenda para o Consórcio de Gravuras do Museu do Trabalho, que vem devidamente assinada e numerada, com tiragem de 100 exemplares.

 

 

Sobre o artista 

 

Pedro Sánchez é artista visual, pesquisador e professor, formado em Gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em História da Arte pelo programa de pós-graduação em História Social da Cultura, da PUC-Rio. Doutor em Design por esta mesma instituição. Desenvolveu a pesquisa Gráfica de Rua: estratégias e táticas na cultura visual de rua do Rio de Janeiro. É Professor Adjunto e Coordenador do curso de Gravura da Escola de Belas Artes da UFRJ, e membro do grupo Coletivo Gráfico. Sua mais recente exposição individual foi no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio, em 2017.
 

 

De 03 de maio a 01 de julho.

Casa Roberto Marinho

Um total de dez destaques do Modernismo Brasileiro constantes da coleção jornalista Roberto Marinho foram selecionados pelo curador Lauro Cavalcanti para a mostra inaugural da Casa Roberto Marinho, Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ.

 

A exibição selecionada reúne dez expoentes da Arte Moderna Brasileira dos anos 1930 e 1940: Tarsila, Segall, Portinari, Pancetti, Ismael Nery, Guignard, Djanira, Di Cavalcanti, Dacosta e Burle Marx.

 

A organização dos espaços por artista permite que o visitante entenda a trajetória e as peculiaridades de cada um, ao mesmo tempo que oferece uma compreensão abrangente do período histórico em que as obras foram produzidas.

 

O colecionador Roberto Marinho frequentava os ateliês de Pancetti e Portinari, então jovens promissores, e não era raro a presença de artistas na casa do Cosme Velho. Esta exposição é uma excelente oportunidade para a redescoberta destes dez magníficos artistas.

Sete anos de galeria

27/abr

A galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, completou sete anos. Para comemorar, apresenta uma exposição com obras de seu acervo ocupando os três andares da galeria. A mostra exibe pinturas, esculturas, desenhos e serigrafias dos artistas Afonso Tostes, Alexandre Mazza, Ana Linnemann, Bruno Miguel, Daniel Lannes, Eduardo Kac, Eliane Prolik, Fernando Lindote, Gê Orthof, Gisele Camargo, Igor Vidor, Ivan Grilo, João Louro, Lucas Simões, Luiz Hermano, Marcelo Solá, Nazareno, Pedro Varela e Ricardo Villa.

 

Dentre os trabalhos em exposição, a obra “Brasileiro #1”, de 2017, do artista paulistano Ricardo Villa, que mistura – em uma trama -, as bandeiras do Brasil e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. O artista multimídia procura demonstrar em seus trabalhos como ideologias dominantes determinam nossa compreensão histórica do conhecimento e do mundo como natureza.

 

Outra obra em exposição, “Tênis Clube 6”, de 2017, traz a assinatura do artista paulistano radicado no Rio de Janeiro Igor Vidor. O trabalho é composto por 42 bolas de tênis usadas por três jovens – Maylon, Lucas e Raphael – que trabalham aos sábados, fazendo malabares em sinais de transito, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Igor Vidor passou a trocar as bolas usadas pelos garotos por novas. Após a troca, o acordo determina que no ato da venda do objeto, seja qual for sua configuração formal, o valor da venda seja igualmente dividido em três partes. Uma parte para a galeria, outra para o artista, e outra para o garoto. “Vejo o trabalho como um método involuntário de pintura que produz mínimas esculturas sociais. Há uma pregnância da economia marginal, do trabalho infantil, da pulsão de vida, da destreza individual versus a imobilidade social inserida no pós-colonial sob a forma de pós-escravismo. Essas bolas em movimentos são “sólidos piramidais”, pois são um sintoma da estrutura social rígida imóvel. A adição da palavra escrita parte do meu convívio com os garotos, insere uma camada de subjetividade, de individualidade, são códigos nativos, gíria-linguagem, que se projeta como voz diante da comum invisibilidade.”

 

Alexandre Mazza apresenta o trabalho “Na escuridão, a luz”, em que faz uma analogia entre o simbolismo da coruja – que para muitos povos simboliza mistério, inteligência, sabedoria, conhecimento e reflexão – e o artista, que pode cair em uma escuridão e vazio após todo o processo vivido para produção de uma exposição.

 

Lucas Simões exibe esculturas da série “White Lies”, em forma de coluna, feitas de concreto e pilhas de papel. As peças, organizadas em forma de grade, como se fossem pilares para um edifício imaginário em processo de construção ou demolição. O papel e o concreto parecem uma cascata em direção ao solo ou subindo para o céu num padrão regular, congelando o momento antes de cada pilar derrubar. Os elementos severos de concreto são inspirados pelo movimento pós-moderno, o Brutalismo, a arquitetura e contrastam bruscamente com o papel fino que os suporta.

 

A série “Space Poetry (Poesia Espacial), de Eduardo Kac, é uma edição em bordado inspirada na obra em papel “Telescópio Interior”, concebida especificamente para ser realizada no espaço, em gravidade zero. Os bordados “Space Poetry” foram emoldurados procurando transmitir a ideia de flutuação da obra original.

 

Já Fernando Lindote, comparece com a pintura “O Sismógrafo de Aby”, que apresenta a floresta polissêmica a partir da concepção não linear de Aby Warburg. A referência a Warburg se dá em vários níveis, desde a referência ao fígado de Piacenza quanto à efígie de Nietzsche ou a própria figura de Warburg. A escultura de Maria Martins aparece no mesmo sentido de permanência/imanência das imagens. A noção de pensador como sismógrafo aqui pode ser estendida as possibilidades do pintor e seu empenho/desejo de entender de modo mais intenso.

 

A obra “Máquinas mínimas”, de Gê Orthof também integram a mostra. A partir da admiração, de longa data, pelos poetas Francis Ponge e Murilo Mendes que nos apontam, em seus devaneios, para a potência imensurável das mínimas ações; máquinas mínimas criam diminutos arquipélagos de viagens que contrapõem culturas distintas geometrias improváveis e a potência de tesouros dos despossuídos. As assemblages, criadas a partir de postais descartados, nos provocam em reavaliar o sentido das viagens, seus registros e os instrumentos que parecem aferir nossas distraídas vulnerabilidades em tempos de complexas acelerações.

 

Fundada em 2011, o principal objetivo da Luciana Caravello Arte Contemporânea é reunir artistas com trajetórias, conceitos e poéticas variadas, refletindo assim o poder da diversidade na arte contemporânea. Evidenciando tanto artistas emergentes quanto estabelecidos desde seu período como marchand, Luciana Caravello procura agregar experimentações e técnicas em suportes diversos, sempre em busca do talento, sem discriminações de idade, nacionalidade ou gênero.

 

 

 

Até 26 de maio.

O Bambuzal de Ronald Duarte

Artur Fidalgo Galeria, Copacabana, Rio de Janeiro, inaugurou a exposição “Ronald Duarte – Bambuzal”, com uma grande instalação composta por diversos bambus e 19 pinturas, que se relacionam com a instalação. Todos os trabalhos são inéditos e foram produzidos este ano especialmente para esta exposição.

 

Com curadoria de José Damasceno, a exposição é uma ocupação espacial da galeria a partir de um único material: o bambu. Por todo o espaço expositivo, o material distribui-se em diferentes formas, onde cria-se uma grande instalação com bambus que se organizam segundo o jogo entre ordem e desordem produzindo novos espaços. Deparamo-nos, então, com esse bambuzal inventado, esse bambuzal experimental. Espaço de liberdade e convívio. A escolha do material foi proposital: “Bambus vêm da ideia de resistência, que enverga, mas não quebra, como o momento atual que vivemos”, diz o artista.

 

Completa a mostra uma série de pinturas da série inédita “Bambuzal”, que faz parte de uma pesquisa que o artista vem desenvolvendo desde 2015, em que imprime o gesto através de um bastão oleoso sobre a tela, configurando energias das transversalidades e atravessamentos no espaço. As obras da série “Bambuzal” foram feitas utilizando bastão paint stick, dado de presente para o artista pelo escultor norte-americano Richard Serra, em 1997, quando realizou exposição no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro. Ronald Duarte foi assistente do artista nessa mostra e, após produzir os trabalhos com esse bastão oleoso, Serra o deu de presente para Ronald, que agora, mais de 20 anos depois, cria os desenhos em que representa bambus com esse mesmo bastão.

 

 

Sobre o artista

 

Ronald Duarte nasceu em Barra Mansa, RJ, 1963. Vive e trabalha no Rio de Janeiro é mestre em História da Arte com habilitação em Linguagens Visuais pela UFRJ. Nos últimos 20 anos participou de importantes exposições e eventos culturais no Brasil e no Mundo. Faz sua primeira individual em 1999 no IBEU de Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, em seguida em 2000 expõe no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, RJ; em 2001 e 2002 ganha o Prêmio Interferências Urbanas em Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ, com os trabalhos “O Que Rola Vc Vê” e “Fogo Cruzado”; em 2004 ganha da Funarte o Prêmio Projéteis em Arte Contemporânea e realiza pela primeira vez o “Nimbo//Oxalá”; em 2005 apresenta o “Fumacê do Descarrego” no Ano do Brasil na França no evento Nuit Blanche em Paris, França; em 2006 ganha o Prêmio Marcantonio Vilaça – Funarte com a série de vídeo “Guerra é Guerra”; em 2007 interfere no Museu Imperial de Petrópolis, RJ com o trabalho “Funk da Coroa Imperial” “O Museu como lugar”, Petrópolis, RJ; em 2008 ganha o Prêmio Iberê Camargo, apresentando a Performance “Alvo Fácil” na Cidade do Porto, Portugal, Fundação Serralves, Portugal; em 2009 convidado a participar da 10ª Bienal de Havana, Cuba com o trabalho “Nimbo//Oxalá”, que será apresentado também na 2ª Bienal do Fim do Mundo, Ushuaia, Patagônia, Argentina; no mesmo ano propõe uma guerra civil em Paint Ball no Museu Het Domain, Sittard, Holanda. Em 2010 participa como convidado da 29ª Bienal de São Paulo, SP, e participa da exposição Afro-Modern na Tate Galery, Liverpool, Reino Unido, essa mesma mostra foi para o Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, Espanha; em 2011 ganha o Prêmio da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro, RJ, apresenta o trabalho “Peito de Aço” é convidado pra fazer a Abertura da Art Basel, Miami, EUA e em seguida representa o Brasil na Europália, Bélgica, no mesmo ano participa da 4ª Bienal de Porto Santo, no arquipélago da Madeira, Portugal, apresentando o trabalho “O Brilho dos Olhos”; em 2012, Ano do Brasil em Portugal, é convidado como curador e artista no projeto “Tranza Atlântica” em Guimarães, Portugal, Capital Cultural Européia; em 2013 é convidado a participar da Feira do livro de Frankfurt no Ano do Brasil na Alemanha; em 2014 apresenta “Matadouro/Boiada de Ouro”, no Neuen Berliner Kunstverein, Berlim, Alemanha. Ronald participa do Festival de Arte de Accíon, em Cuenca, Equador, no ano de 2015, construindo um espiral de brasas: “Ancestral”. Em 2016, com a ação “Tapete para Encantados” e “Ferramenta de Exu” compõe a exposição ORIXÁS, na Casa França-Brasil, RJ. No ano de 2017, em parceria com o Coletivo Carne e Lourival Cuquinha, acionam o “EIXU DA TERRA”, resultado de uma das oficinas do evento Criaturas Urbanas, Recife-PE. No mesmo ano faz a “Boiada de Ouro”, no centro de Nova Friburgo e a instalação “Boiada do Chico”, na galeria KM7.

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Até 17 de maio.

Itinerante de Portinari

Após passar por Recife, Salvador e Curitiba e ser vista por um público em torno de 50 mil pessoas, chega ao Rio a exposição inédita “Portinari – A construção de uma obra” na CAIXA Cultural, Centro. Com entrada franca, a exposição poderá ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 21h. Na abertura oficial para convidados, que acontece dia 02 de maio, às 19h, os frequentadores do espaço terão a chance de participar de uma visita guiada com o curador Luiz Fernando Dannemann. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

 

A mostra reúne cerca de 70estudos, pinturas e obras do pintor, muralista e desenhista, que conquistou reconhecimento internacional retratando o cotidiano do país e a desigualdade social, com atualidade surpreendente. Também fazem parte da montagem 12 esculturas criadas pelo artista plástico Sérgio Campos, que reproduzem personagens de importantes obras de Portinari.

 

Segundo Dannemann, os trabalhos reunidos mostram o processo criativo do artista, ilustrando sua trajetória. “É uma exposição específica da construção da obra de Portinari, que mostra estudos, esboços e desenhos de grandes obras do artista”, comenta o curador. “São pedaços preciosos de um artista singular, de quem buscou originalidade na própria poesia do homem”. Entre eles, há estudos para o painel Guerra e Paz, que Portinari criou para a sede da ONU, em Nova York, entre 1952 e 1956.

 

Um dos grandes temas da obra do artista é a desigualdade social, revelada no registro do cotidiano, como em “Grupo com homem doente” e “Menino morto”, por exemplo. “Portinari era um ‘cronista’ que, ao invés de escrever, pintava as desigualdades, as efemérides”, diz o curador. “Os Retirantes” é a realidade do Brasil, pessoas que iam para as grandes cidades buscando melhores oportunidades. E muitas dessas obras continuam atuais, a crítica, a crônica, porque ainda vivemos em um país de desigualdade social”.

 

 

Esculturas

 

As esculturas de Sergio Campos contracenam com as obras de Portinari na mostra. Campos finalizou o planejamento do próprio artista plástico, que queria transformar suas figuras em esculturas. O Rio de Janeiro recebe 12 trabalhos, revelando uma tridimensionalidade da visão de Portinari. “Ele pretendia eternizar alguns de seus personagens em bronze. Como morreu prematuramente, aos 59 anos, não conseguiu concluir este projeto”, explica Dannemann. “Sergio Campos, membro da família do pintor, decidiu finalizar a ideia, criando esculturas fidedignas em cada detalhe”.

 

 

Sobre os artistas 

 

Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903, em Brodowski, interior de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, teve uma infância humilde e recebeu apenas a instrução primária. Desde criança manifestou sua vocação artística, começando a pintar aos nove anos. Estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro e visitou países como a França e a Itália, onde concluiu os estudos. Em 1935 recebeu em Nova York um prêmio por sua obra “Café”, que o projetou para o mundo. Faleceu em 1962, tendo como causa aparente uma intoxicação causada por química presente nas tintas.

 

Sergio Campos – Desenhista, pintor e escultor, é formado pela Escola de Belas Artes da UFMG. Criou técnica para construção de esculturas em aço e cobre e executou monumentos públicos de grande porte. Estudou pintura mural e escultura em bronze com o italiano Franco Cerri. Seus desenhos, desde os primeiros, tem uma alta tensão de músculos retesados, de veias saltando, um quê de flerte com os personagens de Portinari.

 

 

 

De 02 de maio a 1º de julho.

Nassar está na Pinacoteca Estação

25/abr

A Pinacoteca Estação, São Paulo, SP, exibe a retrospectiva do artista paraense Emmanuel Nassar. Com patrocínio de Credit Suisse, “Emmanuel Nassar: 81-18” abre o calendário de exposições do prédio, que é da Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado.

 

Com sua produção, Nassar provoca reflexões sobre o “erudito” e o “popular”. Suas pinturas e objetos estão marcados por interações aparentemente banais: das logomarcas pintadas em fachadas de rua à geometria rigorosa que remete ao concretismo brasileiro; da pintura popular do circo e do parque de diversões que circula o país à ironia da arte-pop americana. Além disso, o uso de símbolos como a bandeira nacional, a logomarca da Coca-Cola e a referência à Hollywood estão também presentes sem hierarquias, mas apresentadas com um senso de humor irônico.

 

“O trabalho de Emmanuel Nassar é muito potente. Fez com que a crítica do sudeste repensasse a noção idealizada que existia do pintor dito ingênuo”, explica o curador Pedro Nery.

 

A mostra apresenta quatro décadas de produção, reunindo trabalhos conectados por temas que são recorrentes ao longo desse período. Serão abordadas questões sobre identidade, a pop-arte ou a iconografia circense. Serão mais de cem trabalhos, entre eles “Receptor”, de 1981, o mais antigo presente na retrospectiva e que marca uma guinada em sua produção artística. Também “Fachada”, obra do acervo da Pinacoteca que representa em escala real o pórtico de um circo de rua e que foi feita para servir de entrada para a sala do artista na Bienal de 1989.

 

Vale lembrar que esta individual dá continuidade ao programa de exposições que pretende realizar uma revisão da carreira de artistas que iniciaram suas trajetórias na década de 1980 e construíram um percurso destacado no contexto da arte contemporânea brasileira.

 

“O que há de mais perene no conjunto da obra de Nassar é, possivelmente, a ambiguidade de dois mundos brasileiros, um informal das ruas e da experiência mundana em contraste com a formalidade geométrica e utópica”, completa Nery.

 

A Pinacoteca prepara um catálogo que reunirá dois textos inéditos escritos pelos autores Pedro Nery e Thierry Dufrêne, historiador da arte. O livro trará ainda reproduções das obras expostas.

 

 

 

Até 02 de julho.

Aula Aberta 397

16/abr

É namoro ou amizade: É possível definir as relações entre artistas e curadores?
No dia 17 de abril, o Ateliê397, Pompéia, São Paulo, SP,  reúne seu time de professores para discutir a relação entre artistas e curadores. Junto à mesa formada pelos artistas Rodrigo Bivar e Raphael Escobar e os críticos-curadores Thais Rivitti e Carlos Eduardo Riccioppo, os alunos dos cursos e público interessado problematizarão sobre o tema.
Desde a histórica mostra de Harald Szeemann “When attitudes becomes form”, de 1969, o papel do curador tem sido fundamental para criar mediação entre artista, instituições e público. Mas, embora essencial, tal prática se vê comumente questionada, paradoxalmente, pelas mediações propostas. Nesse sentido, observamos uma independência do artista da figura do curador, tornando ele próprio artista-etc, como disserta Ricardo Basbaum em seu provocativo artigo “Amo artistas-etc”, como parte da publicação coletiva “The Next Documenta Should Be Curated By An Artist”, que reuniu artistas para pensar como seria a organização de uma grande mostra com a ausência da figura de um curador.Durante o encontro, não pretendemos defender lados, mas sim provocar o pensamento acerca das práticas tanto curatoriais, quanto artísticas, e elencarmos (se possível) razões que aproximam, distanciam ou geram casamentos de sucesso entre esses dois agentes da arte contemporânea. 

TRELA #3 apresenta: Denise Alves Rodrigues

 

O programa TRELA, que estreou este ano no Ateliê397, tem como estrutura convidar a(o) artista para trazer e debater um trabalho de sua autoria, numa conversa aberta guiada a partir de interlocutores convidados. TRELA parte do anseio de encontrar novas formas de trazer trabalhos a público, mesmo na ausência de grandes estruturas, mediações institucionais ou cronogramas, sem que seja perdida a densidade do debate que as obras podem provocar.
Em sua terceira edição, Denise Alves-Rodrigues apresenta a Série T2283Bunke. No dia 19/04 será realizado o debate com interlocução de Julia Coelho e mediação de Flora Leite.

 

A Série T2283Bunke foi desenvolvida pela artista em residência na KIOSKO Galería (Santa Cruz, Bolívia) em 2016. Tamara Bunke foi uma guerrilheira argentina que lutou ao lado de Che Guevara na Bolívia morta em 1967 e o asteróide 2283Bunke foi descoberto pela astrônoma soviética Lyudmila Zhuravlyova em 26 de Setembro de 1974 e nomeado em sua homenagem. T2283Bunke é composta por trabalhos que constróem diferentes mecanismos e resultados de coleta e apresentação de dados relacionados à guerrilheira e ao asteróide.

 

Sobre a artista
Denise Alves-Rodrigues em 1981, vive e trabalha em São Paulo. É tecnóloga autodidata, artista plástica e astrônoma amadora. Iniciou seus estudos de Artes em Ribeirão Preto – SP e é bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo – 2012.  Inventa aparatos eletrônicos e dispositivos astronômicos para coleta de dados – do céu, da água e da terra – pesquisando as fricções entre técnica e representação.

 

 

De16 a 22 de abril.

 

Verões marcantes 

12/abr

Momentos marcantes de verões passados, desde a adolescência nos anos 80 até hoje. Esse é o fio condutor do novo livro do fotógrafo Gustavo Malheiros. O projeto reúne em 280 páginas imagens do cotidiano de praias – e festas – ao redor do mundo. Uma época onde é possível aproveitar o esporte, a natureza, a música e os amigos como se o Sol não fosse se pôr jamais. Gustavo selecionou imagens de temporadas na Indonésia, Havaí, Califórnia, Rio de Janeiro, Hossegor (França), Costa Rica e Guarda do Embaú, em Santa Catarina).Sempre em busca do verão perfeito, o fotógrafo eternizou momentos com os amigos, pessoas locais que foi conhecendo, novos costumes e paisagens.

 

 

Sobre o artista 

 

Formado pela School of Visual Arts de Nova York, Gustavo Malheiros trabalhou com o renomado fotógrafo Bruce Weber no início de sua carreira. Já realizou exposições de seus trabalhos em Londres, Hong Kong, Madri, Turim, Paris e Nova York, além de Rio e São Paulo. No segmento publicitário, trabalhou com grandes agências como WMcCann, Lew Lara\TBWA, Giovanni DraftFCB, entre outras. Reconhecido pelos trabalhos de Moda, tem editoriais e ensaios em publicações como Vogue, Trip, TPM e GQ, com registros de modelos como Gisele Bundchen e Alessandra Ambrósio desde o início da carreira. Seus livros publicados são: Superação, O Coração do Brasil, Anônimos Famosos 1 e 2, O Livro das Águas, Ilhas Brasileiras, Amazônia, Foi no Carnaval que Passou, Pedra e Luz, Backstage, O Circo, Todos os Tons do Cerrado e Brazilyorkers. Atualmente, está trabalhando com filmes documentais: Anônimos Famosos, a série com mesmo tema de seus livros, atualmente sendo exibida no Canal Cine Brasil; Brazilyorkers, série também baseada em livro de mesmo nome, sobre brasileiros que moram em Nova York; e Tempestade, longa metragem que retrata o momento atual do surfe brasileiro, ainda em produção.

 

 

Sobre a obra

 

Título: Verão Passado / Preço sugerido: R$ 100,00

 

Formato: 26,6 x 32,6 cm / 280 páginas / capa dura / Impressão: Ipsis Gráfica e Editora

 

ISBN: 9788560504909

 

 

Ficha Técnica

 

Editores: Gustavo Malheiros / Silvana Monteiro de Carvalho / Paula Paixão / Maria Duprat

 

Fotografias: Gustavo Malheiros / Prefácio: Gustavo Malheiros / Design: Frederico Farina

 

Assistente Editorial: Rebecca Mattos / Pato Vargas / Produtora: Gabriela Lima / Stylist: Lucas Magno

 

Tratamento de imagens: Pato Vargas / Assistente de fotografia: Andre Fontes / Rebeca Dourado / Fernando Cazaes

 

Revisão de texto: Kathia Ferreira

Dois no Galpão

A Fortes D’Aloia & Gabriel tem o prazer de apresentar duas exposições individuais simultâneas: “Hiato” de Rodrigo Matheus e “Cartas na mesa” de Sara Ramo ocupam o Galpão, Barra Funda, São Paulo, SP. Na ocasião da abertura, Rodrigo Matheus lança ainda seu livro monográfico pela Editora Cobogó, uma publicação com textos de Matthieu Lelièvre, Philip Monk e Kiki Mazzucchelli que abrange sua trajetória artística dos últimos 10 anos.

 

De 12 de abril a 19 de maio.